Impasse político prossegue no país da Ásia Central após golpe de estado.
Oposição assumiu governo, e presidente fugiu, mas não quer renunciar.
Os Estados Unidos interromperam a ida de todas as suas tropas ao Afeganistão por meio da sua base aérea no Quirguistão, enquanto as preocupações com a segurança persistiram neste sábado (10), devido à crise política na república asiática.
O destino da base de Manas, um importante local na guerra liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão, virou alvo de dúvidas após a queda do governo do presidente Kurmanbek Bakiyev.
Cercad de 10 mil pessoas em luto se reuniram, nos arredores da capital do Quirguistão, para um funeral de ao menos 78 pessoas mortas quando tropas leais a Bakiyev atiraram em manifestantes da oposição na quarta-feira, durante a revolta.
Os protestos no Quirguistão, onde um terço da população de 5,3 milhões de habitantes vive abaixo da linha da pobreza, levaram Bakiyev a se refugiar em seu reduto, no sul da cidade.
Um enviado da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE)) disse que o governo provisório do país conversou com Bakiyev para colocar um fom na crise política.
"Não posso dizer nada ainda sobre os resultados das conversas, mas o mais importante é que o processo começou", afirmou Zhanybek Karibzhanov, enviado da OSCE, a repórteres.
Roza Otunbayeva, que lidera a oposição a Bakiyev e é agora a chefe do governo interino, ofereceu ao presidente saída segura do Quirguistão se ele renunciar.
O Comando Central do setor militar dos EUA, que administra a base de Manas, afirmou que todos os voos comerciais foram suspensos e que voos de aviões de carga não eram seguros.
"Decisões sobre conduzir outras - não de passageiros - operações de voo a partir da base serão feitas caso a caso", afirmou um porta-voz do Comando Central.
Um porta-voz da base norte-americana não quis esclarecer quando os voos com soldados voltarão a ocorrer e se rotas alternativas serão usadas.
O governo provisório do Quirguistão disse que a Rússia é seu principal aliado e que alguns importantes ministros disseram que a utilização da base pelos EUA seria reduzida, aumentando temores de que Moscou pode tentar usá-la como uma alavanca nas relações com Washington.
Autoridades do Pentágono dizem que Manas é chave para a guerra contra o Taliban, permitindo voos ininterruptos para o Afeganistão. Cerca de 50 mil soldados passaram por lá no último mês.Fonte:G1.com/Da Reuters / RT(Russian Today) by Youtube.com
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