A sonda da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, lançada para estudar o Sol, enviou as primeiras imagens do astro.
Nasa divulga novas imagens da sonda enviada em fevereiro e que ajudará os cientistas a estudar o sol e sua influência sob a Terra
Foto: AP
Chamada de Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla em inglês), a nave enviou imagens de explosões gigantescas e grandes arcos de gases.
A alta resolução das imagens enviadas pela sonda deve ajudar os cientistas a compreender a atividade solar e o impacto desta atividade na Terra.
O SDO foi lançado do Cabo Canaveral em fevereiro de 2010, custou US$ 800 milhões e deve operar até pelo menos os próximos cinco anos.
Os pesquisadores esperam que, com este prazo de funcionamento da sonda, eles consigam prever o comportamento do Sol da mesma forma que meteorologistas conseguem prever o clima da Terra.
A atividade solar tem uma influência profunda na Terra. Grandes erupções de partículas carregadas e a emissão de radiação intensa podem interferir no funcionamento de satélites, sistemas de comunicação além de significar um risco à saúde de astronautas.
Os cientistas da equipe do SDO dizem que as imagens recebidas abrem caminho para novas descobertas sobre a estrela central do sistema solar.
"As imagens do SDO são impressionantes e o nível de detalhe que elas revelam, sem dúvida, vai liderar um novo ramo de pesquisa, sobre como os campos magnéticos solares se formam e evoluem, levando a uma compreensão muito melhor de como a atividade solar se desenvolve", disse um dos pesquisadores, o professor Richard Harrison, que trabalha no Laboratório Rutherford Appleton, na Grã-Bretanha. "É como olhar os detalhes de nossa estrela pelo microscópio", afirmou o cientista à BBC.
O SDO está equipado com instrumentos para investigar o funcionamento dentro, na superfície e na atmosfera do Sol.
A sonda consegue imagens completas do Sol com uma resolução dez vezes melhor do que a média conseguida por uma câmera de televisão de alta definição. Isto permite que a escolha de imagens de aspectos na superfície do Sol e em sua atmosfera cujo tamanho pode chegar até 350 km.
Outra vantagem é que as imagens são enviadas rapidamente, em segundos.
Os instrumentos do SDO operam em comprimentos de onda diferentes, com isso os cientistas poderão estudar a atmosfera do Sol em camadas.
Mas, o grande desafio para a sonda será analisar o funcionamento do dínamo solar, uma profunda rede de correntes de plasma que geram o campo magnético do Sol.
É este dínamo que, em última análise, é o responsável por todas as formas de atividade solar, desde as explosões na atmosfera do Sol até as áreas da estrela relativamente mais frias, chamadas também de manchas solares.
Saiba mais sobre a SDO
O Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla em inglês), que custou US$ 800 milhões (quase R$ 1,5 bilhão), foi lançado do Cabo Canaveral em Fevereiro .
Em sua missão, prevista para durar pelo menos cinco anos, a sonda SDO vai captar imagens detalhadas da estrela para tentar compreender melhor seu comportamento e o impacto dela sobre a Terra.
Um Sol muito ativo pode prejudicar o funcionamento de satélites, comunicações e sistemas de fornecimento de energia na Terra – especialmente quando libera partículas carregadas na direção do planeta.
Com este projeto, os cientistas vão tentar também melhorar as previsões desse "clima espacial".
Os instrumentos da sonda SDO estão enviando à Terra imagens de alta definição, que chegam em uma questão de segundos.
"(A missão) vai revolucionar nossa visão do Sol e vai revelar como a atividade solar afeta nosso planeta, além de nos ajudar a antecipar o que vem pela frente", afirmou Lika Guhathakurta, uma das cientistas do programa da Nasa.
"Ela vai observar o Sol mais rapidamente, profundamente e mais detalhadamente do que em qualquer outra observação já feita, quebrando as barreiras do tempo, escala e claridade que prejudicavam o progresso na física solar", acrescentou.
A sonda SDO foi lançada depois de anos de baixa atividade solar, e deve monitorar a estrela quando ela começar a apresentar uma atividade maior.
"O Sol tem estado dramaticamente inativo", afirmou Richard Harrison, um dos pesquisadores do programa SDO do Laboratório Rutherford Appleton, na Grã-Bretanha.
"Os últimos dois anos registraram mais de 250 dias sem nenhuma mancha solar. Acreditamos que isto vai acabar; .
Estamos vendo novas regiões ativas (...). Estamos vendo as primeiras grandes explosões solares", disse.
Contudo alguns cientistas afirmam que as erupções Solares nada tem haver com as mudanças climáticas em nosso planeta.
Fonte:BBC Brasil/G1.com/Portal Terra/NASA-NASA TV by Youtube.com
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