TÓQUIO - Os 50 funcionários da usina nuclear de Fukushima 1, no Japão, que continuavam no local e tiveram que ser retirados na manhã desta quarta-feira (hora local) foram autorizados a voltar à instalação para retomar as tentativas de resfriar os reatores.
A retirada dos trabalhadores foi ordenada após uma nova explosão na usina, desta vez no reator 4.
A medida foi adotada devido ao aumento da radiação na usina, que teria sido causada, desta vez, por danos no reator 3. Ele é agora o principal motivo de preocupação.
Uma tentativa de despejar água de helicóptero sobre o reator para resfriá-lo teve que ser abortada.
Militares vão ajudar a tentar lançar água no reator 3, segundo a agência nuclear japonesa.
O número de funcionários que tentam contornar os problemas na usina foi aumentado para entre 80 e 180.
Segundo a agência de notícias Kyodo, a operação de resfriamento com uso de helicóptero foi cancelada provavelmente por causa dos altos níveis de radiação.
A Tokyo Electric Power, operadora do complexo de Fukushima, informou que sua prioridade é o reator 3, onde foram registrados os níveis mais altos de radiação.
A empresa confirmou que a situação não era boa no reator 4, onde houve a última explosão. No reator 2, que sofreu explosão na segunda-feira, a temperatura foi estabilizada e a pressão caiu, mas não se sabia ao certo o que provocou as mudanças.
O porta-voz do governo japonês, Yukiya Amano, disse que a radiação na área da usina nesta quarta-feira não estava alta o suficiente para causar danos à saúde.
Os níveis estão variando desde os primeiros problemas apresentados pela usina, na sexta-feira, após o terremoto e a tsunami que atingiram o país. (Entenda o vocabulário atômico)
Ventos devem continuar levando a radiação para o Oceano Pacífico nesta quarta, mas ainda há grande preocupação em Tóquio, localizada a 240 quilômetros da usina de Fukushima. Milhares de pessoas deixam a cidade desde terça-feira, quando o governo local orientou a população a evitar sair às ruas.
Nesta quinta-feira, França, Austrália e Turquia se juntaram aos países que pediram aos seus cidadãos que evitem viagens ao Japão.
A embaixada da França em Tóquio pediu aos franceses que vivem na capital japonesa para deixarem o país ou se dirigirem para o sul devido ao risco de radiação.
Em Tóquio, não há grande risco para a saúde.
Fonte:O Globo/Videos :G1;AlJazeera; ;
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