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ONU não chega a consenso sobre zona de exclusão aérea
TÚNIS (Reuters) - Forças favoráveis ao líder líbio, Muammar Gaddafi, derrotaram os insurgentes na cidade costeira de Zuwarah na segunda-feira, retomando uma das últimas cidades controladas pelos rebeldes no oeste da Líbia, disse um morador.
"Zuwarah está nas mãos deles agora", afirmou Tarek Abdallah. "Eles a controlam e não há sinais dos rebeldes. Estão agora no centro - o Exército e os tanques."
"O combate terminou e eles estão aqui", ele disse à Reuters por telefone. "Não sabemos o que irá acontecer com a gente e tememos que possam cometer crimes. Esperamos e rezamos para Deus que não."
ONU não chega a consenso
O Conselho de Segurança da ONU discutiu nesta segunda-feira a proposta de autorizar uma zona de exclusão aérea na Líbia, mas não houve consenso na reunião dos 15 membros do órgão, e a Rússia disse que surgiram questionamentos sobre o tema.
A França, que ao lado da Grã-Bretanha defende uma proibição forçada dos voos militares sobre o país do norte da África, disse esperar que a decisão da Liga Árabe de pedir ao conselho da ONU que imponha uma zona de exclusão aérea convença os membros contrários à ideia a mudar de opinião.
"Agora que há o comunicado da Liga Árabe, nós esperamos que isso mude o jogo para os outros membros do conselho", disse o embaixador francês na ONU, Gerard Araud, antes do encontro a portas fechadas.
Após o encerramento da reunião, Araud disse que ainda estava confiante em conseguir a aprovação da resolução impondo a exclusão aérea. "É possível", disse. "Não houve uma recusa total. Houve preocupações, questionamentos, mas acredito que estamos progredindo."
Segundo ele, o conselho deve agir com urgência devido à situação na Líbia, onde forças leais ao líder Muammar Gaddafi lançaram uma contraofensiva violenta contra os rebeldes que tentam derrubá-lo do poder após 41 anos de governo.
"Nós preferimos agir o mais rápido possível, e queremos que nossos parceiros no conselho tenham o mesmo senso de urgência que nós temos", disse. "Esse é o pequeno ressentimento que eu tenho."
O embaixador russo Vitaly Churkin disse a repórteres que o conselho ainda não estava pronto para votar a resolução da zona de exclusão aérea, e que vários membros do órgão solicitaram mais informações.
"Questões fundamentais precisam ser respondidas, não apenas o que nós precisamos fazer, mas como isso será feito", disse. "Se houver uma zona de exclusão aérea, quem vai implementá-la? ... Sem esses detalhes ou respostas para essas questões, é muito difícil tomar uma decisão responsável."
Churkin acrescentou que Moscou permanece com as opções abertas e que não rejeita a proposta de uma zona de exclusão aérea.
O embaixador alemão Peter Wittig disse que Berlim apoia um endurecimento das sanções aprovadas em 26 de fevereiro pelo Conselho de Segurança contra Gaddafi, seus familiares e o círculo de poder. Ele foi mais cético quanto à zona de exclusão.
"Levantamos algumas questões e algumas delas ainda não foram respondidas", afirmou Wittig
A embaixadora dos EUA, Susan Rice, disse a membros do conselho que o governo norte-americano está aberto a discutir a zona de exclusão aérea, como parte de um plano mais amplo, mas acrescentou que isso provavelmente não seria suficiente para acabar com as mortes na Líbia, segundo disse à Reuters um diplomata do conselho.
"Ela também disse que os Estados Unidos só participariam da zona de exclusão aérea se os países árabes da região derem apoio de forma significativa", afirmou o diplomata.
Além dos EUA, Rússia e Alemanha, outros integrantes do conselho com dúvidas quanto a uma resolução que aprove a exclusão aérea incluem o Brasil e a África do Sul, segundo diplomatas ouvidos pela Reuters.
A França, que ao lado da Grã-Bretanha defende uma proibição forçada dos voos militares sobre o país do norte da África, disse esperar que a decisão da Liga Árabe de pedir ao conselho da ONU que imponha uma zona de exclusão aérea convença os membros contrários à ideia a mudar de opinião.
"Agora que há o comunicado da Liga Árabe, nós esperamos que isso mude o jogo para os outros membros do conselho", disse o embaixador francês na ONU, Gerard Araud, antes do encontro a portas fechadas.
Após o encerramento da reunião, Araud disse que ainda estava confiante em conseguir a aprovação da resolução impondo a exclusão aérea. "É possível", disse. "Não houve uma recusa total. Houve preocupações, questionamentos, mas acredito que estamos progredindo."
Segundo ele, o conselho deve agir com urgência devido à situação na Líbia, onde forças leais ao líder Muammar Gaddafi lançaram uma contraofensiva violenta contra os rebeldes que tentam derrubá-lo do poder após 41 anos de governo.
"Nós preferimos agir o mais rápido possível, e queremos que nossos parceiros no conselho tenham o mesmo senso de urgência que nós temos", disse. "Esse é o pequeno ressentimento que eu tenho."
O embaixador russo Vitaly Churkin disse a repórteres que o conselho ainda não estava pronto para votar a resolução da zona de exclusão aérea, e que vários membros do órgão solicitaram mais informações.
"Questões fundamentais precisam ser respondidas, não apenas o que nós precisamos fazer, mas como isso será feito", disse. "Se houver uma zona de exclusão aérea, quem vai implementá-la? ... Sem esses detalhes ou respostas para essas questões, é muito difícil tomar uma decisão responsável."
Churkin acrescentou que Moscou permanece com as opções abertas e que não rejeita a proposta de uma zona de exclusão aérea.
O embaixador alemão Peter Wittig disse que Berlim apoia um endurecimento das sanções aprovadas em 26 de fevereiro pelo Conselho de Segurança contra Gaddafi, seus familiares e o círculo de poder. Ele foi mais cético quanto à zona de exclusão.
"Levantamos algumas questões e algumas delas ainda não foram respondidas", afirmou Wittig
A embaixadora dos EUA, Susan Rice, disse a membros do conselho que o governo norte-americano está aberto a discutir a zona de exclusão aérea, como parte de um plano mais amplo, mas acrescentou que isso provavelmente não seria suficiente para acabar com as mortes na Líbia, segundo disse à Reuters um diplomata do conselho.
"Ela também disse que os Estados Unidos só participariam da zona de exclusão aérea se os países árabes da região derem apoio de forma significativa", afirmou o diplomata.
Além dos EUA, Rússia e Alemanha, outros integrantes do conselho com dúvidas quanto a uma resolução que aprove a exclusão aérea incluem o Brasil e a África do Sul, segundo diplomatas ouvidos pela Reuters.
Para aprovar uma resolução, o conselho precisa de nove votos a favor e nenhum veto dos cinco membros permanentes -EUA, China, Rússia, França e Grã-Bretanha.
A Otan, mais provável candidata a impor a zona de exclusão aérea, deixou claro que precisa de uma autorização do Conselho de Segurança para participar de qualquer operação.
Fonte:REUTERS-Reportagem de Mariam Karouny/Videos:AlJazeera;;G1.com
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