SÃO PAULO (Reuters) - Os aeroportos do país receberão um investimento de 6,48 bilhões de reais até 2014, quando o Brasil vai sediar a Copa do Mundo, disse nesta quarta-feira o superintendente da Infraero, Jonas Lopes, dias depois de a infraestrutura para receber o Mundial ter sido alvo de críticas.
Desse total, cujos recursos virão da Infraero (61 por cento) e do governo federal (49 por cento), 5,4 bilhões de reais serão investidos nos 14 aeroportos relacionados com as 12 cidades-sede do Mundial, informou a estatal.
"Segundo estudos encomendados pelo Ministério da Defesa, durante a realização do Mundial, o volume de passageiros deve crescer em torno de 10 por centro sobre a movimentação estimada para o ano", disse a Infraero em comunicado.
A previsão para 2014 sem a Copa seria de 26 milhões de passageiros, afirmou Lopes durante audiência pública da Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara.
Em alguns aeroportos, como os de Guarulhos, Campinas e Brasília, a Infraero prevê a instalação de módulos operacionais, que darão suporte ao atendimento da demanda nesses terminais.
A situação aeroportuária é a que mais preocupa para o torneio que será sediado pelo Brasil, segundo o presidente da Confederação Brasileira de Futebol e do comitê organizador do Mundial, Ricardo Teixeira.
Na semana passada, em entrevista na África do Sul, o dirigente não soube informar sobre investimentos e disse que a área era de responsabilidade da Infraero.
Porém, o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, disse que o Brasil será dividido em "quatro regiões para garantir que torcedores não tenham que viajar por mais de uma ou duas horas entre um estádio e outro".
A ideia é evitar grandes deslocamentos das seleções entre as 12 cidades que vão receber jogos do Mundial: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Na terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu àqueles que criticam o Brasil por não estar com a infraestrutura completa para a próxima Copa do Mundo.
Fonte:REUTERS
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