O PREDADOR ( AV-VBL )
Também, sabemos que, nenhum projeto nasce pronto e acabado, principalmente, se tratando de produto bélico de uso exclusivo militar.
Nada mais inteligente, portanto, do que se obter a compreensão das limitações operacionais nascidas do emprego do GUARÁ, em procedimentos de experimentação “ nos campo de provas”, lógico, de iniciativa do Exército Brasileiro, e a partir daí, se necessário, voltar, novamente, para a prancheta da AVIBRÀS para as melhorias industriais necessárias ao seu aperfeiçoamento militar.
Esta TÉCNICA se denomina desenvolvimento do produto, comum em quaisquer industrias sejam militares e civis, fazendo com que, quaisquer críticas quanto à qualidade da viatura blindada sejam oriundas de néscios, ainda mais porque, o Exército Brasileiro acompanhou e participou do programa que se referia a fabricação de viatura de apoio blindada leve de 4 x4, e não, uma pesada viatura 8×8 ou uma viatura 10×10.
O GUARÁ tem várias versões militares entre as quais, a de COMBATE que poderá contar com um morteiro automático eletromagnético de 81 mm ou, ainda, melhor, canhão automático eletromagnético anticarro de 84 mm, em outras versões outros armamentos ou empregos militares.
As razões pelas as quais o EB recusou sua compra, apesar de sua participação no programa de produção, não sabemos com exatidão.
Os GUARÁS, com certeza, não farão parte do Corpo Principal de Blindados ( blindados principais) do EB independente de sua versão, mas como veículos blindados, no modelo COMBATE, de ligação e apoio de fogo às Brigadas Blindadas, além de outros empregos em batalha, consoante a natureza específica de sua versão.
Sem dúvidas, poderiam ser incorporados em grande nº, uma vez que, o EB não possuem estes tipos de viaturas leves táticas (4×4) com um canhões automáticos eletromagnéticos anticarro de 84 mm, ou morteiros automáticos eletromagnéticos de 81mm, ou lançador de granadas, além, de metralhadoras MAG -7,62 mm ou a famosa 12,7 mm (.50) da forma como for definida.
Constituindo, nos campos de batalha, uma pequena força blindada armada integrada aos blindados Guaranis sob 8 rodas com canhões de 105 ou 120 mm, ou até com os futuros e modernos blindados sobre lagartas Osório de 120 mm. Apesar de não ser um blindado anfíbio pode transpor cursos d’águas com profundidade de até 1,2 m, operar com potentes motores de 280CV, e, conforme, sua versão, na missão pode ter 12.000 kg. A Brigada GLO do EB recebeu um desenho do AV- VBL GUARÁ que poderá ser também a versão do BOPE 4×4.
O protótipo da AVIBRÁS, AV- VBL apresentado possui carroceria monobloco de chapas de aço blindadas, importadas dos EEUU ( esqueceram-se das chapas fabricadas no Brasil- USIMINAS- usadas nos Guaranis), com reparo giratório para metralhadoras. Sabemos que as FAs do Brasil tem três (04) problemas sérios para resolver como:
1º)- orçamentos militares insuficientes;
2º)- falta de consciência governamental para a questão da Soberania Nacional, 3º)- desinteresse da classe política brasileira para a importância militar das FAs na garantia do nosso crescimento econômico .
4º)- ausência de uma clara Política Nacional de Defesa Militar ( O Plano de Fortalecimento Militar das FAs, isolado, não é nada !! ).
Mas, absolutamente, nada justifica o EB não aceitar e não corrigir(???) os modelos das viaturas blindadas do AV-VBL 4×4 (que ele próprio ajudou a fabricar) direcionando-os para a otimização da qualidade, e fazendo-os, excelente opção de emprego militar, não somente para o EB, mas para as demais FAs do Brasil.
Guará embarcando para o Haiti para uma campanha de testes em campo promovida pela Avibras que cedeu o veículo para o Exército Brasileiro
Em meu ponto de vista, s.m.j, se constitui num ato destrutivo dos esforços de Implantação da Industria Bélica Brasileira, da mesma forma que, arruína nosso Plano Nacional de Rearmamento Militar das FAs do Brasil, donde se conclui, que o nosso problema mais grave não é o financeiro nem a fragilidade orçamentária, mas a ausência de coisa nacional muito mais séria.
De reboque vem a notícia de que a PMRJ vem testar uma viatura blindada 4×4 de origem russa, denominada de Tigre GAZ 2330 da fábrica Rosboron. Muito, à propósito, é ótima a informação de que estas viaturas blindadas serão usadas no patrulhamento ostensivo externo da PMRJ, “indicando evolução” no planejamento estratégico militar da PMRJ.
Em verdade, o EB não permite muita liberdade à PMRJ, não sei se, também é verdade em relação as PMs de outros Estados do Brasil.
Mas o fato é que, o EB preso a fatos acontecidos a mais de 80 anos no ERJ, não autoriza a PMRJ colocar no reparo giratório das viaturas blindadas quaisquer tipos de metralhadoras, e da mesma forma, proíbe o mesmo uso dos reparos, nos helicópteros militares para blitz nas comunidades.
À tempos, também a PMRJ tentou licitar coletes israelenses à prova de bala de fuzil, cuja qualidade é indiscutível, entretanto, o EB alegou que as compras deveriam ser feitas nas industrias bélicas brasileiras para incentivar sua implantação e funcionamento.
Aliás, nos parece que o próprio EB se esqueceu desta assertiva quando se dispõe a testar experimentalmente similares, ou melhor, outros carros blindados 4×4, por exemplo, da Suíça, da Suécia, da Bélgica, da Alemanha, dos EEUU, etc… esquecendo-se de sua participação no projeto do Guará.
Os testes experimentais levados a exaustão de quaisquer itens bélicos, resultarão em coletas analíticas de informações descritivas das deficiências operacionais do modelo militar, de maneira que, sem “patriotadas” tolas, sempre visarão o seu aperfeiçoamento técnico.
São procedimentos corretos, pois, todas as industrias que realizam seu processo de transformação normal de produção, sejam civis ou militares, estimularão, por princípios de concorrência, a contínua busca do ponto ótimo do item ( civil ou militar ) projetado para os fins definidos.
Entretanto, há de não se confundir com as manobras de concorrências comerciais na procura de melhores preços ou menores custos, ou de grandes propinas oferecidas pelos vendedores do produto. Sugerimos, pois: “–Que tal, as tropas serem consultadas sobre a qualidade real do emprego de certo produto bélico, no campo prático, uma vez que, serão sempre seus usuários finais ????” Vejamos o péssimo exemplo da licitação dos caças para a FAB !!! É lamentável que os governos, por interesses escusos e a sociedade por grassa ignorância, não alcancem a ação sadia do Sistema de Controle Interno, cujos processos legais são a Garantia Constitucional de que a Economia Nacional de uma Nação vai ser resguardada da ação predadora dos marginais do “colarinho branco”.
É muito terrível que o próprio governo não cumpra suas próprias medidas decisórias em relação ao rearmamento militar das nossas FAs.
As escolhas e a tomada de decisão quanto ao tipo, a espécie, a natureza, e a qualidade dos equipamentos bélicos, deverão caber, somente, como é lógico, aos especialistas em armas e aos estrategistas em defesa militar das FAs.
Mas, entretanto, a elaboração dos Orçamentos Militares – Despesas de Capital e a liberação dos cronogramas dos recursos financeiros para a realização das licitações militares sempre caberão aos governos constituídos, a partir do trabalho técnico desenvolvido pelas Diretrizes dos planejamentos determinados por estes especialistas militares.
A falta de dinheiro nos orçamentos militares é um erro governamental que não soma na responsabilidade dos Dirigentes Militares.
Mas, a ação irresponsável de escolhas e decisões equivocadas sobre equipamentos militares que colidem com a própria Política Nacional de Defesa da Soberania Nacional, trazendo atrasos e prejuízos ao nosso desenvolvimento militar, é funesta irresponsabilidade. Em nossa opinião, caberiam às FAs, de maneira convincente, levar o governo a adquirir centenas de viaturas blindadas AV- VBL – GUARÁ para incorporação aos seus meios operacionais.
O exército dos EEUU no Iraque levou e deixará lá, em torno de 4.000 viaturas blindadas 4X4. Quaisquer discordâncias (repetimos) quanto a qualidade do Guará – AV- VBL da AVIBRAS, neste momento, quando ainda, não se divulgou todos os procedimentos técnicos devidos pela avaliação bélica destas viaturas blindadas, é total falta de esclarecimentos.
O EB certamente não estará esquecendo as necessidades das Brigadas de Infantaria de Selva da Região Amazônica, ainda mais porque, a condição de viatura (GUARÁ) não anfíbia é um detalhe que a AVIBRÁS, com certeza, está capacitada a resolver com rapidez, lembrando de que o GUARANI (URUTU III) poderá dispor de uma versão anfíbia e o antigo CHARRUA ( também anfíbio e virtual substituto do M-113 ) pode perfeitamente renascer das pranchetas como modelo atualizado. Dois coisas que a sociedade não deve esquecer:
1º) – inteligência criativa é para quem, de fato, “ já nasceu com ela”;
2º) – e, recursos nos orçamentos militares do Brasil é para gestores que “tem vergonha na PPP da cara”.
Por conseqüência, uma séria questão nacional se descortina diante da consciência da sociedade brasileira participativa em relação à importância das FAs para a Nação.
De forma que, OU as FAs são fundamentais à existência do País como Unidade Nacional, e, devemos tê-las modernizadas e eficientes, para o Brasil crescer economicamente, ser politicamente forte, colocar seu povo integrado de maneira permanente nas suas riquezas naturais e ter participação efetiva nos legítimos benefícios sociais decorrentes, OU ENTÃO, acabaremos, definitivamente, com este sentimento político dúbio de indecisão.
O Poder de Dissuasão, conseqüente da aplicação do Plano Militar Nacional de Fortalecimento das FAs do Brasil que já escolheu seu triste rumo, já começa a “ ir para o ralo”.
Espero, sinceramente, que os brasileiros “ antenados” compreendam meu GRITO, pois, entendemos que, para obtenção de um Brasil com um mínimo de TRANQUILIDADE, precisaremos SIM da segurança de FAs fortes e modernas, SEMPRE. O Velho Patriota Luiz.
Fonte:Plano Brasil-Por: Luíz Pinelli
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