"Um mistério e novas teorias"
Há pouco mais de um ano, o mundo acompanhava a busca por destroços e corpos dos passageiros e tripulantes do Airbus A330 da Air France, voo AF447, que caiu no mar quando seguia do Rio para Paris. De lá para cá, poucas perguntas foram respondidas. Acho que já é um dos maiores mistério da aviação.
Enquanto o trabalho de juntar pistas frágeis na vastidão do mar é hercúleo e, até agora, infrutífero, nos foruns técnicos o debate não cessa.
Pilotos e engenheiros ali, como eu, encaram as 23 mensagens automáticas (ACARS) enviadas pelo computador ao centro de operações da AF no Charles de Gaulle como a melhor possibilidade de obter luz sobre o caso.
Pilotos e engenheiros ali, como eu, encaram as 23 mensagens automáticas (ACARS) enviadas pelo computador ao centro de operações da AF no Charles de Gaulle como a melhor possibilidade de obter luz sobre o caso.
A discussão mais recente envolve uma informação que o canal Discovery revelou: a de que os tubos Pitot da Thales, apontados como elementos iniciadores do desastre, começaram a passar dados incorretos de velocidade ao computador devido a um fenômeno raro.
Ao atravessar um Cumulus Nimbus 4 mil pés maior que a altitude de voo, a água não teria congelado e entupido o tubo que faz a leitura, mas continuado em estado líquido, mesmo a quase -50°C.
O tubo ficou parcialmente obstruído e esses especialistas sugerem que isso poderia ter promovido um decréscimo lento da velocidade lida, em uma taxa abaixo da constante no software como limite para o start do descongelamento automático – quando o Pitot é aquecido.
No momento em que o sistema detectou a falha e desacoplou o piloto automático, o erro já estaria ocorrendo há algum tempo, imperceptívelmente. Nesse caso, a velocidade real do jato em um ponto crítico na tempestade já estaria abaixo da lida pelo piloto nos três mostradores possíveis.
O tubo ficou parcialmente obstruído e esses especialistas sugerem que isso poderia ter promovido um decréscimo lento da velocidade lida, em uma taxa abaixo da constante no software como limite para o start do descongelamento automático – quando o Pitot é aquecido.
No momento em que o sistema detectou a falha e desacoplou o piloto automático, o erro já estaria ocorrendo há algum tempo, imperceptívelmente. Nesse caso, a velocidade real do jato em um ponto crítico na tempestade já estaria abaixo da lida pelo piloto nos três mostradores possíveis.
Outro detalhe, também dos ACARS, lembrado na discussão: entre os destroços estaria parte dos estabilizadores, com partes móveis travadas em posições distintas apesar de serem de uma mesma peça.
Seria um sinal de que a máquina recebeu comandos conflitantes – lembrando que o maior ou menor grau de movimento depende da velocidade e da altitude.
Um estudo da peça mostrou que o ângulo havia variado em 7,9° quando o máximo, para a velocidade ideal de Mach 0.86 no FL350 (nível de voo) seria de 4,7°.
Seria um sinal de que a máquina recebeu comandos conflitantes – lembrando que o maior ou menor grau de movimento depende da velocidade e da altitude.
Um estudo da peça mostrou que o ângulo havia variado em 7,9° quando o máximo, para a velocidade ideal de Mach 0.86 no FL350 (nível de voo) seria de 4,7°.
Há quem discorde, mas faz sentido para a hipótese de que o A330 teria sucumbido a um blecaute catastrófico não de atuação de sistemas específicos, mas de integração e gerenciamento deles em condições extremamente severas.
Fonte: Glide Slope (jblog)-via Direto da Pista
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