Israel bombardeia Gaza em resposta a ataque de foguetes do Hamas
da Folha Online
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O Exército de Israel realizou nesta quinta-feira (hora local) novos ataques aéreos contra o sul da faixa de Gaza em resposta ao lançamento de foguetes do Hamas contra o território israelense. O bombardeio é o segundo em dois dias e ocorre dez dias depois do cessar-fogo declarado por Israel e Hamas, em 18 de janeiro.
O cessar-fogo pôs fim a 22 dias de uma grande ofensiva militar israelense contra alvos do Hamas na faixa de Gaza, que deixou ao menos 1.300 palestinos mortos, a maioria civis, e cerca de 5.000 feridos.
Caças bombardearam durante a madrugada de hoje a região de Rafah, no sul da faixa de Gaza, sem deixar vítimas. A ofensiva atingiu um centro de fabricação de armas do Hamas, segundo as Forças Armadas israelenses.
Ontem, um foguete Qassam (de fabricação caseira) atingiu um kibutz (cooperativa rural) na região de Eshkol, próximas à faixa de Gaza, sem deixar vítimas. Por enquanto, nenhuma milícia assumiu a autoria do ataque.
Túneis
Na quarta-feira de manhã, as forças israelenses bombardearam no sul de Gaza vários túneis que ligam a faixa com o Egito, no primeiro ataque aéreo contra a região após o cessar-fogo que colocou fim à ofensiva israelense de 22 dias contra Gaza, cujo objetivo declarado era eliminar a capacidade do Hamas de lançar foguetes contra Israel.
Os bombardeios de quarta-feira foram a resposta do Exército a um ataque com bomba contra uma patrulha militar na zona de Kisufim na terça-feira de manhã, no qual um oficial morreu e outros três soldados ficaram feridos.
O Exército israelense atribuiu ao movimento islâmico Hamas, que governa Gaza, "a responsabilidade de manter a calma nas localidades do sul de Israel", e advertiu de que "responderá duramente a qualquer tentativa" que possa alterar a situação de cessar-fogo.
As hostilidades ocorrem em meio à visita do emissário dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, que viaja pela região. Nesta quarta-feira, o americano se reuniu com o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, com o presidente israelense, Shimon Peres, com a ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, e com o ministro da Defesa, Ehud Barak,
Refém
Nesta quarta-feira, Olmert condicionou a abertura das passagens de fronteira de Gaza à libertação de um militar sequestrado em 2006 por militantes palestinos. O líder do Hamas exilado na Síria, Khaled Mashaal, recusou a proposta.
Após o encontro com Olmert, Mitchell afirmou que consolidar o cessar-fogo em Gaza é "crucial". "O primeiro-ministro e eu discutimos a importância de consolidar o cessar-fogo incluindo o fim das hostilidades, o fim do contrabando e a reabertura das passagens (de fronteira de Gaza)", disse o enviado, citado pela BBC.
Nesta quinta-feira, Mitchell se reunirá com líderes da Autoridade Nacional Palestina, na Cisjordânia. O americano não irá se encontrar com nenhum membro do Hamas, que controla a faixa de Gaza desde 2007.
Com Efe
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