Preços em queda, aviões lotados
Compra antecipada reduz passagem área em até 75% e anima mais gente a voar pela primeira vez
Uma nova classe de passageiros embarca em voos domésticos no Brasil.
É gente que visita a família, tira férias e aproveita a lua de mel cada vez mais longe de casa, graças à estabilidade econômica, ao parcelamento de passagens e à valorização do salário mínimo.
Para esse público, o acesso ao crédito faz diferença e o parcelamento viabiliza o lazer em outra cidade.
E os novos passageiros já estão antenados com as dicas de viajantes mais experientes: comprar com antecipação — uma estratégia facilitada pelo acesso à Internet — virou hábito que garante redução entre 15% e 75% no preço da passagem.
Iniciativas como a parceria entre Caixa Econômica Federal e TAM, por exemplo, realizam sonhos em 24 vezes.
Itaú e Banco do Brasil financiam a operação em até 48 parcelas. As aéreas fazem sua parte dispensando juros em algumas compras à prestação. “Vou fazer minha terceira viagem a Salvador.
Quando cheguei ao Rio, passei nove anos sem visitar a família por causa da condição financeira. Agora, vou todo ano”, conta Paulo Sergio, 42 anos, que trabalha em concessionária de carros.
Em simulação no site da Gol, uma viagem entre Rio e Salvador pode sair por R$ 577,24 (ida e volta, entre os dias 7 e 14 de junho) ou R$ 427,24 (os dois trechos, entre 5 e 12 de julho) — com taxas incluídas.
A pesquisa é fundamental. Pelo comparador de preços “Decolar”, é fácil descobrir variações de até 37% nos mesmos trechos e datas.
Também verifica-se que restam poucas vagas com preços mais baixos para julho. Para destinos menos tradicionais, como Belo Horizonte, Curitiba e Brasília, ainda é possível encontrar bilhetes de ida e volta por menos de R$ 300, que podem ser parcelados.
Previsão: bilhete mais caro 5% este ano
Os preços das passagens aéreas caíram 24,1% entre junho de 2009 e este mês. Um ano antes, a queda foi de 17,1%. Ainda assim, a expectativa é de alta de 5% nos valores das viagens dentro do País em 2010.
André Braz, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), diz que os preços dos bilhetes estão em queda desde o ano passado. “Em 2008 e 2009, as pessoas não queriam se endividar por causa da ameaça de recessão, e os preços caíram. Este ano, a economia se reergueu, mas aumentou a concorrência, o que garantiu preços mais em conta”, analisa o economista.
O aquecimento atual da economia também pode pressionar o aumento das tarifas.
“A redução da taxa de desemprego e o aumento da massa salarial elevam a demanda por serviços, que estão ficando mais caros. As passagens estão na contramão devido à forte competição, mas isso deve se acomodar”, acredita Braz.
O vendedor Paulo Sergio elogia a estabilidade econômica e a redução no preço das passagens. “O governo tenta ajudar a classe de menor renda a ter condição melhor de vida, mas a gente também precisa de lazer. Está na Constituição”, argumenta Paulo, que costuma aproveitar o crédito bancário para pagar viagens sem que pesem no bolso.
Fonte: desastresaereosnews/Por:Tamara Menezes (O Dia Online)
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