A recente (e bem sucedida) campanha russa contra a Geórgia pode ter recuperado o ferido orgulho russo, mas a verdade é que no essencial o exército russo é hoje um exército pouco moderno, mal treinado e escasso em bons oficiais…
Este estado quase em decomposição das forças armadas russas é ainda a consequência do colapso da União Soviética e a sua organização é obsoleta, mas começou em 2009 a ser alvo de uma profunda restruturação.
No âmbito desta reorganização, foram desmanteladas várias unidades de reservas, criadas novas brigadas e toda a estrutura do exército foi adaptada para aumentar a sua capacidade de reação em conflitos locais ou regionais, os cenários que os estrategas russos consideram agora serem os mais prováveis para as suas forças.
Mas a Rússia padece hoje de uma grave doença demográfica, que produz um declínio sensível no número de jovens conscriptos e uma resposta a este problema está a iminente reativação do serviço militar com dois anos de duração, algo que melhorará também a qualidade da instrução.
Outro problema – talvez ainda mais grave – prende-se com a escassez de armamento moderno nas forças armadas russas. De facto, não há armamento novo desde há mais de 15 anos… Tal situação obrigou a um aumento de 9 a 11% nas despesas em armamento por ano até 2020. Um ritmo que nesse ano deverá garantir a presença de 70% de equipamento moderno em todas as unidades russas, até finais de 2020.
A existência de um forte impulso modernizador é evidente. Recentemente, foram entregues 35 novos mísseis balísticos, 50 novos e 50 aviões modernizados, 4 novos navios de guerra, 2 submarinos nucleares e um novo submarino movido a diesel.
Todo este equipamento deverá ser entregue até 2020, mas há sérios atrasos que ameaçam a boa execução deste programa, especialmente com os aviões e meios navais e todas as encomendas de equipamento atualmente em carteira nem sequer cobrem metade de todo o equipamento atualmente em uso nas forças armadas russas!
A decadência das forças armadas russas está assim para durar e não tem fim à vista…
Para grande gáudio dos radicais islâmicos do Cáucaso e da China, que no Extremo Oriente não pára de cobiçar os recursos deste gigante despovoado e cada vez mais desarmado.
Fonte:Plano Brasil
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