17/10/2010

Uso de helicóptero contra arrastões divide especialistas

Uso de helicóptero contra arrastões divide especialistas


Na semana passada, algumas ocorrências de “arrastões” pela cidade do Rio de Janeiro fez com que a PMERJ tomasse medidas específicas para conter esse tipo de atuação dos marginais.

As aeronaves do GAM foram incluídas no planejamento e devem ter uma participação importante nessas operações.

Veja abaixo um compilado das noticias publicadas:

O comando da Polícia Militar definiu que no dia 8/10/10, helicópteros vão ajudar no combate aos assaltos nas ruas do Rio de Janeiro.

A PM avisou, em nota oficial, que “a estratégia baseia-se na prevenção/repressão, através do mapeamento das áreas em que tal atividade criminosa vem acontecendo”.

E o reforço não virá apenas do céu, a polícia avisou que também vai colocar mais segurança em terra, com mais motocicletas e viaturas.

Uso de helicóptero contra arrastões divide especialistas

A PM anunciou que vai concentrar na Zona Sul, no Centro, em São Cristóvão, no Maracanã e na Tijuca o novo tipo de patrulhamento aéreo.

As regiões terão monitoramento aéreo realizado pelos três helicópteros da corporação.

As aeronaves vão funcionar como uma plataforma de observação, mas PMs a bordo delas poderão atirar, caso sejam atacados e tenham oportunidade de revidar, destacou o major Daniel Queiroz, chefe do Núcleo Aéreo do Grupamento Aeromarítimo da PM (GAM):

- Sobre a área urbana, é complicado efetuar disparos. Se a aeronave for alvejada, podemos revidar, mas cada caso será avaliado.

Pode ser mais vantajoso optar pela retirada do que por reagir, se isso colocar a população em risco.

O major contou ainda que a corporação enviou ao governo do estado um planejamento com um aumento considerável de sua frota de helicópteros até 2016, devido aos eventos esportivos que acontecerão na cidade, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

O oficial, no entanto, não quis dizer quantos helicópteros a mais são considerados necessários.

O aumento da frota ainda tem que ser aprovado pelo estado.

A expectativa é que o patrulhamento aéreo tenha efeitos imediatos, inibindo a ação de bandidos e transmitindo maior sensação de segurança à população.

No ar, os policiais estarão ligados ao rádio do batalhão da área sobrevoada.

"Acontecendo qualquer crime que demande acompanhamento por helicóptero, partiremos em apoio ao policiamento em terra.Também estaremos atentos a situações suspeitas, mas essa é uma atuação mais subjetiva e menos eficiente "– disse o major, informando ainda que o foco do policiamento aéreo é evitar delitos específicos, como roubos de carros e cargas, além de assaltos a estabelecimentos comerciais e financeiros.

O novo patrulhamento adotado pela Polícia Militar divide especialistas. Paulo Storani, ex-capitão do Bope e professor da Universidade Candido Mendes, considera a utilização de helicópteros bastante eficaz, quando a aeronave é aplicada no monitoramento de vias extensas.

- O Rio combina florestas com áreas urbanizadas sem planejamento prévio, além de contar com poucas áreas planas.

Isso dificulta o patrulhamento em terra. Há ainda obstáculos à locomoção de viaturas, devido ao congestionamento das ruas.

O uso de aeronaves como plataforma de observação é o que há de mais moderno, acontece em diversas partes do mundo – disse Storani.

Demanda por novos helicópteros deve aumentar

O ex-capitão do Bope ressaltou a importância da sensação de segurança que a novidade vai gerar na população, atualmente muito assustada com os recentes arrastões.

Criminosos, por sua vez, devem se sentir intimidados diante da presença de helicópteros em pontos-chave da cidade.

O especialista prevê uma diminuição imediata do número de crimes, mas aponta desafios a longo prazo:

" É possível que haja um deslocamento de criminosos para outras áreas que não estejam monitoradas pelas aeronaves. Isso deve criar inclusive uma demanda para a ampliação da frota de helicópteros da PM e de treinamento de oficiais como pilotos" – disse Storani.

Ele, no entanto, é contra PMs fazerem disparos a bordo de helicópteros.

Para Ignacio Cano, sociólogo e pesquisador da Uerj, uma pessoa atirando de qualquer veículo em movimento representa insegurança para a população. Ele acredita ser improvável que a nova estratégia de patrulhamento funcione:

- Será muito difícil localizar arrastões de um helicóptero. A função desse tipo de aeronave é atuar quando há perseguição a carros em fuga. Seria mais eficiente investir em câmeras e no patrulhamento por meio de viaturas e motocicletas.

Lênin Pires, pesquisador do núcleo de estudos da UFF, concorda com Cano.

A melhor saída, a seu ver, seria fazer com que as informações das investigações contribuíssem mais com o policiamento ostensivo, além de incorporar outras tecnologias às operações, como câmeras e até o uso do Twitter.

Ele criticou a falta de integração entre as polícias Civil e Militar:

- A aposta nas aeronaves reflete interesses internos e externos de transformar o Rio na cidade do entretenimento. Para isso, é preciso mostrar que algo sensacional vem sendo feito.


http://oglobo.globo.com/fotos/2007/06/29/29_MHG_rio_helicopteros.jpg

NOTA do BLOG:Respeitamos as opiniões dos mestre da UFF e UERJ,porém me parece que nada entendem do potencial de tal ferramenta (Helicópteros),hoje empregada por diversas forças policiais do mundo inteiro,sua versatilidade ,e maobrabilidade,são essenciais para o que se propõe.


http://www.kimpormimopiniao.blogger.com.br/figDrogasPoliciaHelicoptero1.jpg


O helicóptero é um avião com asas rotativas, capaz de decolar e aterrissar na vertical podendo voar em qualquer direção: para cima, para baixo, para frente, para trás e, inclusive, ficar pairado no ar.

É um verdadeiro "burro-de-carga" voador, pois vai até aos lugares mais incríveis, em florestas, penhasco, picos, no mar, no alto dos edifícios, além de realizar pousos no perímetro urbano em locais bem restrito.

Os serviços que presta são extremamente variados, pelos grandes recursos de que dispõe a sua maleabilidade: transporte de doentes, de médicos em edifícios incendiados, no mar, em regiões geladas, inundadas ou isoladas, de um lado para outro de uma cidade, superando as dificuldades de trânsito urbano, transporte de tropas, observações de vários tipos, auxílios à polícia, entre tantos outros serviços relevantes que pode executar.

Os helicópteros policiais são aeronaves de asas rotativas do tipo civis e públicas, destinadas ao cumprimento de missões típicas de polícia, de bombeiro militar e de defesa civil.

http://www.airport-data.com/images/airports/small/006/006932.jpg

Segundo dados da empresa fabricante de helicópteros BELLTEXTRON, norte-americana, em 1948, o helicóptero comercial tinha só dois anos e em 30 de setembro daquele ano, a cidade de Nova Iorque, através da Agência de Aviação do Departamento Policial, colocou seu primeiro helicóptero em serviço, um Bell 47D.

Sob as ordens do Capitão Gus Crawford, esta foi a primeira municipalidade no mundo a utilizar um helicóptero para a realização de missões policiais.

http://www.stinsonflyer.com/prop/bel47g3-2.jpg

A frota cresceu durante os anos seguintes, com mais helicópteros do modelo Bell comprados.

A agência já tinha possuído e operado aeronave de asas fixas (avião) desde 1929.

O helicóptero, pelo fato de poder pairar no ar, realizar pousos e decolagens em áreas restritas, vôos de observação em baixa velocidade, fazer missões de resgates, de salvamentos, bem como desenvolver atividades de patrulha cobrindo extensas áreas e locais de difícil acesso, em curto espaço de tempo provocou o redirecionamento no Departamento.

A partir de 1955 os aviões foram deixados de lado e as missões policiais, principalmente as de natureza preventivas, começaram a ser executadas exclusivamente por helicópteros.

Com o desenvolvimento da indústria, logo a primeira geração de helicópteros movidos a turbina (motor a reação), foi introduzida no serviço policial.

Esta inovação não só ampliou a capacidade, mas aumentou a eficiência e segurança da aeronave.

Estes eventos simultâneos, juntamente com a evolução de rádios, equipamento de navegação e computadores, geraram um crescimento fenomenal no uso de helicópteros nas atividades policiais.


Hoje, mais de 250 unidades policiais, em todo o mundo, operam mais de 2000 helicópteros a serviço da comunidade.

Deste total cerca de 60% são helicópteros fabricados pela BELL ,e a lista de realizações por policiais em helicópteros continua crescendo.

Alguns dos créditos podem ser dados aos avanços tecnológicos feitos no equipamento durante os últimos anos.

Porém, a maioria deve ser dada à capacidade das pessoas que operam o equipamento.

Isto resultou em uma lista longa de usos do helicóptero em missões de polícia, que vão desde as atividades de patrulhas a transportes de órgãos para transplantes.

No Brasil, a história da aviação policial, inicialmente com a operação de aviões, começou no Estado de São Paulo, em 1913 com a criação da sua escola de aviação.


A Força Pública de São Paulo, denominação histórica da PMESP, participou com suas aeronaves de algumas ações no combate aos movimentos revolucionários da época.

Há mais alguns registros de outras Organizações Policiais Militares que também foram pioneiras nesse campo, como a PMPR, com as heróicas e bravas atitudes do Cap. PM João Busse, o "az da aviação paranaense". Ele foi o primeiro paranaense a conquistar um "brevet" de piloto, segundo ROSA (1998).

Não fosse o fatídico acidente aéreo de 28 de maio de 1921, que vitimou o nosso aviador herói, certamente a aviação policial no Paraná teria avançado muito,tornado uma referência.

O Emprego de helicópteros no Brasil já é muito grande em ações e operações de polícia ostensiva. Várias Polícias Militares dispõem de Grupamentos Aéreos, operando helicópteros em missões policiais.

Todas as organizações têm autonomia total sobre o emprego e operação de suas aeronaves.

Algumas, apesar de restrições mais severas estabelecidas pela Aeronáutica.

Hoje o helicóptero policial está presente em 20 PM brasileiras, com autonomia integral sobre a sua aplicação e emprego, cuja frota policial já ultrapassa a 60 unidades.

A última PM a incorporar o helicóptero às suas atividades foi a PMRO, com a aquisição de um ROBINSON R44.

http://www.luiscardoso.com.br/wp-content/uploads/2010/09/Helic%C3%B3ptero-do-GTA-prefixo-PP-MZR1.jpg

O uso de aeronave de asas rotativas (helicóptero) continua em expansão em todo o mundo.



A Força Pública de São Paulo, denominação histórica da PMESP, participou com suas aeronaves de algumas ações no combate aos movimentos revolucionários da época.

Há mais alguns registros de outras Organizações Policiais Militares que também foram pioneiras nesse campo, como a PMPR, com as heróicas e bravas atitudes do Cap. PM João Busse, o "az da aviação paranaense". Ele foi o primeiro paranaense a conquistar um "brevet" de piloto, segundo ROSA (1998).

Não fosse o fatídico acidente aéreo de 28 de maio de 1921, que vitimou o nosso aviador herói, certamente a aviação policial no Paraná teria avançado muito,tornado uma referência.

O Emprego de helicópteros no Brasil já é muito grande em ações e operações de polícia ostensiva. Várias Polícias Militares dispõem de Grupamentos Aéreos, operando helicópteros em missões policiais.

Todas as organizações têm autonomia total sobre o emprego e operação de suas aeronaves.


Algumas, apesar de restrições mais severas estabelecidas pela Aeronáutica.

O helicóptero policial deixou de ser considerado um mero fator de "status" e de luxo, para se tornar imprescindível no aumento dos níveis de segurança da comunidade.

Com a habilidade para executar uma gama extensiva de missões prosperamente, o helicóptero se tornou um das ferramentas mais versáteis e efetivas para o aumento da eficácia e efetividade das ações e operações de polícia ostensiva, com grande destaque, também, para as operações aeromédicas, que estão aumentando a cada dia a chance de sobrevivência de acidentados.


Segundo pesquisa realizada em 1968, sobre o emprego do helicóptero em ações de polícia ostensiva, pela University Southern of Califórnia (Universidade do Sul da Califórnia), na localidade de Long Beach, Estado da Califórnia, EUA, com uma população de 387.600 habitantes e uma área de 47, 3 milhas quadradas, das quais 10,5 milhas quadradas ladeadas de praias e margens, foram constatados os seguintes resultados:

1) O helicóptero proporciona deslocamento rápido de policiais especializados, o que anualmente economiza uma infinidade de homens-hora;

2) Aplicado em observação, o helicóptero provou não haver possibilidade de um criminoso fugir após ter sido detectado;


3) Em operações de grande vulto, o helicóptero auxiliou os comandantes de campo, possibilitando-lhes uma melhor observação com grande mobilidade, dando maior eficiência à operação em desenvolvimento;



4) Helicópteros equipados com flutuadores e material inflável (botes e coletes) foram utilizados no patrulhamento da orla marítima, salvando vidas e em inúmeras vezes rebocando pequenas embarcações em dificuldades;

5) Em áreas de grande incidência criminal, os helicópteros provaram ser um fator inibitório do crime;

6) Quando empregados em perseguição, briga entre grupos, atos de vandalismo, roubos e outras atividades criminosas, a observação aérea auxiliou substancialmente as unidades terrestres envolvidas;

7) Em agosto de 1965, maciças e desastrosas perturbações da ordem na área de Watts, ao sul de Los Angeles, exigiram um grande esforço policial. Helicópteros foram empregados e suas tripulações demonstraram que o equipamento podia ainda ser utilizado em patrulhamento noturno e sob condições extremas nunca antes consideradas exeqüíveis;

8) Ao mesmo tempo, os helicópteros provaram que a ligação terra-ar é de vital importância no combate à criminalidade, desde que aplicados em áreas definidas;

9) O patrulhamento aéreo demonstrou também que a visão policial sobre os criminosos melhorou sobremaneira e, da mesma forma, os infratores passaram a visualizar mais facilmente a polícia, sendo este um dos fatores mais desencorajadores do crime, ou seja, ver um policial por perto.

Estes dois fatores, aliados ao fato de que os helicópteros não atendiam chamados de rotina, aumentaram sua eficiência, reduzindo o crime mesmo sem a atuação conjunta com as unidades de solo;

10) O projeto de policiamento com helicópteros ficou conhecido como "cavaleiro celestial", e demonstrou a todas as outras forças policiais dos EUA e do mundo, que tanto de dia, como durante a noite, as operações aéreas, com emprego de helicópteros, apresentavam eficiência, podendo chegar quase que instantaneamente ao local da emergência e, através da observação aérea, prestar apoio imprescindível às unidades terrestres;

11) Somente o emprego de helicópteros não é suficiente, pois é necessária uma integração perfeita entre ar-terra, face um completar o outro;

12) Os relatórios do projeto "cavaleiro celestial" davam ênfase ao fato de que no local onde o policiamento contava com o apoio da unidade aérea o crime havia reduzido, ao passo que nos outros locais não atendidos ocorria o contrário, com aumento significativo dos índices criminais;

13) Há uma correlação direta entre a hora da resposta - a velocidade com que a polícia chega ao local do crime - e a apreensão. Helicópteros colocam os policiais na cena do crime mais rápido do que qualquer outro meio conhecido, dando grande margem à possibilidade de êxito da ação da polícia;

14) O crime de fato foi reduzido na cidade de Long Beach, com a introdução do policiamento aéreo, com o emprego de helicópteros;

15) O patrulhamento regular e constante com helicópteros em uma determinada área geográfica afeta significativamente a incidência de crimes, com redução sensível nos índices de roubo, arrombamento e furtos de automóvel.

De acordo com os resultados daquela pesquisa, portanto, já em 1968 havia ficado patente que o patrulhamento aéreo regular e constante com helicópteros fornece ao policial uma nova arma dinâmica para a execução de sua difícil tarefa, além de auxiliar na justa punição do crime.

Resultam dessa ação inúmeros benefícios naturais, incluindo a reação favorável da população.

A equipe responsável pela pesquisa apontou como advertência que a simples aquisição da aeronave não é suficiente para que os resultados sejam atingidos, pois a nova tecnologia sem um plano de ação e dedicação plena não significa nada.

Avaliações realizadas pela NASA, através do Laboratório de Propulsão a Jato, nos anos 70, sobre o emprego de helicópteros no Departamento de Polícia de Los Angeles, conforme aponta LIMA (1997, p. 123), levando-se em consideração a visão policial e da população, os resultados apontaram que:

· Helicópteros foram considerados efetivos e úteis como veículos de patrulha;

· O apoio popular a tal tipo de equipamento foi total;

· Tendo escolha, policiais no solo preferiam helicópteros para apoiá-los a ter a mesma quantidade de fundos gasta em mais carros de patrulha. Eles eram favoráveis à segurança dada pelo apoio aéreo.

Prosseguindo LIMA relata que tal estudo também concluiu que o índice de criminalidade decresce não só com o aumento de policiais nas ruas, mas também com o aumento tecnológico posto à disposição dos policiais.

O uso de helicópteros em patrulhamento preventivo reduz o índice de ocorrências em aproximadamente 20% do total, sendo tal redução mais pronunciada quando se levam em consideração os crimes contra o patrimônio, incluindo-se aí casos de extorsão mediante seqüestro.

Ainda, segundo o mesmo autor, as unidades que empregam helicópteros nas ações de polícia ostensiva, relatam que durante os 10% do tempo gasto em patrulhamento de rotina, elas têm recuperado propriedades roubadas e furtadas avaliadas em mais de dez vezes o custo total anual da unidade, sem considerar o salvamento de vidas em operações de socorrimento público.

Quando esta informação foi levada ao público, em pesquisa independente, revelou que as unidades de radiopatrulhamento aéreo receberam aprovação de 89% do público e 94% dos empresários da região.

Em 1981, o emprego de helicópteros no Departamento de Polícia de Columbus, capital do Estado de Ohio, EUA, sofreu avaliação feita pela Câmara da cidade. As atividades avaliadas compreenderam o período entre 1972 e 1980. Dentre outros resultados concluíram que:

· Custa seis vezes mais operar o número de carros de patrulha que fariam o mesmo trabalho de um helicóptero;

· Um policial no ar tem um campo de visão de cerca de 700 pés (cerca de 2100 m) e pode ver um objeto 15 vezes mais longe que um observador a pé;

· Um só helicóptero pode aumentar a cobertura da patrulha até aquela que necessitaria de 35 carros para ser feita sem o uso da aeronave;

· O helicóptero pode responder a um chamado de emergência dentro de 2 minutos, enquanto a média do carro de patrulha é de 5 a 6 minutos.

Em 1970 as autoridades da República Federal da Alemanha, preocupados com o elevado índice de acidentes de trânsito com vítimas, após constatarem que 20% dos casos fatais ocorriam no intervalo de tempo entre o acidente e a chegada da vítima ao hospital ou pronto socorro, e ainda que 2/3 ocorriam 25 minutos após o fato, concluíram que só o helicóptero constituiria meio de salvamento adequado, rápido e eficaz, para reverter o quadro.

Já em 1970, contavam com o primeiro helicóptero aeromédico e em 1980 o número já havia sido ampliado para 16 unidades, em função dos resultados anteriores.

Atualmente, em função da unificação ocorrida entre as Alemanhas, as bases operacionais, em todo o país, subiram para 26. Comprovou-se, durante o acompanhamento das operações de resgate, que pelo menos 15% de todas as vítimas socorridas teriam perdido a vida sem o emprego do helicóptero na ação de salvamento.

Concluíram que se somente uma vida for salva pela aeronave, ao ano, já está plenamente justificado o investimento realizado pelo Estado.

No Brasil, quando a PMESP, em 1983 começou a aplicar helicópteros em ações de polícia ostensiva, logo os resultados já foram sentidos. De acordo com relatório emitido pelo comandante do CPA/4, Cel. PM Torquato Tasso Neto, em 1983, em sua área de responsabilidade o helicóptero atingiu os seguintes resultados:

1) Perfeito entrosamento com o patrulhamento motorizado da Polícia Militar e Polícia Civil, através do COPOM e CEPOL;

2) Ação psicológica - a presença do helicóptero em permanente patrulhamento observa e é observado como presença constante da polícia, afastando os oportunistas à procura de condições para práticas delituosas;

3) Ação efetiva nas seguintes situações:

· Redução a zero de saques a casas comerciais;

· Redução do número de assaltos;

· Localização de carros furtados e roubados;

· Atendimento de alarme em bancos;

· Locais de ocorrências graves;

· Prisão de marginais;

· Indicação de locais para facilitação de policiamento motorizado.

Nos anos de 1983 e 1984, devido ao momento político, social e econômico pelo qual o país atravessava, na cidade de São Paulo, assim como em outros grandes centros urbanos, estavam ocorrendo muitas ações de "saques", várias manifestações sociais, juntamente com o aumento da criminalidade, que ameaçava a ordem pública.

Aquelas ações afetavam a imagem do Brasil no exterior, principalmente porque o país passava por um período de negociação da sua dívida.

Em função daquela conjuntura a PMESP passou a contar com o apoio de helicópteros em suas ações e operações de polícia ostensiva.

A nova arma da polícia possibilitava dar uma resposta rápida aos chamados para apoio às viaturas de terra.

As ocorrências de "saques" e "quebra-quebra" praticamente foram reduzidas a zero, o número de assaltos a bancos baixaram e delitos como roubo a cobradores de ônibus caíram para números aceitáveis.

A participação do helicóptero em apoio a viaturas durante as ocorrências contribuía para a segurança dos policiais, em alguns casos na detenção de marginais, o que eleva o moral da tropa.



Partindo-se destes resultados, pode-se afirmar que em áreas de grande incidência criminal, o helicóptero prova ser capaz de influenciar a redução de índices criminais.

Essa redução é traduzida para a comunidade em termos de segurança e tranqüilidade, anseios de todo mundo.

O patrulhamento aéreo demonstrou que a ligação terra - ar é de vital importância no combate à criminalidade e ainda que a visão policial melhorou sobremaneira sendo a recíproca verdadeira. Os infratores passaram a visualizar mais facilmente a polícia, fator esse inibidor do crime, ou seja, ver um policial por perto.

Conforme conclusão apontada por LIMA (1997, p. 140), são tarefas que podem ser realizadas por um helicóptero em vôo:

1) Identificação, logo no início, pelos focos de fumaça, de pontos de incêndios e informação aos bombeiros, orientando-lhes sobre o melhor trajeto a ser feito;

2) Localização de acidentes, pontos de congestionamentos de trânsito, prováveis causas e acionamento dos meios necessários (viaturas, guinchos, motocicletas, etc.);

3) Identificação e informação aos respectivos órgãos interessados, de casos de invasão, áreas de cultivo de plantas tóxicas, criação clandestina de animais, ocupação de áreas de risco, etc.;

4) Levantamento de queimadas, desmatamentos e áreas de degradação ambiental;

5) Localização de desmanches de veículos, produtos de roubo e furto abandonados em locais de difícil acesso e visualização por terra;

6) Atuação em missões de defesa civil, nos casos de emergência e calamidades públicas, como resgate de vítimas flageladas, prestando-lhes socorro e, quando necessário, removendo-as para atendimento hospitalar de urgência e transporte de alimentos, equipes médicas, medicamentos, sangue para cirurgia, órgãos para transplantes, etc.;

7) Busca e salvamento de pessoas perdidas em matas ou locais de difícil acesso, com lançamento de alimentos e medicamentos, se o local não permitir pouso, ou ainda, remoção das vítimas com cabos ou equipamentos de içamento (guincho);

8) Repressão imediata aos crimes contra o patrimônio, permitindo uma rápida busca nas imediações do local onde se deu o evento criminoso, auxiliando as viaturas e o trabalho dos policiais no solo, orientando sua distribuição no terreno;

9) Auxílio no planejamento, controle e repressão a ocorrências de fuga de presos, propiciando uma rápida e abrangente avaliação do local, de forma a auxiliar a operação e acompanhar o seu desencadeamento;

10) Repressão a ocorrência com reféns - o helicóptero permite maior supremacia à polícia, atuando de forma a manter pleno domínio externo sobre a ocorrência, gerando efeito psicológico, desestimulando qualquer plano de fuga por parte dos criminosos;

11) Aumento da segurança do policial em terra, protegendo-o de emboscadas ou acidentes que possam estar além de seu alcance visual.

Tal capacidade potencializa-se ainda mais à noite, quando as patrulhas aéreas contam com visor de infravermelho, permitindo a visualização de uma área sem iluminação pela recepção das ondas de calor dos objetos/pessoas ali localizados;

12) Deslocamento rápido de equipes médicas, técnicos ou equipamentos, quando for preciso, a locais de acidentes ou catástrofes naturais;

13) Auxílio, de forma imprescindível, no controle de multidões, seja durante a realização de eventos desportivos ou culturais, seja durante greves, carreatas ou manifestações.

Nesses casos, a completa visualização da massa humana pela plataforma que o helicóptero oferece, permite a otimização dos recursos disponíveis para a segurança.

A realização de filmagens e fotos também auxiliam no planejamento;

14) No patrulhamento preventivo, transmitindo uma sensação de segurança - é a polícia ali presente, equipada com tecnologia, para servir e proteger o cidadão.

A propósito, é oportuno transcrever matéria publicada no BOLETIM INFORMATIVO DA HELIBRÁS, DE ABRIL DE 2001 (2001, p. 2), fabricante nacional de helicópteros, que também

Na busca pela modernização, as polícias militares, civis e corpos de bombeiros encontraram nas aeronaves de asas rotativas um valioso instrumento para o salvamento de vidas, o combate ao crime e a proteção ao meio ambiente.

http://rio24horas.files.wordpress.com/2009/04/helicoptero-aguia-da-policia-militar-sobrevoa-o-morro-do-urubu.jpg?w=300&h=182


Atualmente, a Helibrás é líder no mercado parapúblico brasileiro, com 74% de participação.

Além das polícias militares de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, que foram as pioneiras na utilização do helicóptero, órgãos de defesa e segurança pública do Distrito Federal e dos Estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina também operam com aeronaves da linha Helibrás/Eurocopter.


http://images.ig.com.br/publicador/ultimosegundo/13/13/13/1182874.helicoptero_policia_civil_brasil_209_278.jpg

Hoje, a frota parapública da Helibrás em operação é de cerca de 50 Esquilos, totalizando mais de 100 mil horas de vôo.

Com o helicóptero, as organizações parapúblicas podem realizar missões de patrulhamento da costa litorânea, resgate de vítimas de acidentes urbanos e rodoviários, transporte inter-hospitalar, combate a incêndios urbanos e florestais, policiamento ostensivo e de choque, apoio às operações de busca e resgate, fiscalização ambiental, defesa civil, entre outras possibilidades.

A aeronave tem ainda a grande vantagem de chegar muito rapidamente ao local de emergência e, através de observação aérea, prestar imprescindível apoio às unidades terrestres.

De acordo com o Coronel Severo Augusto da Silva Neto, Chefe do Estado Maior da Polícia Militar de Minas Gerais, o uso de aeronaves vem sendo feito nas polícias mais modernas do mundo e tem contribuído para minimizar riscos e reduzir os índices de violência e criminalidade. Para ele, a polícia precisa e necessita voar.

"A experiência que vivenciamos ao gerenciar o emprego de helicópteros em mais de 20 mil horas em missões policiais nos permitiu comprovar a sua vocação para ser e fazer polícia", afirma o Coronel Severo.

Os profissionais de polícia também encontram no helicóptero uma forma de potencializar o aparato de segurança pública para fazer frente à marginalidade.

De acordo com o Coronel Otacílio Soares de Lima, Comandante do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar de São Paulo, estudos demonstram que o apoio de uma aeronave numa missão policial aumenta em seis vezes as chances normais de se prender um criminoso.

Em missão preventiva, nas áreas urbanas, a aeronave produz um efeito equivalente ao de 15 carros patrulha e é capaz de dar cobertura para 35 veículos.

Além de colocar rapidamente os policiais na cena do crime, os helicópteros são excepcionais plataformas de observação.

Uma pessoa colocada a 700 pés (2100 metros) tem o seu campo de visão aumentado em 15 vezes. "Indiscutivelmente, nenhum outro veículo potencializa tanto a atividade policial como os helicópteros", avalia o Coronel Otacílio.

Conforme se verifica, realmente o helicóptero pode ser considerado um "burro-de-carga".

A sua aplicação na atividade de polícia ostensiva é muito grande e bastante proveitosa.

Ele tanto poder ser aplicado em missões típicas de polícia, como em atividades de defesa civil ou de bombeiro militar.

A PMPR nos últimos tempos colocou à disposição de seus quadros, buscando o aumento da qualidade de seus serviços, vários recursos técnicos, que estão garantindo mais eficácia e efetividade às ações e operações policiais e agora finalmente chegou a hora e vez do helicóptero mostrar tudo de bom que tem sido feito.

O combate à criminalidade deve ser auxiliado constantemente pela tecnologia. Nesse contexto, o helicóptero não é mais um meio caro, que exige muito investimento e que dá "status" à organização, mas sim um inegável instrumento de valor operacional significativo, ainda desconhecido em termos de potencial efetivo.

Segundo o Ten. Michael T. Casey, do Departamento de Polícia de Phoenix, Arizona, EUA, citado por LIMA .

É incompreensível imaginar uma grande e moderna estrutura de policiamento/defesa da lei não empregando helicóptero em missões de patrulhamento e missões de segurança pública.

Em Phoenix, milhões de crimes permaneceriam sem soluções e muitas vidas teriam sido perdidas se não fossem os helicópteros.

Nenhum outro recurso, a despeito do pequeno número de policiais envolvidos, tem tamanho impacto na redução do crime como o uso de helicópteros.

Mais que isso, helicópteros reduzem o tempo de resposta, dão grande visibilidade sobre extensas áreas e representam uma real e perceptível presença policial.

O helicóptero, operado com exclusividade pela organização policial, de acordo com procedimentos bem definidos, é acionado rapidamente e tem condições de responder a chamados, com eficácia e efetividade, num tempo de 2 a 5 minutos, a partir do momento em que estiver no ar. Ele agrega valores tecnológicos ao policiamento que nenhum outro meio de transporte pode proporcionar. Ele pode ser aplicado em inúmeras missões e atividades, além de proporcionar um incremento muito importante na melhoria da imagem institucional, tornando-se um excelente meio de marketing.

Apesar das inúmeras ações e operações que podem ser realizadas por um helicóptero policial, além da sua comprovada eficácia e efetividade na redução de índices criminais, ainda assim ele é muito caro.

Não é um serviço policial que consome grandes contingentes humanos, mas, por um outro lado, o nível de especialização exigido é muito alto. Este fator, aliado ao custo do investimento inicial na aquisição de helicópteros, em muitas situações torna inviável a sua implantação e emprego.

Contudo, conforme apontam as principais pesquisas, apesar dos custos envolvidos, o benefício do seu emprego é inquestionável.

Os custos elevados acabam sendo suplantados pelos resultados. Alia-se a tudo isso a conclusão a que chegou a Câmara da cidade de Columbus, que avaliaram que o helicóptero custa seis vezes menos que o mesmo número de carros-patrulha que fariam o mesmo trabalho.

Além da imaginável capacidade de observação e de mobilidade que o helicóptero proporciona ao policial, ainda concluíram que ele corresponde à cerca de 35 carros-patrulha, diminuindo a necessidade de investimento nesse segmento de transporte.

Apesar dos custos para a operação de helicópteros ser muito alto, comparativamente com outros processos, é sempre bom citar as brilhantes lições do Ten. Casey, do Departamento de Polícia de Phoenix, Arizona, EUA, citado por LIMA : é incompreensível imaginar uma grande e moderna estrutura de policiamento/fiscalização da lei não empregando helicóptero em missões de patrulhamento e missões de segurança pública.

"É impossível imaginar uma Instituição Policial Militar como a PMPR não empregando helicópteros em suas atividades e missões de polícia ostensiva."


Fonte : Agência O Globo/Piloto Policial/BELLTEXTRON. EnciclopédiaLIMA, Octacílio Soares. Implantação de um sistema de policiamento aéreo preventivo. São Paulo: CAES - PMESP, 1994.ROSA, João Alves da. História da PMPR - campanha do contestado - v. II. Curitiba: AVM, 1998.VITÓRIA, Gérson. A utilização do helicóptero no policiamento. São Paulo: CAES - PMESP, 1985./Morais&Vinna/capnight.vilabo

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