ANAC vai investigar distância entre assentos de aviões
No entanto, segundo a Folha apurou, as informações repassadas surpreenderam os técnicos da agência.
O motivo da surpresa: as distâncias informadas credenciariam as empresas aéreas a receber o selo "A", nota máxima, caso já estivesse em vigor a classificação anunciada pelo governo, em março deste ano.
A classificação da distância entre as poltronas dos aviões terá o seguinte padrão: A (mais de 73 cm) até E (menos de 67 cm).
De acordo com levantamento feito pela Folha com as empresas Gol, Avianca e Azul, o espaço entre um assento e outro varia de 86,3 cm a 76,2 cm. Ou seja, elas receberiam a classificação "A".
Também procuradas pela reportagem, as companhias TAM e a Webjet não informaram a distância entre os assentos em suas aeronaves.
À reportagem, a Gol informou que a distância entre um assento e outro depende da aeronave e pode variar entre 76,2 cm e 81,2 cm.
"A classe Comfort de serviços diferenciados, disponível nos voos da Varig para o exterior, oferece mais espaço entre poltronas", afirmou a empresa, em nota.
A Avianca declarou que seus passageiros contam com uma distância de 81,2 cm em seus voos. Na novata Azul, o espaço médio entre as poltronas de seus aviões é de 78,1 cm, mas parte delas fica a 86,3 cm (o maior espaço).
Apesar dos resultados informados pelas empresas, a percepção dos passageiros brasileiros é que o espaço entre as poltronas incomoda. Uma medição feita em 2009 pela ANAC indicou que as principais companhias operavam aviões com distâncias entre 55,7 e 78 cm.
Até março do próximo ano, todas as companhias aéreas brasileiras que têm voos regulares com aviões acima de 20 assentos terão de usar obrigatoriamente a etiqueta de classificação.
Ela vai indicar para os passageiros o espaço na classe econômica em voos domésticos ou internacionais. Se for usada de forma incorreta, a empresa poderá receber advertência e ser autuada, se não corrigir o erro.
A distância entre os assentos foi inicialmente questionada, em 2007, pelo ministro Nelson Jobim (Defesa).
Com 1,90 m de altura, Jobim afirmou na época que tinha "dificuldades para sentar nos voos de qualquer empresa" e pediu regulamentação do assunto ao CONAC (Conselho de Aviação Civil).
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