A Carta a seguir foi escrita por um passageiro no dia 13/08/2010 após transtornos causados pela falta de consideração da Empresa Aérea Gol para com seus clientes
A história de que o caos aéreo da Gol acabou é mentira. Mentira da grossa.
Já no check-in, depois de muita insistência, a funcionária disse que ele sofreria um pequeno atraso:
“Não como aqueles que falaram essa semana.Na verdade nem atrasou tanto, mas repórter de TV adora exagerar” - disse ela.
Pois ele pousou em Montevidéu às 2h45m, e os passageiros só conseguiram chegar ao seu destino às 17h30m - um atraso de cerca de 15 horas - tempo suficiente para se voar do Rio aos Estados Unidos. Ida e volta.
* * *
Passageiros que telefonaram para familiares que o esperavam na capital argentina, garantiam que os vôo chegavam normalmente.
Mas vamos aos fatos.
E é melhor o conforto e a segurança dos passageiros, do que participar de uma façanha do comandante. Mas o que houve com o vôo 7654?
Ele simplesmente não foi até Buenos Aires.
Mas o comandante não chegou nem a ir à capital argentina, tanto que desceu no Uruguai, cinco minutos antes do previsto.
Antes que as portas fossem abertas, ele avisou que toda a tripulação seria trocada, já que ele havia passado de seu horário.
Portanto, o melhor seria voltar para o Brasil.
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Ninguém viaja sem motivo. Tanto faz a serviço, a passeio ou por questões de família, todas as pessoas tem uma agenda a cumprir.
A única coisa que une todos, é a percepção de que a empresa trata eles como se fossem palhaços.
Todos pagaram uma passagem para Buenos Aires e a Gol decidiu abandoná-los em Montevidéu.
Ou então de Buquebus, um misto de ônibus e mais três horas de barco, que liga as duas capitais duas vezes ao dia.
Cem passageiros, contudo, decidiram resistir.
Funcionários da Gol ameaçavam com prisão, os que estavam filmando suas ordens.
Com o impasse, o comandante deu nova ordem. Não existiam mais duas opções. A nova ordem era o abandono imediato do avião, mesmo com a companhia não se responsabilizando pelo destino de seus passageiros.
Os policiais ao verem crianças chorando e mães desesperadas, ficaram verdadeiramente constrangidos.
E não cumpriram a ordem. Até que o comandante abandonou o avião.
Mas a Gol, que odeia seus passageiros, tinham uma solução: todos embarcariam às 16h30m - isso mesmo – as quatro e meia da tarde. E para que pudessem descansar, ela providenciou um hotel.
Depois de gritos, discussões, ameaças e o diabo a quatro, encontraram uma espelunca a 5 quilômetros do aeroporto.
* * *
Se a Anac e o Ministério da Defesa fossem órgãos sérios, eles cassavam o direito da Gol de voar para o exterior.
Ela envergonha o país.
Ela maltrata os seus passageiros.
Ela é cara de seu proprietário.
Por tudo isso, vez por outra ele se mete em encrenca.
Mas pelo o que ele faz com àqueles que compram passagens em sua empresa, ele deveria estar preso.
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