16/08/2010

Gol falta com respeito aos clientes

Gol odeia seus passageiros!!!

A Carta a seguir foi escrita por um passageiro no dia 13/08/2010 após transtornos causados pela falta de consideração da Empresa Aérea Gol para com seus clientes

A história de que o caos aéreo da Gol acabou é mentira. Mentira da grossa.

A bagunça na empresa continua e a proposta é fazer os passageiros de trouxas.

Ontem, o vôo 7654, do Galeão para Buenos Aires, estava marcado para sair às 22h30m.

Já no check-in, depois de muita insistência, a funcionária disse que ele sofreria um pequeno atraso:

“Não como aqueles que falaram essa semana.Na verdade nem atrasou tanto, mas repórter de TV adora exagerar” - disse ela.

O avião decolou com uma hora de atraso, e o vôo que chegaria às 2 da madrugada a Buenos Aires, passou a ter nova previsão de chegada: 2h50m.

Pois ele pousou em Montevidéu às 2h45m, e os passageiros só conseguiram chegar ao seu destino às 17h30m - um atraso de cerca de 15 horas - tempo suficiente para se voar do Rio aos Estados Unidos. Ida e volta.

* * *

Segundo o comandante, o avião pousou em Montevidéu, pois o aeroporto de Buenos Aires estava fechado.
Tudo mentira.


Passageiros que telefonaram para familiares que o esperavam na capital argentina, garantiam que os vôo chegavam normalmente.

Mas vamos aos fatos.

Que problemas meteorológicos as vezes impedem pousos ou decolagens é conhecido.

E é melhor o conforto e a segurança dos passageiros, do que participar de uma façanha do comandante. Mas o que houve com o vôo 7654?

Ele simplesmente não foi até Buenos Aires.

Seria normal que ele sobrevoasse a capital argentina por alguns minutos, esperando a abertura do aeroporto, e depois de 30/40 minutos seguisse para Montevidéu ou outro aeroporto próximo.

Mas o comandante não chegou nem a ir à capital argentina, tanto que desceu no Uruguai, cinco minutos antes do previsto.

Antes que as portas fossem abertas, ele avisou que toda a tripulação seria trocada, já que ele havia passado de seu horário.

Mas como passou do horário se a viagem iniciou no Rio e ele, em tese, havia voado pouco mais de três horas?
O fato é que Ezeiza não estava fechado, e em Montevidéu havia uma tripulação pronta para substituí-lo.

Só que a tripulação tinha um saldo de apenas duas horas e, portanto, não poderia seguir para Buenos Aires e depois prosseguir para São Paulo.

Portanto, o melhor seria voltar para o Brasil.

E foi essa a ordem absurda: “quem quiser, desça aqui e procure outro caminho para chegar a Buenos Aires - por sua conta e risco”.

* * *
Ninguém viaja sem motivo. Tanto faz a serviço, a passeio ou por questões de família, todas as pessoas tem uma agenda a cumprir.

E num avião com 163 passageiros aparece de tudo: idosos e crianças de colo, os calmos e os desesperados, os com dinheiro no bolso para prosseguir e aqueles que não tem um único tostão.

A única coisa que une todos, é a percepção de que a empresa trata eles como se fossem palhaços.

Todos pagaram uma passagem para Buenos Aires e a Gol decidiu abandoná-los em Montevidéu.


Com o aviso de que o avião voltaria para São Paulo, cerca de 60 passageiros aceitaram descer, comprando nova passagem de avião com preços que variam de US$ 175 a 350 – fora a taxa de embarque no valor de U$ 36.

Ou então de Buquebus, um misto de ônibus e mais três horas de barco, que liga as duas capitais duas vezes ao dia.

Cem passageiros, contudo, decidiram resistir.

Funcionários da Gol ameaçavam com prisão, os que estavam filmando suas ordens.

Ezeiza funcionava normalmente, menos para o Boeing 737/800 pintado com as cores da saudosa Varig. Pobre Varig, tão elegante… terminou no Irajá.

Com o impasse, o comandante deu nova ordem. Não existiam mais duas opções. A nova ordem era o abandono imediato do avião, mesmo com a companhia não se responsabilizando pelo destino de seus passageiros.

Policiais da Força Aérea Uruguaia foram chamados para usarem a força, se necessário, para que todos desocupassem o aparelho.

Os policiais ao verem crianças chorando e mães desesperadas, ficaram verdadeiramente constrangidos.

E não cumpriram a ordem. Até que o comandante abandonou o avião.

A Gol tem uma tática: ela vence pelo cansaço.

Dos 100 que resistia, sobraram 54. Eles poderiam ser embarcados nos vôos das Aerolineas Argentina e da Pluna que partiam de Montevidéu.

Mas a Gol, que odeia seus passageiros, tinham uma solução: todos embarcariam às 16h30m - isso mesmo – as quatro e meia da tarde. E para que pudessem descansar, ela providenciou um hotel.

Sabem onde ficava o hotel?

Em uma cidade chamada Pirenópolis, próximo a Punta del Este, distante 120 km do aeroporto.
Ou seja: os passageiros chegariam lá por volta das 11h30m e às 13h teriam de voltar para o embarque.
Café da manhã? Nem pensar: “Ele será servido no hotel”.

Depois de gritos, discussões, ameaças e o diabo a quatro, encontraram uma espelunca a 5 quilômetros do aeroporto.
* * *

A Gol é sem a menor sombra de dúvida uma empresa de bandidos. Literalmente.

Se a Anac e o Ministério da Defesa fossem órgãos sérios, eles cassavam o direito da Gol de voar para o exterior.

Ela envergonha o país.

Ela maltrata os seus passageiros.

Ela é cara de seu proprietário.

Por tudo isso, vez por outra ele se mete em encrenca.

Mas pelo o que ele faz com àqueles que compram passagens em sua empresa, ele deveria estar preso.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por participar e enviar seu comentário

Voar News Agradece pela sua participação