“Não quero mais voar neste país”
"Cuspindo no prato que comeu ..."
Há dois anos, ele desistiu. Depois de 21 anos trabalhando como piloto em companhias aéreas brasileiras (primeiro Vasp, depois Varig e Gol), Norton Kripka (foto) parou de tentar conciliar trabalho e qualidade de vida no Brasil. Como não cogitava abandonar a profissão com a qual sempre sonhou, mudou-se para o Canadá para ser piloto dos mesmos aviões que comandava nos céus brasileiros.
Desde que seu visto de trabalho canadense foi expedido, Kripka pilota Boeings 737-800 na Sunwing Airlines, que opera voos charter.
Diariamente, o porto-alegrense conduz turistas das terras geladas do Canadá para locais mais ensolarados como Flórida e Caribe.
O salário, segundo Kripka, é equivalente ao que recebia no Brasil.
– Não deixei o meu país por dinheiro. Deixei por uma vida melhor, que nunca teria na aviação brasileira – diz.
A ameaça de greve dos funcionários da Gol e a recente polêmica sobre as condições de trabalho das tripulações fizeram Norton lembrar os motivos pelos quais foi embora:
– Imagine voar com várias escalas e chegar ao fim de sua jornada de 11 horas tendo que sobrevoar Guarulhos para esperar vaga para o pouso, porque o aeroporto mais movimentado do país não tem pistas suficientes.
Além das questões trabalhistas, os pilotos, conta, precisam lidar com outros impasses do sistema aéreo.
– Muitas vezes, presenciei colegas discutindo com controladores de voo no ar, por eles não estarem auxiliando a equipe.
- Nossa estrutura aeronáutica é muito deficiente e contribui para o estresse das tripulações – destaca.
Por ter conseguido qualidade de vida e de trabalho no Exterior, o piloto só volta ao Estado para rever a família.
– Não pretendo voltar para o Brasil para trabalhar – garante.
Fonte: Patrícia Lima (Zero Hora)-Via :desastresaereosnews
Achei um tanto "tendencioso" o titulo da matéria "PILOTO COSPE NO PRATO QUE COMEU".
ResponderExcluirNada mais justo que se busque melhores qualidades de vida. Não notei em nenhum paragrafo acima o Cmt.NORTON KRIPKA falar mal das empresas que trabalhou. Cita o sistema aéreo que todos sabemos estar caótico. Falar a verdade no Brasil soa como hipocrisia. O que dizer então de todos os pilotos das falidas VARIG, VASP, TRANSBRASIL que foram voar no exterior, também "cuspiram no prato que comeram"?
É isso aí NORTON. Quem sabe de ti é tu mesmo. Go ahead and good luck
João L. ABBUD
OBRIGADO PELO COMENTÁRIO
ResponderExcluirA FRASE É SOMENTE UMA ALUSÃO À FRASE :"Não pretendo voltar para o Brasil para trabalhar".
TODOS SABEMOS O QUANTO ESTÁ ATUALMENTE DIFÍCIL A VIDA DOS TRIPULANTES; EXCESSO DE CARGA HORÁRIA ,BAIXOS SALÁRIOS E SEGURANÇA DE VOO NO LIMITE,POIS BEM ,CREIO QUE NA ÉPOCA DA FAMOSA VARIG ,E VASP O AMIGO NÃO TINHA REALMENTE O QUE RECLAMAR ,POIS ERAM SALÁRIOS BEM SATISFATÓRIOS COMPATÍVEIS COM O GLAMOUR DA AVIAÇÃO À ÉPOCA ,PORÉM SE DEGRADOU COM O PASSAR DO TEMPO ,SEM OS REAIS REAJUSTES E INCLUINDO A FALÊNCIA DA VARIG QUE DEIXOU MUITOS AMIGOS CMTEs A VER NAVIOS COMPLETAMENTE FALIDOS E TENDO QUE SE SUJEITAR AS POLÍTICAS SALARIAIS DAS EMPRESAS RECEM CHEGADAS COMO A GOL E A TAM, QUE APESAR DE EXCELENTES COMPANHIAS ,NÃO MATÉM SEUS SALÁRIOS COMPATÍVEIS COM A FUNÇÃO,SEM DIZER A CARGA HORÁRIA,AI SIM REALMENTE DOU O MAIOR APOIO A PROCURAREM POR NOVOS HORIZONTES DENTRO DA PROFISSÃO E COM CERTEZA, LÁ FORA SE DA UM MAIOR VALOR A PALAVRA PROFISSIONAL DA AVIAÇÃO (PILOTO) E À SEGURANÇA DE VOO.
ATENCIOSAMENTE :VOAR NEWS
Que merda de titulo de matéria é essa?
ResponderExcluirInfeliz Titulo escrito pela Patricia Lima do Zero Hora.
Não precisamos de jornalistas sem nivel igual a senhora.
Meus pêsames pelo titulo.
Nota zero minha querida.
Conheço o Norton pessoalmente e apoio sua atitude. Precisamos seguir nossos sonhos e alcançar nossa felicidade seja em que lugar for. Todos nos sabemos que o Brasil é trite para quem trabalha de verdade e não suga os cofres do estado. Bons voos meu amigo.