Especialistas em aviação se reúnem para avaliar riscos de vulcões
Fechamento do espaço aéreo europeu em abril e maio custou US$ 1,7 bi.
Ainda não é possível certificar que o Eyjafjallajokull esteja dormente.
Especialistas dos setores de aviação e aeroespacial vão se reunir na Islândia em setembro para coordenar a resposta global a erupções vulcânicas futuras, disseram autoridades islandesas na quarta-feira.
A conferência se dará após a crise vivida pelo setor da aviação em abril e maio, quando o vulcão Eyjafjallajokull entrou em erupção na Islândia, expelindo imensas nuvens de cinzas pela Europa, levando à suspensão de voos e deixando milhares de passageiros sem poder voar, muitos deles por uma semana ou mais.
Especialistas dos principais governos, organizações internacionais, empresas aéreas e companhias do setor aeroespacial vão se reunir entre 15 e 16 de setembro na cidade de Keflavik.
"O encontro deve render alguma indicação clara dos rumos que a comunidade internacional vai seguir para garantir que sejam minimizados os efeitos de uma grande erupção vulcânica no futuro", disse à Reuters o presidente da Sociedade Vulcanológica Europeia, Henry Gaudry.
O fechamento da maior parte do espaço aéreo europeu custou às companhias aéreas mais de 1,7 bilhão de dólares em receita perdida.
Especialistas dizem que o caos poderia ser ainda maior se vários outros vulcões na Europa, América Latina, Ásia e extremo oriente russo que hoje estão dormentes ou levemente ativos entrassem em erupção.
A Academia de Aviação Keilir, da Islândia, que está organizando a conferência, disse que o encontro de setembro vai procurar determinar quem deve fazer o quê no caso de outra erupção vulcânica, de modo a minimizar os prejuízos para o setor da aviação.
As companhias aéreas e empresas de aeroportos se queixaram amargamente do fechamento do espaço aéreo europeu, medida que consideraram ter sido precipitada e que acharam que poderia ter sido evitada.
Especialistas em aviação disseram que a crise foi causada em parte pela falta de coordenação entre várias autoridades em sua resposta à erupção islandesa.
Muitos especialistas, incluindo Gaudry, disseram na época que as autoridades europeias tinham pouca escolha senão agir como agiram, para evitar potenciais desastres causados pelo entupimento dos motores de aviões pela poeira vulcânica, semelhante a vidro granulado fino.
Hoje o vulcão Eyjafjallajokull está calmo, mas apenas em setembro ou outubro será possível definir se está dormente outra vez.
Os temores iniciais de que sua erupção pudesse provocar uma erupção do vulcão vizinho e muito maior Katla acabaram mostrando ser infundados.
Fonte:Reuters-Via:G1.com/Foto:metanoverde
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