Segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, pelo menos dez aeroportos brasileiros operam no limite da sua capacidade máxima
Guarulhos recebe 65 pedidos de pousos e decolagens por hora, mas suporta apenas 53
O movimento dos aeroportos está acima da capacidade em oito das 12 cidades brasileiras que receberão partidas da Copa do Mundo de 2014: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Manaus, Natal, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.
O alerta está em um estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nesta segunda-feira (31).
Os casos mais graves são os de Manaus, São Paulo e Brasília. Na capital do Amazonas, o aeroporto da cidade recebe 17 pedidos de pousos e decolagens por hora, enquanto que a capacidade é de apenas nove.
O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, tem 34 pedidos por hora, mas a capacidade é para 24. Em Brasília, o aeroporto foi construído para 36 pousos e decolagens por hora, mas recebe 45 em média.
Segundo o coordenador de infraestrutura econômica do Ipea, Carlos Campos, esse é um dos principais desafios que o Brasil terá de resolver para a Copa do Mundo de 2014.
Ele afirmou que o caso de Manaus é tão grave que já chega a atrapalhar as atividades das indústrias localizadas na Zona Franca.
Ele lembrou que muitos componentes eletrônicos são importados e chegam à cidade de avião.
- Com a dificuldade nos aeroportos, muitas indústrias tiveram de reprogramar para baixo sua produção.
Na última quarta-feira (26), durante a abertura do 5º Salão do Turismo, o governador de São Paulo, Alberto Goldman, aproveitou a presença do ministro do Turismo, Luiz Barretto, e alertou para a situação dos aeroportos do Estado, que estão com “gargalos que estrangulam o turismo de São Paulo e do Brasil”.
- São 40 milhões de passageiros por ano nos três principais aeroportos de São Paulo [Guarulhos, Congonhas e Viracopos]. Temos um aumento no movimento de 10% ao ano, ou seja, são mais 4 milhões de pessoas todo ano. Precisamos de um novo aeroporto de Congonhas a cada ano para dar conta da demanda.
O Ipea informa no estudo que “situações preocupantes são aquelas em que o nível de utilização das instalações ultrapassa 80% de sua capacidade”. Em casos críticos, o instituto afirma que “o nível de utilização das instalações supera a capacidade instalada”, o que pode provocar uma “deterioração do nível de serviço” e, consequentemente, uma “colapso operacional”.
O levantamento não traz informações sobre os aeroportos de Cuiabá (MT), Salvador (BA), Fortaleza (CE) e Recife (PE).
O ex-diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Josef Barat, que atuou como consultor da pesquisa, ressaltou que a solução do problema passa necessariamente por investimentos nos aeroportos, sejam eles feitos pela Infraero - estatal responsável por aeroportos que correspondem a 97% do movimento de cargas e passageiros no Brasil - ou por meio da iniciativa privada.
Para viabilizar investimentos, Barat mencionou cinco sugestões: abertura do capital da Infraero, com captação de recursos no mercado financeiro; concessão à iniciativa privada por lotes de aeroportos rentáveis e não rentáveis, com obrigação de investimentos; concessão à iniciativa privada apenas dos aeroportos rentáveis; construção de novos terminais nos aeroportos saturados por meio de PPP (Parceria Público-Privada) ou concessão à iniciativa privada; e construção de novos aeroportos por PPP ou concessão.
Fontes: R7 / G1.com
Guarulhos recebe 65 pedidos de pousos e decolagens por hora, mas suporta apenas 53
O movimento dos aeroportos está acima da capacidade em oito das 12 cidades brasileiras que receberão partidas da Copa do Mundo de 2014: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Manaus, Natal, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.
O alerta está em um estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nesta segunda-feira (31).
Os casos mais graves são os de Manaus, São Paulo e Brasília. Na capital do Amazonas, o aeroporto da cidade recebe 17 pedidos de pousos e decolagens por hora, enquanto que a capacidade é de apenas nove.
O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, tem 34 pedidos por hora, mas a capacidade é para 24. Em Brasília, o aeroporto foi construído para 36 pousos e decolagens por hora, mas recebe 45 em média.
Segundo o coordenador de infraestrutura econômica do Ipea, Carlos Campos, esse é um dos principais desafios que o Brasil terá de resolver para a Copa do Mundo de 2014.
Ele afirmou que o caso de Manaus é tão grave que já chega a atrapalhar as atividades das indústrias localizadas na Zona Franca.
Ele lembrou que muitos componentes eletrônicos são importados e chegam à cidade de avião.
- Com a dificuldade nos aeroportos, muitas indústrias tiveram de reprogramar para baixo sua produção.
Na última quarta-feira (26), durante a abertura do 5º Salão do Turismo, o governador de São Paulo, Alberto Goldman, aproveitou a presença do ministro do Turismo, Luiz Barretto, e alertou para a situação dos aeroportos do Estado, que estão com “gargalos que estrangulam o turismo de São Paulo e do Brasil”.
- São 40 milhões de passageiros por ano nos três principais aeroportos de São Paulo [Guarulhos, Congonhas e Viracopos]. Temos um aumento no movimento de 10% ao ano, ou seja, são mais 4 milhões de pessoas todo ano. Precisamos de um novo aeroporto de Congonhas a cada ano para dar conta da demanda.
O Ipea informa no estudo que “situações preocupantes são aquelas em que o nível de utilização das instalações ultrapassa 80% de sua capacidade”. Em casos críticos, o instituto afirma que “o nível de utilização das instalações supera a capacidade instalada”, o que pode provocar uma “deterioração do nível de serviço” e, consequentemente, uma “colapso operacional”.
O levantamento não traz informações sobre os aeroportos de Cuiabá (MT), Salvador (BA), Fortaleza (CE) e Recife (PE).
Investimentos
O ex-diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Josef Barat, que atuou como consultor da pesquisa, ressaltou que a solução do problema passa necessariamente por investimentos nos aeroportos, sejam eles feitos pela Infraero - estatal responsável por aeroportos que correspondem a 97% do movimento de cargas e passageiros no Brasil - ou por meio da iniciativa privada.
Para viabilizar investimentos, Barat mencionou cinco sugestões: abertura do capital da Infraero, com captação de recursos no mercado financeiro; concessão à iniciativa privada por lotes de aeroportos rentáveis e não rentáveis, com obrigação de investimentos; concessão à iniciativa privada apenas dos aeroportos rentáveis; construção de novos terminais nos aeroportos saturados por meio de PPP (Parceria Público-Privada) ou concessão à iniciativa privada; e construção de novos aeroportos por PPP ou concessão.
Fontes: R7 / G1.com
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