Relatório Preliminar da USAF aponta desbalanceamento na queda de seu F-15E na Líbia
Uma investigação da Força Aérea para o que causou a queda de um caça bombardeiro F-15E Strike Eagle, durante uma operação de combate noturno sobre a Líbia em março passado, concluiu que um desbalanceamento foi um dos fatores contribuíntes,para o acidente.
O coronel Scott Shapiro, que liderou a investigação do acidente, disse numa entrevista por Telefone a partir da Base Aérea de Ramstein, na Alemanha, que a asa direita do avião estava suportando um peso de no mínimo 1.000 libras a mais do que o lado esquerdo durante o voo do dia 21 de março, quando houve o acidente.
A tripulação conduzia uma missão noturna a 30.000 ft( pés) ou superior, junto com outro jato F-15E, contra um alvo no solo, disse o Coronel.
fatores severos contribuíram para um extremo desbalanceamento, disse o Coronel Shapiro:
- Uma única arma do F-15E estava localizado sob a asa direita, criando um desequilíbrio, mesmo sem combustível ou bombas carregadas.
- O jato tinha quatro bombas de 500 libras no lado direito, e três sob a asa esquerda.
- Uma bomba que estava do lado esquerdo teve que ser lançada,pois estava causando anomalias do software.
- A tripulação também disse pelo rádio que o tanque de combustível externo do lado direito estava com abastecimento incorreto para o motor(não estava esvaziando).
- A situação piorou rapidamente depois que o piloto soltou uma das bombas.
“Ele a lançou e saiu rapidamente do local”, disse Shapiro. “Na metade da manobra a aeronave entrou em uma atitude anormal,e em seguida entrou em parafuso.”
O piloto e o oficial de armas ejetaram antes da queda da aeronave.
Shapiro, chefe da capacidade de transporte aéreo estratégico da Força Aérea dos Estados Unidos da América (USAF) na Europa, disse que não acredita que o piloto tenha falhado.
“Não. Acho que não. Eu não vi isto “, disse ele.
Shapiro disse que sua equipe de investigação composta de seis membros,ensaiaram várias vezes as condições que levaram ao acidente, utilizando um programa de simulador de vôo e obteveram os mesmo resultados – um avião incontrolável.
Mas, seguindo orientação do procedimento de voo da USAF para os pilotos, o piloto acreditava que seu avião fosse capaz de fazer uma manobra padrão de afastamento da sua linha de bombardeio, disse Shapiro.
Um resumo do Relatório preliminar do inquérito, que foi emitido na quarta-feira (14) declara que o conselho de investigação encontrou “provas claras e convincentes” para essa determinação. Shapiro disse que a maioria das evidências vieram na forma de testemunho da tripulação, o piloto da aeronave Ala (aeronave que voava em formação com o F15E) e do pessoal de manutenção.
Não foi possível recuperar qualquer informação do jato, disse Shapiro, as peças que restaram tiveram que ser destruídas no chão para que não pudessem ser recuperados por forças estrangeiras. A Força Aérea estima que a perda do F-15E, suas munições e combustível custaram cerca de US$ 48,2 milhões.
O F-15E havia decolado da Base Aérea de Aviano, como parte do 492º Esquadrão de Caça Expedicionário, 48ª Ala de Caça, baseado na Base da RAF de Lakenheath, Reino Unido.
Foi a única aeronave perdida pelos Estados Unidos durante a Operação Odyssey Dawn.
Shapiro disse que, desde que iniciou as investigações, a Força Aérea mudou os procedimentos de voo para os pilotos de aeronaves F-15E durante voos onde a aeronave apresente desbalanceamento em altitude. Ele disse que também foi abordado assunto referente ao Software.
Fonte: Stars and Stripes – via Cavok /Tradução VoarNews/videos:Air Force Blue Tube;RT News-via:Youtube.com
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