Governo faz convênio com aéreas para evitar problemas de fim de ano
'Não vai haver overbooking', disse ministro da Aviação Civil.
Entre as ações, está a ampliação em 47% do espaço aéreo.
O Governo Federal divulgou nesta sexta-feira (2) uma série de medidas para preparar os aeroportos para o período de fim de ano, quando o volume de passageiros é maior. O objetivo é evitar problemas como excesso de filas e atrasos nos voos.
A expectativa é que, somente em dezembro, mais de 16 milhões de passageiros embarquem, movimento 12% superior à média do ano e 13,6% maior que o mesmo mês de 2010.
Entre as medidas anunciadas, um convênio foi firmado com as companhias aéreas, que deverão evitar praticar overbooking, aumentar equipes de atendimento, ocupar todas as posições de check in nos horários de pico e praticar o endosso de passagens entre empresas.
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) também irá intensificar a atuação nos principais aeroportos brasileiros a partir de 16 de dezembro. Serão mobilizados cerca de 240 servidores, entre inspetores de aviação e técnicos, que trabalharão nos turnos de maior fluxo nos aeroportos de Brasília (DF), Confins (MG), Guarulhos (SP), Congonhas (SP), Galeão (RJ) e Santos Dumont (RJ).
Cerca de 200 funcionários da Infraero estarão nos principais aeroportos da rede, auxiliando os passageiros.
A Infraero, por sua vez, contratou 421 empregados das áreas de segurança aeroportuária, operações, navegação aérea e manutenção.
“Com reforço de pessoal do setor público e privado temos todas as condições de atender o usuário (neste final de ano)”, afirmou o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt. “Não vai haver overbooking porque combinamos com eles (as companhias aéreas). Com todas as ações não temos dúvidas que isso vá acontecer (os passageiros serem atendidos)”.
A Infraero disse, ainda, que intensificou os trabalhos para garantir a implementação de seis módulos operacionais até o fim do ano em aeroportos de Campinas (SP), Guarulhos (SP), Vitória (ES), Goiânia (GO), Cuiabá (MT) e Porto Alegre (RS). De acordo com o órgão, os cinco primeiros já foram inaugurados e o último será concluído em dezembro. Para os trabalhos, foram adquiridos micro-ônibus, elevadores veiculares para adaptação de micro-ônibus, veículos operacionais, carrinhos de bagagens, pórticos e aparelhos de raio-X.
A operação especial contempla também medidas como melhorias da infraestrutura aeroportuária, ampliação do acesso à informação pelos passageiros, reforço de pessoal nos aeroportos e gestão operacional integrada. Uma cartilha será distribuída nos principais aeroportos com informações unificadas sobre os direitos e deveres do viajante.
Também para elevar a capacidade do transporte aéreo no Brasil, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) informou que aumentou, desde o dia 20 de outubro, em 47% a capacidade do espaço aéreo nos principais centros de controle do país. De acordo com o tenente Brigadeiro Ramon, até o momento, as mudanças foram feitas só nas regiões de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e aérea Sul. A partir de março do próximo ano, será implementado na Amazônia e Nordeste.
“Esse planejamento começou há muito tempo e entrou em vigor neste momento. É um novo sistema de rotas onde temos a separação entre as aeronaves de cinco milhas no espaço aéreo (...) Antigamente essa separação era de dez milhas”, disse.
“Esse planejamento começou já há bastante tempo e a data de implementação foi a partir de 20 de outubro, de modo que em novembro todas as aeronaves já estivessem capacitadas. Com isso, com consigo ter aerovias mais próximas ente as outras, aumentando o número de aeronaves que possam estar voando no espaço aéreo”.
Novo terminal em Guarulhos
O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, também anunciou nesta sexta a inauguração do terminal remoto do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, em 20 de dezembro, com capacidade para 5,5 milhões de passageiros anuais.
Por volta das 14h desta sexta, no entanto, houve um desabamento na obra, segundo a construtora Delta, responsável pelo local. Com isso, a data da inauguração deverá ser reavaliada, segundo a empresa.
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