Consiste de blocos modulares de concreto poroso que, quando submetido a esforço de peso na sua superfície, quebra-se, e aumenta a área de atrito sobre o trem de pouso principal. Assim aumenta em várias vezes a eficácia da frenagem, minimizando os danos ao avião e o risco aos passageiros .
A área de instalação requer um local plano e drenado, onde serão instalados os blocos modulares de concreto.
O EMAS pode ser projetado para parar aviões com até 40 nós ou com até 70 nós, dependendo do tipo de aeronave, do comprimento da pista e da área de escape.
A mecânica de funcionamento do EMAS. A medida que o avião avança o esforço de deformação dos blocos de concreto possibilita a frenagem. Um sistema passivo e eficiente
Como reparar
A reparação do EMAS após sua utilização para parada de emergência de uma aeronave será somente a substituição dos blocos danificados.
No acidente de 1999 com um DC-10 no Aeroporto Kennedy, a pista foi reaberta em poucas horas e a reparação total do sistema levou poucos dias, com substituição de 930 m2 de blocos.
Área do EMAS envolvida por um acidente de um DC-10, em 1999, na Pista do JFK. Foram substituídos 930 m2 de blocos
O Tamanho da Pista x EMAS
A FAA exige que as pistas possuam 300 metros (1.000 pés) para área de escape. Com o EMAS, pela sua maior eficiência a FAA autoriza que tenha apenas 182 metros (600 pés).
Assim, o aeroporto ganha 128 metros de pista para as operações de decolagem e pouso caso seja colocado em uma só cabeceira ou 256 metros se instalados nas duas cabeceiras de pista.
Para aeroportos onde os metros de pista são escassos o ganho é precioso, assim como a margem de segurança que aumenta em muito.
A instalação do EMAS na cabeceira da pista dará ao piloto mais confiança para que ele realize um pouso seguro, mesmo em condições adversas.
Uso
O sistema passivo de redução de velocidade chamado de Engineered Material Arresting System (EMAS), para atender uma solicitação da Federal Aviation Administration (FAA), foi implantado nos anos 90.
Projetado e desenvolvido pela empresa ESCO, em conjunto com a própria FAA.
O sistema foi certificado pela FAA, em 1996 e a primeira instalação foi no Aeroporto Kennedy International (JFK), New York, em 1996.
Em um período de 10 anos, o sistema EMAS, instalado no aeroporto JFK entrou em operação por 3 vezes. Em Janeiro de 2005 aconteceu a terceira atuação do sistema.
Um Boeing cargueiro B747-200F, da Polar Air Cargo, no dia 22 Janeiro de 2005, um dia de neve, pesando cerca de 280 toneladas, não conseguiu parar e ultrapassou os limites da pista.
A foto do B747 da Polar Air Cargo dá a impressão que os danos foram extensos no Jumbo.
O que realmente foi danificado e necessário trocar foram 9 pneus. E o avião retornou ao serviço em 11 dias.
1984 - DC10 da SAS
2006 - B747-200F da Polar Cargo
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