NOVAS REGRAS PARA INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES AERONAUTICOS
A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional aprovou nesta quarta-feira novas regras para a investigação de acidentes aéreos no País, em especial normas para acesso aos destroços da aeronave acidentada.
Essas normas não estavam previstas no Projeto de Lei 2453/07, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Crise Aérea, analisado pela comissão. Foram acrescentadas no texto aprovado pelo colegiado, o substitutivo do relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
Segundo o texto, caberá ao Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer) a guarda e o controle de acesso aos destroços durante toda a apuração. O projeto original prevê que a proteção das evidências ficaria sob responsabilidade da Polícia Militar ou das Forças Armadas.
Relatório final
A matéria aprovada estabelece que o relatório final sobre o acidente não poderá ser usado como prova em inquérito judicial ou administrativo que venha a ser aberto. De acordo com o relator Aldo Rebelo, o objetivo é garantir a separação entre as investigações criminal e de segurança aérea.
Enquanto a primeira se prende à busca de culpados, a do Sipaer visa às causas do acidente e à prevenção de novas tragédias.
O texto determina também que a investigação aeronáutica poderá ser interrompida se, no curso da apuração, ficar claro que o acidente foi provocado por "ato ilícito doloso", como uma bomba. Nesse caso, o trabalho será assumido pela Polícia e o Ministério Público.
A proposta permite ainda ao Sipaer disponibilizar especialistas próprios para auxiliar a investigação policial. Porém, o profissional não poderá ter participado da investigação do Sipaer.
Investigação
Em relação às provas usadas na investigação, a matéria aprovada garante ao Sipaer a precedência no acesso às fontes, como gravações da torre de controle e desta com os pilotos.
Além disso, os depoimentos colhidos não poderão ser usados como prova em processo criminal ou administrativo.
O substitutivo determina que a investigação de acidentes com aviões militares ficará a cargo do respectivo comando militar onde a aeronave estiver lotada.
No caso de avião militar estrangeiro, a investigação será coordenada pelo Comando da Aeronáutica.
CPI da Crise Aérea
O texto aprovado pelos deputados é um dos dois projetos oferecidos pela CPI que investigou os dois acidentes que envolveram aviões da Gol e da TAM.
O primeiro (com o avião da Gol), que completou três anos esta semana, matou 154 pessoas, entre passageiros e tripulantes. O segundo, ocorrido em julho de 2007, matou 199 pessoas, incluindo 12 que estavam em solo.
Para o relator, a proposta aprovada preenche uma lacuna da legislação brasileira. Apesar de ser um dos signatários da Convenção sobre Aviação Civil Internacional (conhecida como Convenção de Chicago), o Brasil nunca adaptou a sua legislação às normas da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), como determina a convenção.
Segundo Rebelo, o texto recebeu sugestões de órgãos de segurança aeronáutica, como o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O Cenipa é o órgão executivo das ações do Sipaer.
Fonte: Agência Câmara via 24HorasNews via desastresaereosnews
Essas normas não estavam previstas no Projeto de Lei 2453/07, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Crise Aérea, analisado pela comissão. Foram acrescentadas no texto aprovado pelo colegiado, o substitutivo do relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
Segundo o texto, caberá ao Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer) a guarda e o controle de acesso aos destroços durante toda a apuração. O projeto original prevê que a proteção das evidências ficaria sob responsabilidade da Polícia Militar ou das Forças Armadas.
Relatório final
A matéria aprovada estabelece que o relatório final sobre o acidente não poderá ser usado como prova em inquérito judicial ou administrativo que venha a ser aberto. De acordo com o relator Aldo Rebelo, o objetivo é garantir a separação entre as investigações criminal e de segurança aérea.
Enquanto a primeira se prende à busca de culpados, a do Sipaer visa às causas do acidente e à prevenção de novas tragédias.
O texto determina também que a investigação aeronáutica poderá ser interrompida se, no curso da apuração, ficar claro que o acidente foi provocado por "ato ilícito doloso", como uma bomba. Nesse caso, o trabalho será assumido pela Polícia e o Ministério Público.
A proposta permite ainda ao Sipaer disponibilizar especialistas próprios para auxiliar a investigação policial. Porém, o profissional não poderá ter participado da investigação do Sipaer.
Investigação
Em relação às provas usadas na investigação, a matéria aprovada garante ao Sipaer a precedência no acesso às fontes, como gravações da torre de controle e desta com os pilotos.
Além disso, os depoimentos colhidos não poderão ser usados como prova em processo criminal ou administrativo.
O substitutivo determina que a investigação de acidentes com aviões militares ficará a cargo do respectivo comando militar onde a aeronave estiver lotada.
No caso de avião militar estrangeiro, a investigação será coordenada pelo Comando da Aeronáutica.
CPI da Crise Aérea
O texto aprovado pelos deputados é um dos dois projetos oferecidos pela CPI que investigou os dois acidentes que envolveram aviões da Gol e da TAM.
O primeiro (com o avião da Gol), que completou três anos esta semana, matou 154 pessoas, entre passageiros e tripulantes. O segundo, ocorrido em julho de 2007, matou 199 pessoas, incluindo 12 que estavam em solo.
Para o relator, a proposta aprovada preenche uma lacuna da legislação brasileira. Apesar de ser um dos signatários da Convenção sobre Aviação Civil Internacional (conhecida como Convenção de Chicago), o Brasil nunca adaptou a sua legislação às normas da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), como determina a convenção.
Segundo Rebelo, o texto recebeu sugestões de órgãos de segurança aeronáutica, como o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O Cenipa é o órgão executivo das ações do Sipaer.
Fonte: Agência Câmara via 24HorasNews via desastresaereosnews
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