A VOLTA DOS DIRIGÍVEIS
Empresa de São Carlos desenvolve projeto pioneiro no mundo.
A empresa Airship do Brasil, em processo de instalação em São Carlos (a 230 km de São Paulo), desenvolve projeto que é pioneiro mundial na produção de dirigíveis cargueiros com capacidade de carga entre 20T a 500T.
O projeto inclui ainda dirigíveis menores, para tarefas de vigilância e monitoramento, captação de imagens aéreas em vídeo, tanto em ambientes urbanos como rurais, inspeção de linhas de transmissão e gasodutos, além da publicidade aérea.
O projeto começou com o desenvolvimento do ADB-1, que já realizou o primeiro voo público.
O modelo tem quatro metros de comprimento e 2,2 m3 e tem como finalidade ser um testbed para ensaios de configurações, de propulsão, estabilidade e controle.
A Airship já desenvolve o projeto do segundo modelo – o ADB-2 – com 12 metros de comprimento e 15 kg de capacidade de carga, capaz de desempenho acima da média tanto em alta velocidade como no voo parado. As versões futuras do ADB-2 irão incorporar capacidade de voo autônomo (robótico).
O projeto será realizado em convênio de cooperação com a Divisão de Robótica e Visão Computacional (DRVC) do Centro Tecnológico de Informática Renato Archer (CTI) do Ministério da Ciência e Tecnologia e também com o Núcleo de Pesquisas Aeronáuticas (NPA) da EESC-USP em São Carlos.
Em janeiro de 2010, a Airship do Brasil começa o anteprojeto e estudos de viabilidade técnica-econômica do ADB-3, com capacidade para 20T de carga e 120 m de comprimento. A missão do equipamento será o transporte de cargas na Amazônia e entre essa região e o Sul e Sudeste do país.
O desenvolvimento de dirigíveis maiores está previsto para os anos seguintes, em uma escala progressiva.
O Aeroscraft é mais um exemplo de DHM.
Ele pertence a Aeros Corporation e foi concebido para atender aos requisitos do WALRUS da DARPA, que parece ter sido cancelado.
Mesmo assim, a Aeros continuou com seu desenvolvimento, tendendo para o mercado civil.
Ele será capaz de transportar grandes quantidades de carga e centenas de passageiros, usando motores elétricos silenciosos. Trata-se de um dirigível preenchido com hélio, mas com um formato que lhe permite alçar vôo como um avião (ver pdf).
O processo será invertido na decolagem.
Configurações do ML866.
P-791 DA LOCKHEED
O arquiteto francês Jean-Marie Massaud, que já projetou hotéis na Califórnia e até um estádio no México, concebeu o Manned Cloud (Nuvem Tripulada), um incrível dirigível de 210 m de comprimento, que voa sustentado por gás hélio e tem formato de baleia.
Manned Cloud em forma de baleia.
(Arte Jean-Marie Massaud)
Entretanto, sua velocidade máxima será de 170 km/h e terá autonomia de percorrer até 5.000 km sem qualquer escala.
Será equipado com cabines para 50 hóspedes voadores e 25 tripulantes.
Segundo Massaud, as grandes baleias fizeram uma escolha ao evoluir, e optaram por viver em harmonia com o meio ambiente.
Elas são símbolos de uma vida em harmonia com a natureza.
Ele não definiu ainda todos os detalhes técnicos, e tampouco encontrou financiadores ou patrocinadores empresariais para sua idéia, que abrigaria um hotel de luxo flutuante.
O AirShipOne é um inovador híbrido movido a energia solar, que pode ser posicionado entre um dirigível semi-rígido e um avião.
(Clique na arte abaixo para ampliação)
O AirShipOne foi criado pelo desenhista industrial israelense
Gosha Galitsky como seu recente projeto de graduação.
Ele oferece uma alternativa silenciosa, eficiente e ecológica para o transporte aéreo.
O Strato Cruiser é um conceito de dirigível criado por Tino Schaedler e Michael J Brown. Trata-se de um luxuoso dirigível preenchido por gás hélio, que contém um restaurante gourmet, um spa, uma piscina, DJ residente, etc. É dirigido aos ricos viajantes cosmopolitas do planeta.
Com sua cobertura de fibra de carbono, desenho de câmaras de hélio seccionadas e células fotovoltaicas, a construção do Strato Cruiser permite novos níveis de segurança, velocidade e ecologia ao viajar-se no melhor estilo de vida.
Ele chega a reinventar o estilo do ZEPPELIN ao trazer um sky lounge em seu topo, tendo ainda um restaurante com vista panorâmica embaixo.
Strato Cruiser. (Arte Tino Schaedler e Michael J Brown)
Suas suítes são protegidas dos espaços públicos, enquanto seu avançado sistema propulsor mais que dobra a velocidade de cruzeiro dos dirigíveis convencionais.
ISIS DA DARPA E LOCKHEED
O ISIS (Integrated Sensor Is Structure) é um conceito de dirigível não tripulado, cuja concorrência foi vencida em 2009 pelo estúdio Skunk Works da Lockheed Martin para a Agência de Pesquisa de Projetos Avançados de Defesa - DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency), do Pentágono, para a USAF. O programa prevê o voo do primeiro veículo para o ano fiscal de 2013.
Ele promete permanecer como um Dirigível de Alta Altitude (HAA - High Altitude Airship) a uma altitude estratosférica próxima a 20 mil metros, de onde poderá perseguir e encontrar alvos terrestres e aéreos por até 10 anos.
Dirigível estratosférico não tripulado ISIS. (Arte Lockheed Martin)
Seu radar será do tamanho do próprio dirigível, o que lhe permitirá tornar-se a melhor plataforma de vigilância possível na área de defesa contra mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro.
Esse contrato de US$ 400 milhões da Lockheed Martin contempla o desenvolvimento de um dirigível não tripulado de grande altitude equipado com um poderoso radar de alta tecnologia capaz de detectar veículos escondidos sob o manto das florestas a mais de 300 km de distância.
E ele será capaz de prover essa vigilância em tempo real.
O ISIS visa substituir várias plataformas aerotransportadas de vigilância, incluindo o Boeing E-3 (AWACS) e E-8C (JSTARS), com uma única plataforma de capacidade de altitude estratosférica próxima a 20 mil metros.
O objetivo do Programa ISIS é desenvolver um sensor autônomo e não tripulado baseado em um dirigível estratosférico, com uma persistência de anos em vigilância e detecção de alvos aéreos e terrestres.
Ele será capaz de detectar os mais avançados mísseis de cruzeiro a 600 km de distância e tropas a pé a 300 km, além de mover-se para qualquer ponto no mundo em 15 dias.
O futuro dirigível será equipado com um gigantesco radar de 600 m2, tão grande que dará ao sistema um alcance de detecção muito superior aos dos atuais AWACS e J-STARS.
Tal radar operará em dupla banda UHF, com a função de monitorar o terreno, veículos ou deslocamento de tropas.
Altitudes comparativas para o ISIS.
(Arte DARPA)
O sistema contará ainda com um radar de banda X de 100 m2, que terá a função de detectar pequenos mísseis de cruzeiros ou veículos aéreos não tripulados (VANT).
SKY HOOK DA BOEING
Em julho de 2008, a Boeing anunciou acordo coma empresa canadense SkyHook International Inc.
para o desenvolvimento do dirigível híbrido com rotores comercial JHL-40, que terá capacidade de transportar 40 ton de carga pesada, como equipamentos e materiais, em áreas remotas do globo.
JHL-40 da Boeing-SkyHook. (Arte Boeing por Joe Naujokas)
Já seus 4 rotores com um total de 21 mil shp são dedicados a suportar a carga de até 40 ton e mover o dirigível a 70 nós por até 320 km sem reabastecimento em ambientes hostis como o Alasca, o Ártico, a Patagônia e a Amazônia.
Apenas como uma comparação tecnológica, o maior helicóptero do mundo, o russo Mi-26, precisa suportar seu peso vazio e a carga.
Para tal, ele necessita de rotores de 22 mil shp para carregar 20 ton.
O JHL-40 terá a tecnologia de rotores do CH-47 Chinook, além de aviônicos e controle de vôo do futuro 787 Dreamliner, ambos da Boeing.
A vasta experiência de integrador de projetos da Boeing também é um ponto vital para o seu sucesso.
JHL-40 da Boeing-SkyHook.
(Arte Boeing por Joe Naujokas)
Essa nova tecnologia a ser lançada em breve pelo consórcio Boeing-SkyHook já é aguardada por uma extensa lista de empresas, já estimada em 60 encomendas.
Elas esperam assim poder modificar profundamente suas estratégias operacionais, contando ainda com o aval dos ambientalistas de todo o mundo.
O US Army está interessado em uma versão militar de 30 ton para emprego a partir de 2015.
A Boeing construirá dois protótipos e a SkyHook prestará os serviços de logística para os clientes, cuidando ainda da manuteanção dos aparelhos.
LEMV DO US ARMY
O US Army planeja um ambicioso dirigível não tripulado de vigilância e reconhecimento persistente para o seu programa Long Endurance Multi-INT Vehicle - LEMV). Os primeiros testes serão feitos no Afeganistão.
(Clique na arte abaixo para ampliação)
Dirigível Híbrido LEMV.
(Arte US Army)
Ele deverá levar uma carga de mais de 1 tonelada a 20 mil pés por três semanas.
Será pilotado opcionalmente para deslocamento podendo voar 2.500 milhas.
Voando a 10 mil pés a carga será de 2 toneladas.
A velocidade máxima será de 80 milhas e 20 milhas de cruzeiro.
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