Entidades que representam pilotos e empresas de aviação prometem briga pelo Campo de Marte
Entidades que representam pilotos e empresas de aviação com sede no Campo de Marte, zona norte, o mais antigo aeroporto paulistano, prometem partir para a briga para tentar barrar a transformação do espaço na estação paulistana do trem de alta velocidade (TAV), São Paulo-Rio.
O edital de licitação do TAV deve ser lançado no fim do mês, após o término da consulta pública. Especialistas avaliam que a obra, a ser 70% custeada com dinheiro público, não ficará pronta a tempo da Copa do Mundo de 2014, somente para os Jogos Olímpicos, em 2016.
Hoje as duas principais entidades, a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) e a Associação dos Concessionários, Empresas Aeronáuticas e Usuários do Campo de Marte (Acecam), fazem uma reunião que deve definir um plano de ação contra a proposta federal, de reduzir o local a um heliponto, para liberar espaço para a estação e pátios de manobras do TAV.
Não estão descartadas ações na Justiça e no Ministério Público contra a proposta.
Há consenso de que o governo está "esquecendo" do principal setor interessado: a aviação geral. "É equívoco sem tamanho transformar o aeroporto em heliponto, mais um dos 480 da capital Estamos falando da paralisação dos negócios", diz o comandante Ricardo Nogueira, vice-presidente da Abag.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deve se pronunciar sobre após a consulta pública sobre o TAV, que termina no dia 15. Mas o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse na semana passada que o "destino de Marte deve ser os helicópteros".
Segundo Nogueira, aeronaves, hangares e empresas, se "despejados" de Marte, o quinto maior aeroporto do País em movimento (atrás de Cumbica, Congonhas, Santos Dumont e Galeão) não terão para onde ir.
Atuando no limite, com 283 operações de pousos e decolagens por dia em 2008 (ano em que registrou 103 mil movimentos), o Marte foi o aeroporto que absorveu praticamente todo o movimento de pequenos aviões e helicópteros após o acidente com o A320 da TAM em Congonhas, em 2007, onde as operações de pequenas aeronaves foram limitadas de dez para quatro por hora.
"O Aeroporto Internacional de Guarulhos não tem vocação para essa atividade e nem espaço para recebê-la", diz o piloto. Pequenos jatos e turboélices particulares descem lá caso haja cancelamento de voos por parte das grandes empresas aéreas. "Outras opções não existem: Jundiaí tem pistas e terminal saturados; Campinas, Viracopos e Campos dos Amarais não têm estruturas específicas.
O aeroporto de Sorocaba, idem. E São José dos Campos é longe". O Campo de Marte foi selecionado em agosto pela ANTT para sediar a estação paulistana do TAV - obra que custará R$ 34,6 bilhões - em detrimento de outra opção, o Terminal Barra Funda, que não teria espaço para abrigar os pátios dos trens.
Fonte: blog desastre aereonews /AE via Cruzeiro On Line - Foto: usp.br
O edital de licitação do TAV deve ser lançado no fim do mês, após o término da consulta pública. Especialistas avaliam que a obra, a ser 70% custeada com dinheiro público, não ficará pronta a tempo da Copa do Mundo de 2014, somente para os Jogos Olímpicos, em 2016.
Hoje as duas principais entidades, a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) e a Associação dos Concessionários, Empresas Aeronáuticas e Usuários do Campo de Marte (Acecam), fazem uma reunião que deve definir um plano de ação contra a proposta federal, de reduzir o local a um heliponto, para liberar espaço para a estação e pátios de manobras do TAV.
Não estão descartadas ações na Justiça e no Ministério Público contra a proposta.
Há consenso de que o governo está "esquecendo" do principal setor interessado: a aviação geral. "É equívoco sem tamanho transformar o aeroporto em heliponto, mais um dos 480 da capital Estamos falando da paralisação dos negócios", diz o comandante Ricardo Nogueira, vice-presidente da Abag.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deve se pronunciar sobre após a consulta pública sobre o TAV, que termina no dia 15. Mas o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse na semana passada que o "destino de Marte deve ser os helicópteros".
Segundo Nogueira, aeronaves, hangares e empresas, se "despejados" de Marte, o quinto maior aeroporto do País em movimento (atrás de Cumbica, Congonhas, Santos Dumont e Galeão) não terão para onde ir.
Atuando no limite, com 283 operações de pousos e decolagens por dia em 2008 (ano em que registrou 103 mil movimentos), o Marte foi o aeroporto que absorveu praticamente todo o movimento de pequenos aviões e helicópteros após o acidente com o A320 da TAM em Congonhas, em 2007, onde as operações de pequenas aeronaves foram limitadas de dez para quatro por hora.
"O Aeroporto Internacional de Guarulhos não tem vocação para essa atividade e nem espaço para recebê-la", diz o piloto. Pequenos jatos e turboélices particulares descem lá caso haja cancelamento de voos por parte das grandes empresas aéreas. "Outras opções não existem: Jundiaí tem pistas e terminal saturados; Campinas, Viracopos e Campos dos Amarais não têm estruturas específicas.
O aeroporto de Sorocaba, idem. E São José dos Campos é longe". O Campo de Marte foi selecionado em agosto pela ANTT para sediar a estação paulistana do TAV - obra que custará R$ 34,6 bilhões - em detrimento de outra opção, o Terminal Barra Funda, que não teria espaço para abrigar os pátios dos trens.
Fonte: blog desastre aereonews /AE via Cruzeiro On Line - Foto: usp.br
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