Piloto não mandou sinal de socorro, segundo companhia aérea iemenita
Al Huti explicou, em entrevista coletiva em Sana, capital do Iêmen, que os controladores de voo do aeroporto de Moroni comunicaram às autoridades do país que em nenhum momento receberam nenhum pedido de socorro, "o que confirma que o avião não sofreu nenhuma falha técnica antes da tragédia".
O voo IY-626 saiu de Sana às 18h45 (12h45, horário de Brasília), onde tinha chegado de Paris, e às 01h51 (19h51, horário de Brasília) perdeu o contato com a torre de controle e caiu no mar, quando estava a poucos minutos de seu destino, Moroni, capital de Comores.
Al Huti assegurou que o avião passou por uma revisão geral em maio e que, desde então, tinha efetuado 211 horas de voo.
Além disso, explicou que os aviões da companhia aérea são submetidos a um sistema regular de vigilância da União Europeia.
O vice-presidente de Aviação Civil do Iêmen, Mohammed Abdel-Rahman Abdel Qadir, confirmou que, segundo a lista definitiva, viajavam 75 comorenses no avião, 65 franceses, um canadense e um palestino, além dos onze tripulantes - seis iemenitas, dois marroquinos, uma indonésia, uma filipina e um etíope.
Abdel Qadir afirmou que o Iêmen mandará uma equipe de mergulhadores das forças especiais, esta noite, para ajudar nos trabalhos de resgate. Ele disse ainda que, por enquanto, não tem nenhuma informação sobre o resgate de novos corpos.
Até agora, somente uma sobrevivente foi encontrada, uma menina de 14 anos de nacionalidade comorense, e três corpos sem vida.
Na mesma entrevista coletiva, o diretor de Aviação Civil iemenita, Abdel Jaleq al-Qadi, acusou as autoridades francesas de lançarem uma campanha de desprestígio contra seu país, porque "o Iêmen é um país pequeno, que não tem voz no mundo".
A Yemenia Airway "é uma companhia que opera de acordo a padrões internacionais, o avião acidentado estava em bom estado técnico, não tinha absolutamente nenhuma imperfeição", disse al-Qadi.
O diretor se referiu às declarações do secretário de Estado de Transportes francês, Dominique Bussereau, que revelou ontem que a Direção Geral de Aviação Civil da França tinha constatado "um número de defeitos" no avião.
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