28/03/2010

Otan quer escudo antimísseis que proteja EUA e Rússia

Otan quer escudo antimísseis que proteja EUA e Rússia

Anders Fogh Rasmussen

Rasmussen afirma que a medida pode aumentar a integração com a Rússia

O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Anders Fogh Rasmussen, defendeu neste sábado a criação de um novo sistema de defesa antimísseis que proteja tanto os Estados Unidos como a Rússia.

"Precisamos de um sistema de defesa antimísseis que inclua não apenas todos os países da Otan mas a Rússia também. Um telhado de segurança que seja construído, apoiado e mantido por todos nós", disse ele em Bruxelas.

Ramussen disse que a ameaça da proliferação de mísseis é real, vem crescendo e citou o caso do programa balístico e nuclear do Irã.

Mas o chefe da Otan (organização que compreende 26 países europeus, EUA e Canadá) disse que este sistema de defesa pode, mais do que apenas defender os países membros da organização, estreitar os laços entre a Europa e os EUA como também com os russos.

"Um telhado de segurança seria um forte símbolo de que a Rússia é parte integrante da família Europa-Atlântico, compartilhando os benefícios e os custos, não de fora, mas como integrante real”, disse.

Correspondentes dizem que os EUA vêm tentando, sem sucesso, atrair a Rússia para se integrar aos seus planos de defesa antimísseis, mas Moscou temeria a diminuição de sua autonomia como país nuclear.

O correspondente da BBC em Bruxelas Jonathan Marcus disse que a Otan parece estar cada vez mais interessada em mecanismos de defesa como o citado por Ramussen e deve ir em frente com ou sem a Rússia.

O ESCUDO ANTI MISSIL E OS DESTROYERS DE CLASSE AEGIS

A administração Obama tomou uma decisão positiva, provavelmente a única desde que iniciou o seu mandato.

Numa decisão arrojada,(resta saber se motivada por ter sido forçada a isso, ou por questões éticas…) decidiu suspender a colocação do escudo de defesa anti míssil a ser colocado na Polónia (o sistema de intercepção) e na Republica checa (os radares).

(1) A “teoria oficial” com a qual se procurou “vender a ideia” da aceitação deste sistema de defesa na Europa afirmava que o sistema seria colocado para proteger os EUA e acessorar a Europa, de ataques com misseis balísticos intercontinentais, vindos do irã.

(2) A “teoria real” faz perceber que a colocação do sistema visava condicionar um eventual ataque vindo de seu adversário primário: a Rússia.(e só associar o Irã, como segundo adversário…)

ESCUDO ANTI MÍSSIL - ESQUEMA

(3) Também visava condicionar a Europa, e continuar a fazê-la depender dos sistemas de defesa norte americanos.

Caso a Europa decidisse gastar dinheiro a implementar um sistema próprio de defesa e tornar-se “musculada” com o Irã ( Por Europa entenda-se a França e a Alemanha), esta manobra supostamte altruísta e de tal generosidade, desmobilizaria dentro da União Europeia quaisquer ideia de impor um sistema de defesa próprio europeu.

Quanto ao Irã, apesar de representar um perigo, é apenas um bode expiatório oferecido à opinião publica Ocidental (e do resto do mundo), para tentar ocultar aquele que é considerado o verdadeiro adversário estratégico dos EUA ( o que volta novamente a ser designado por tal).

Se o Irã cair será um agradável beneficio e se se tornar um estado na órbita dos EUA, será mais um bónus dadas as riquezas petrolíferas do país e a posição estratégica do mesmo.

ESQUEMA DE DESTROYER DA CLASSE AEGIS - NROL21_04


Se o perigo fossem mesmo os iranianos, não teriam colocado misseis defensivos em Destroyers da classe Aegis, a serem colocados respectivamente alocados no Oriente Médio (mediterrâneo) e no mar báltico.

Caso fosse o Irã o “alvo inicial” da política externa norte americana, teria sido uma solução baseada em Destroyers da classe Aegis a adoptada pela administração Bush.

Até porque sai mais barata, uma vez que o sistema já existe e os EUA tem mais de 50 destroyers desta classe em funcionamento.

Após pressões por parte do governo Russo, para não ser implementado um sistema destes e após anuncio pelo que iriam colocar um “contra” sistema de misseis nas fronteiras da Russia em Kaliningrado, localizado entre a Polónia e a Lituânia, estes decidiram imediatamente voltar atrás na implementação do sistema de misseis entre a Polónia e a Lituânia.

Apesar dos russos não serem flor que se cheire, ninguém gosta de sair de casa e ter armas (imediatamente) apontadas…especialmente por alguém que é “aliado” como os EUA afirmam ser…

Fonte:BBC Brasil/WordPress

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