Investigação sobre 787 no Japão foca em fabricante de baterias
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TÓQUIO - Investigadores japoneses, sob pressão para encontrar rapidamente a causa dos problemas que forçaram a Boeing a suspender as entregas globais do modelo 787 Dreamliner, voltam suas atenções a potenciais problemas nas baterias de lítio fornecidas por uma fabricante japonesa.
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O ministro de Transportes do Japão, Hiroshi Kajiyama, afirmou hoje que visitou a sede da GS Yuasa, fabricante das baterias utilizadas no 787. Três investigadores o acompanharam e passaram o dia na fábrica em Quioto, oeste do Japão.
Incidentes com baterias em dois diferentes aviões 787, nas últimas duas semanas, impeliram a Federal Aviation Administration (FAA) dos Estados Unidos a tomar a incomum decisão de cancelar os voos do modelo.
No caso mais recente, o superaquecimento da bateria, em um voo doméstico no dia 16, disparou alarmes e levou ao pouso emergencial de um Dreamliner operado pela All Nippon Airways.
“Vamos inspecionar se as operações apropriadas têm sido conduzidas desde o projeto à fabricação das baterias”, disse Shigeru Takano, diretor da unidade de segurança de transporte aéreo do Japão, em entrevista coletiva.
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Um inspetor do ministério de Transportes do Japão e outros dois da FAA conduzem a investigação.
A Yuasa investiu bastante no negócio de baterias de lítio, com planos de torná-lo a principal fonte de crescimento futuro. Em 2005, a empresa ganhou o contrato multimilionário com a Boeing para fornecer as peças ao Dreamliner.
A recente onda de problemas técnicos a bordo da aeronave criou problemas para a Boeing, assim como para a All Nippon Airways e a Japan Airlines.
As duas companhias japonesas estão entre as maiores operadoras do Boeing 787, atraídas pelos materiais e sistemas avançados do avião, que o tornam muito mais leve e eficiente no consumo de combustíveis.
No domingo, o Conselho de Segurança Nacional de Transportes dos Estados Unidos afirmou que a primeira bateria a pegar fogo, a bordo de um avião 787 da Japan Airlines, no aeroporto de Logan, em Boston, no dia 7, “não excedeu a tensão projetada.”
O conselho de segurança, que trabalha com especialistas do setor, conduz exames detalhados para ajudar a determinar se algum tipo de falha interna ou defeito de fabricação levou a bateria a esquentar demais e pegar fogo.
Uma falha nas baterias, e não no projeto dos sistemas elétricos da aeronave, pode poupar muito trabalho à Boeing.
As duas companhias japonesas tiveram de cancelar alguns voos e substituir aeronaves em outros, o que a obrigou a alguns atrasos no cronograma de manutenção.
Isto pode causar problemas no período de verão, quando as aéreas querem manter em funcionamento o maior número possível de aeronaves.
Um investigador de segurança do Japão disse na sexta-feira que os funcionários de segurança dos EUA pretendem conduzir a investigação o mais rápido possível.
Hideyo Kosugi, um dos cinco inspetores de segurança do Escritório de Segurança de Transportes do Japão, afirmou que a principal impressão da visita de oficiais de aviação dos EUA é que “eles estão sob pressão para esclarecer rapidamente as causas do incidente”, assim como Tóquio.
Fonte: (Dow Jones Newswires)-Via:Valor Econômico
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