Uma coluna com mais de 30 viaturas blindadas, conduzidas pelas tropas francesas e militares do Mali, passeou-se ontem pela cidade de Diabaly, no centro do país, expulsando os militantes islamistas que há uma semana tinham assentado praça naquele que é um importante ponto estratégico no trajecto para a capital, Bamaco.
foto:malirefugeecrisis.org]
A força aérea francesa já tinha realizado vários raides sobre Diabaly, uma das mais importantes conquistas das forças islamistas ligadas à Al-Qaeda que dominam a região desértica a norte, onde agora vigora a lei islâmica (sharia).
Ontem de manhã, quando os soldados entraram na cidade, já quase não encontraram resistência: imagens transmitidas pela televisão francesa mostravam viaturas queimadas e abandonadas pelos combatentes após os ataques aéreos.
Uma parte da população abandonou a cidade em antecipação do confronto no terreno.
Quem ficou para trás confirmou a retirada dos rebeldes – que mantiveram a cidade cercada e sem abastecimento durante toda a semana. No entanto, um coronel do Exército do Mali citado pela Al-Jazira alertava para a possibilidade de os islamistas se terem “dissimulado” entre a população civil. “Uma franja da população adere às teorias dos jihadistas, pelo que todo o cuidado é pouco”, referiu.
[vídeo:Euronewspt-Publicado em 17/01/2013;via:Youtube.com]
A crise humanitária no Mali agravou-se com o fecho da fronteira da Argélia, que força os refugiados a escapar para o deserto. De acordo com o Centro de Monitorização de Refugiados Internos, uma organização norueguesa, à falta de recursos do Governo de Bamaco acrescem as dificuldades de acesso das organizações humanitárias. “A grave situação de insegurança causada pelo conflito torna as opções de ajuda muito limitadas”, disse à CNN o diretor do centro para a África, Sebastian Albuja.
Além de Diabaly, o contingente enviado pela França avançou também sobre as cidades de Niono e Sevaré, também na faixa central. Um movimento que indica que as tropas já terão em mira o território do deserto que era reclamado pelos separatistas tuaregues Azawad, cuja luta foi entretanto “engolida” pelos movimentos islamistas.
Em Paris, o ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian garantiu que a ofensiva prosseguiria até à rendição total dos combatentes rebeldes. “O nosso objectivo é a reconquista total do Mali, não toleraremos nenhum foco de resistência”, declarou.
Depois da chegada de 400 soldados da Nigéria, Togo e Benin, no domingo, ontem desembarcaram no Mali os soldados disponibilizados pelo Chade: um contingente de forças especiais, com experiência em terrenos do deserto.
Força africana no Mali já somam 1.000 soldados, diz França
[foto:Luás/planes.cz - via:moraisvinna.blogspot.com.br]
Já há mil soldados de nações da África Ocidental e do Chade no território do Mali, formando a base para uma força que irá combater rebeldes islâmicos no país, disse um porta-voz militar francês nesta segunda-feira.
[ A Nigéria enviou uma aeronave C-130 Hercules e cerca de 100 soldados.foto:Cavok]
[vídeo - Euronewspt/Publicado em 17/01/2013;via Youtube.com]
[foto:puntercalls.com]
A força africana, autorizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e conhecida pela sigla Afisma, poderá ter vários milhares de soldados. Atualmente, ela está composta por 830 militares do bloco regional Cedeao (de países como Togo, Benin, Níger e Nigéria), e mais 170 do Chade. Eles colaboram com os 2.150 membros da força de intervenção francesa, que por sua vez ajuda o Exército malinês a conter os rebeldes.
A França, que colonizou o Mali, já promoveu 140 bombardeios aéreos no país desde o início da sua campanha, em 11 de janeiro, segundo o porta-voz.
Nesta segunda-feira, blindados franceses e malineses chegaram à região da cidade de Diabaly, no centro do país, de onde os rebeldes ligados à Al Qaeda bateram em retirada.
Um voo dos Estados Unidos levando apoio logístico aos militares franceses chegou na noite de domingo ao Mali, segundo o porta-voz. Aviões cargueiros de outros países europeus já pousaram no país.
Estados Unidos e outras nações enviam aeronaves de apoio para Operação Serval no Mali
Enquanto as forças militares francesas intensificam a luta contra os rebeldes extremistas no Mali, os EUA confirmaram nessa sexta-feira que estão enviando aeronaves militares para apoiar a missão francesa na Operação Serval. Além dos EUA, vários outros membros da OTAN e nações africanas estão enviando aeronaves e tropas para Operação Serval.
O Departamento de Defesa dos EUA não confirmou a quantidade de aeronaves envolvidas, dizendo apenas que dentre as aeronaves estarão aviões de transporte e reabastecimento aéreo KC-130 Hercules que estão baseados em Sigonella, Itália, e aviões de transporte estratégico C-17 e C-5 de diversas bases no EUA. Todos aviões norte americanos vão ser usados para transporte de tropas e equipamentos militares a partir de bases aéreas francesas.
Os militares dos Estados Unidos ainda não confirmaram o uso de aeronaves não tripuladas para vigilância, mas existem relatos que os norte americanos já estariam fornecendo suporte de comunicação e de transporte aos militares franceses.
[foto:rt.com]
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O secretário de Defesa dos EUA Leon Panetta disse que o país vai continuar fornecendo apoio logístico e de inteligência para o esforço militar no Mali, mas enfatizou que a extensão do apoio seria limitada, dizendo que o Departamento de Defesa dos EUA eliminou a possibilidade de inserção de tropas no conflito.
Além dos Estados Unidos, o Canadá enviou para França no dia 16 de janeiro a primeira aeronave CC-177 Globemaster III, que está operando a partir da Base Aérea 125 de Istres-Le Tubé, em Istres, França.
O CC-177 canadense levou para Bamako, capital do Mali, o Grupo de Helicópteros Aero-mòvel do Exército da França, além de 900 baterias.
[foto:aviationweek.com]
No dia 17, chegaram ao Mali as primeiras unidades de apoio de nações africanas.
A Nigéria foi a primeira nação africana a enviar um contingente militar, com a unidade da força aérea Enugu, composta de uma aeronave C-130 Hercules e cerca de 100 soldados, que está levando carga e soldados para Bamako.
O Togo também enviou cerca de 150 soldados para região do conflito.Já estão participando da Operação Serval as seguintes nações estrangeiras: Reino Unido, com duas aeronaves C-17 Globemaster III operando a partir da Base Aérea 105 d’Evreux; Bélgica e Dinamarca com aeronaves Lockheed Martin C-130H/Js Hercules; e C160 Transalls da Alemanha. A Bélgica também concordou no envio de dois helicópteros AgustaWestland AW109s para tarefas de evacuação médica.Nessa sexta-feira, o Ministro de Defesa da Espanha Pedro Morenes disse que seu país está enviando para o Mali uma aeronave C-130H Hercules e uma equipe de 50 instrutores para treinar os militares das nações africanas.
Os aviões de combate franceses Rafale, Mirage 2000D e Mirage F1CR estão realizando cerca de 10 surtidas diárias a partir do aeroporto de N’Djamena, no Chade, mas com apoio disponível no aeroporto de Bamako.
[foto:worlddefencenews.blogspot.com]
Fonte:CAVOK;Reuters (via:http://moraisvinna.blogspot.com.br)
[foto:worlddefencenews.blogspot.com]
Fonte:CAVOK;Reuters (via:http://moraisvinna.blogspot.com.br)
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