Testando a tolerância à Força g
[foto:wiml.waw.pl]
Teste de "g force" ou "Força g" Esse teste é aplicados aos pilotos de combate nos EUA a fim de certificar sua capacidade de aceitação biofísica em ambientes de elevada aplicação da "Força g", mas oque é a tal "Força g" ou "g Force"?
[foto:http://www.portalsaofrancisco.com.br]
Força g - g é uma unidade de aceleração não-SI definida como exatamente 9,806 65 m/s², o que é aproximadamente igual à aceleração devida à gravidade na superfície da Terra.
O símbolo "g" é escrito em minúscula e itálico, a fim de se distinguir do símbolo G, a constante gravitacional, que é sempre escrita em maiúscula e itálico.
O valor de g definido acima é um valor intermediário arbitrário para a Terra, aproximadamente igual à aceleração de queda livre ao nível do mar a uma latitude de cerca de 45,5°; este valor é maior em magnitude do que a aceleração média a nível do mar na Terra, que é de cerca de 9,797 645 m/s².
A aceleração padrão de queda livre é escrita como gn (ou ainda g0) para distingui-la do valor local de g, que varia com a posição.
As unidades de aceleração devida à gravidade, metros por segundo quadrado, podem ser trocadas por newtons por quilograma. O valor, 9,80665, permanece o mesmo.
Existem outras unidades, como, por exemplo, o sistema CGS (Centímetro, Grama, Segundo). É primordial estar atento ao uso de unidades e valores (por exemplo, 9,80665 em m/s², não terá os mesmos valores se utilizar o sistema CGS.)
A força-g está totalmente ligada a vibração e a ressonância dos tecidos dos organismos.
Quando se alcança uma alta força-g, a vibração e a ressonância chegam a tal grau que certos órgãos podem chegar ao ponto extremo de “explodirem”, levando a morte imediata da pessoa. Existe um coeficiente chamado de tolerância-g, que é um coeficiente que calcula a força-g tolerável para o ser humano.
Dependendo do grau de inclinação do móvel, é possível treinar. Quanto mais perto vai chegando do limite da tolerância-g, as chances da pessoa apresentar problemas cardiovasculares aumentam drasticamente.
A tolerância humana depende da magnitude da força-g, dependendo da duração, da intensidade e do local onde é aplicada essa força. O corpo humano é flexível e deformável, como ocorre quando uma pessoa recebe um tapa no rosto.
Um aeronave pode obter dois tipos de força-g: a força-g vertical e força-g horizontal.
A força-g vertical acontece quando a aeronave sobe totalmente em posição ereta, tanto subindo quanto descendo. Isto causa uma variação significativa na pressão sanguínea ao longo do corpo, o qual só tolera um certo limite. Caso esse limite seja ultrapassado, irá acontecer a perda de consciência.
[foto:media.aerosociety.com]
[vídeo publicado por:Peter Ehrnstrom-via:Youtube.com/
Uma pessoa normal aguenta cerca de uma aceleração de 5 g (ou 50 m/s²), ocorrendo o enrijecimento dos músculos devido a força que o sangue exerce na volta do cérebro.
Os atuais pilotos, principalmente os de caças supersônicos, são capazes de aguentar uma aceleração de 9 g (90 m/s²) por um período de tempo maior da de uma pessoa normal. Existe um outro tipo de influencia da força-g, chamada de força negativa, isto ocorre quando há uma queda brusca da pressão sanguínea enviada ao cérebro.
Os atuais pilotos, principalmente os de caças supersônicos, são capazes de aguentar uma aceleração de 9 g (90 m/s²) por um período de tempo maior da de uma pessoa normal. Existe um outro tipo de influencia da força-g, chamada de força negativa, isto ocorre quando há uma queda brusca da pressão sanguínea enviada ao cérebro.
O limite permissível é entre -2 g a -3 g (-20 m/s² a -30 m/s²). Quando se chega a esse nível, os capilares dos olhos incham ou explodem deixando a visão toda vermelha.
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[vídeo - Enviado em 08/03/2009 /por:dondoYEAH-via:Youtube.com]
Um humano pode sobreviver a uma aceleração de 20 a 40 g por um pequeníssimo espaço de tempo. Uma aceleração de 15 g por mais de 1 minuto pode acarretar a morte do piloto. Qualquer exposição a 100 g ou mais, poderá ser mortal.
[foto:Coronel John Paul Stapp - via:wikipedia.org]
O recorde mundial de resistência a força-g foi obtido pelo coronel da Força Aérea Americana, um brasileiro e baiano - John Stapp, em 1954 quando alcançou a aceleração de 46,2 g.
TESTES - Para os testes de tolerância g é usada uma cabine que gira usando força centrífuga para simular o aumento da força- g. A Força Aérea Sueca possui um simulador de voo combinado com um centrifugador que serve como treinador para pilotos de Gripen e como laboratório médico, para pesquisas sobre os efeitos das elevadas cargas G nos pilotos.
[vídeo:Alexandre Galante-via:Youtube.com - Enviado em 18/06/2010
Dynamic Flight Simulator da Força Aérea Sueca, usado para o treinamento realista de pilotos do caça Gripen.]
O sistema permite aos pilotos “puxar” 9 g e comandar a aeronave simulada em qualquer atitude de “pitch” e “roll”, com uma experiência muito próxima da encontrada num caça de verdade.
Projetado visando o realismo, o Dynamic Flight Simulator (DFS) fica em Linköping, Suécia, sendo considerado o primeiro equipamento de quarta-geração, um sistema baseado em terra capaz de puxar Gs e replicar as condições de voo de um caça tático moderno.
[foto:http://www.aereo.jor.br]
O DFS é basicamente um mock-up da cabine do Gripen montado na ponta de um braço centrifugador. O sistema representa um enorme salto no treinamento de pilotos e nas capacidades de pesquisas de fisiologia.
O sistema foi projetado pela Wyle Laboratories da California e possui uma série de características para emular o voo com altas cargas G:
[foto:http://www.aereo.jor.br]
Voar um caça rotineiramente, permite ao piloto desenvolver a capacidade de lidar com as condições de alto G. Ele instintivamente firma as pernas e os músculos abdominais, auxiliado pela inflação do traje G (G-suit), que espreme as pernas e o abdômen.
Pilotos também são treinados na respiração anti-G, que consiste de respiração curta, enquanto se mantém os músculos tensionados.
O esforço é essencial para manter o fluxo de sangue na cabeça, enquanto as cargas G aumentam. Se o sangue sai da cabeça enquanto se puxa Gs numa curva, a visão do piloto diminui a partir das bordas, formando a chamada “visão de túnel”.
Altos Gs ou a relaxação da manobra no tempo errado, pode fechar o túnel completamente e mesmo que o piloto tenha os olhos abertos, ele não consegue enxergar nada, além uma tela cinza.
A próxima fase é a do “blackout”, quando o piloto perde totalmente a consciência. Pode levar até um minuto para um piloto conseguir voltar ao normal, depois de sair de um “blackout”.
O DFS é um meio efetivo para os pilotos treinarem a resistência na visão de túnel ou o “black out”, realizando a respiração curta anti-G sob condições controladas.
Alguns pilotos podem aprender rápido, outros demoram mais e 1% deles são reprovados para o voo em caças. Por isso o DFS também é usado para testar a resistência de futuros candidatos a voar o Gripen, que têm que suportar 15 segundos voando sob 9 G, para serem aprovados.
[vídeo - Por:Alexandre Galante - via:Youtube.com - Enviado em 18/06/2010
Flight Physiological Center das Forças Armadas da Suécia possui equipamentos para treinamento das tripulações e pesquisas na área de medicina da aviação.]
Fonte:Aerojor ;wikipedia;Youtube.com
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