30/11/2011

Apesar da concordata, American Airlines amplia operação no Brasil


Apesar da concordata, American Airlines amplia operação no Brasil

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http://www.valor.com.br/sites/default/files/crop/imagecache/media_library_small_horizontal/0/11/755/494/sites/default/files/gn/11/11/foto30pri-601-aa-a1.jpg A AMR, controladora da American Airlines, pediu concordata, com dívidas de US$ 29,5 bilhões. O novo CEO, Thomas Horton(foto), vai negociar.Para o Brasil, mais voos.

O pedido de concordata da AMR Corporation, controladora da American Airlines, anunciado ontem, não vai afetar a operação da terceira maior empresa aérea americana no país, pelo menos no curto prazo. A American opera atualmente a maior quantidade de voos entre o Brasil e os Estados Unidos, 70 por semana. A partir de 15 de dezembro, vai adicionar mais 15 voos durante a alta temporada, até 2 de abril, informa a empresa, que iniciou suas atividades por aqui no dia 1º de julho de 1990.

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"Planejamos iniciar negociações adicionais com todos os nossos sindicatos para reduzir custos trabalhistas para níveis competitivos", afirmou o presidente do conselho de administração e nomeado ontem presidente-executivo da AMR Thomas Horton, em substituição a Gerard Apley, que se aposentou.


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O executivo se referiu a um dos principais motivos que levaram a AMR a entrar no "Chapter 11", o similar americano da Lei de Recuperação Judicial brasileira. No pedido de concordata, a AMR reportou ativos de US$ 24,7 bilhões, mas dívidas de US$ 29,5 bilhões. A empresa, contudo, afirma ter em caixa US$ 4,1 bilhões para manter sua operação e negociar débitos de curto prazo.



A American era a última grande empresa aérea americana que não havia entrado em concordata. Também foi uma das únicas que recusaram ajuda financeira do governo, dentro do um pacote de US$ 15 bilhões, logo após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. De janeiro a setembro, a American acumulou prejuízo líquido de US$ 884 milhões, diante de perdas de US$ 373 milhões do mesmo período do ano passado. Além da American Airlines, o pedido de concordata inclui a regional American Eagle.

"Foi uma surpresa, ninguém imaginava que isso fosse acontecer tão rápido. Todas as outras empresa aéreas tradicionais americanas passaram por processos de concordata. Elas já haviam conseguido renegociar seus contratos com os trabalhadores", afirma o especialista em aviação da consultoria Bain & Company, André Castellini.

O sócio-diretor da consultoria Alvarez & Marsal para a América Latina, Luis de Lucio, concorda que o setor foi pego de surpresa.

"É muito natural o passageiro ter alguma preocupação nesse momento. Mas o maior problema da American é com o custo da folha de pagamento. E ela está com o caixa muito bom para tocar a operação nessa fase inicial", diz de Lucio.

De acordo com ele, a AMR ficará blindada contra execuções judiciais e pedidos de falência durante o período em que estiver em concordata. Geralmente, nos Estados Unidos, diz de Lucio, as companhias têm prazo de 180 dias, a partir da entrada em concordata, para elaborar um plano de reestruturação. "Mas esse prazo pode variar para um ano ou dois, dependendo do entendimento do juiz da complexidade do caso", afirma.

O sócio-diretor da Alvarez & Marsal chama a atenção para o prazo de 60 dias que a American terá para definir com todos os proprietários de aviões, geralmente empresas de leasing, quais aeronaves pretende manter operando e quais planeja devolver. Vencido esse intervalo de tempo, a companhia terá de pagar em dia os arrendamentos, sob pena de ter o avião arrestado, afirma Lucio.

"Tem uma piada que diz que para você ser milionário, primeiro tem de ser bilionário e abrir uma companhia aérea, porque vai perder muito dinheiro", afirma o presidente da Junta dos Representantes das Companhias Aéreas Internacionais no Brasil (Jurcaib), Robson Bertolossi.


Fonte:Valor Econômico-Por Alberto Komatsu | De São Paulo/fotos:Valor;imageshack.us;Airliners.net/Reportagem do Bom Dia Brasil-via :G1.com

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