28/09/2011

Abertura do espaço aéreo chinês a voos de baixa altitude anima novos ricos

Abertura do espaço aéreo chinês a voos de baixa altitude anima novos ricos

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Xangai (China), 27 set (EFE).- A recente abertura gradual do espaço aéreo chinês a voos de baixa altitude em aviões de pequeno porte e helicópteros privados despertou o interesse de empreendedores e o apetite dos novos ricos chineses.

De acordo com o jornal estatal 'China Daily', em Xangai e na província vizinha de Zhejiang, a região mais desenvolvida do país, estão surgindo empresas que desejam se transformar em poucos anos em gigantes do setor, e também clubes de novos ricos que pretendem voar e pilotar para fugir da rotina.

Até agora, o principal obstáculo ao desenvolvimento do setor foi o estrito controle chinês do espaço aéreo, mas em 2010 o Conselho de Estado e a Comissão Militar Central da China emitiram uma circular conjunta para anunciar que parte do espaço nacional seria aberto para voos privados de baixa altitude.

No entanto, ainda é necessário que cada aparelho esteja registrado na Administração da Aviação Civil nacional, que certifica que o modelo está aprovado para o tráfego pelo país.

Além disso, os pilotos devem entregar antes da decolagem um plano de rota preciso com seu horário e seu percurso para cada voo.

'A demanda de serviços privados (de voo) entre as pessoas endinheiradas está crescendo rapidamente, mas a restrição administrativa continua', afirmou o analista Lu Yongguang, da corretora Central China Securities.

Em 2010, havia apenas 1.010 aeronaves privadas registradas na China, em contraste com mais de 330 mil nos Estados Unidos, o maior mercado mundial de aviação geral.

Na China, as restrições sobre as aeronaves e a formação dos pilotos também é rigorosa, embora a principal causa deste contraste, de acordo com Lu, é o uso limitado do espaço aéreo.

Apesar disso, ele destaca que cada vez mais chineses ricos compram seus próprios aviões e querem pilotar.

Em agosto, as autoridades chinesas de aviação civil decretaram as áreas de Alxa e Genhe, nas planícies pouco povoadas da Mongólia Interior, como zonas de abertura experimental a voos privados de baixa altitude.

Além disso, em março, o responsável da Administração da Aviação Civil, Li Jiaxiang, confirmou que o espaço aéreo de baixa altitude será aberto gradualmente nas províncias de Cantão, na ilha tropical de Hainan (sudeste), em Heilongjiang e Jilin (nordeste).

'Cedo ou tarde o céu se abrirá aos pilotos de helicópteros privados. Voamos porque gostamos, não há nenhum motivo sinistro ou ilegal', afirmou Guan Hongsheng, empresário de Wenzhou, cidade muito voltada aos negócios.

Em 2008, Guan fundou um clube na cidade para 'apresentar um estilo de vida saudável e desafiador' a seus amigos do mundo empresarial, novos ricos ansiosos por emoções fortes que ajudem a combater o estresse e a rotina de seus negócios. O clube de Guan oferece aos participantes motos de corridas, três iates e três helicópteros.

Com 44 anos, Guan ficou famoso na província em 2010 quando foi detido com um amigo por pilotar dois helicópteros Rotorway Exec 162F durante 20 minutos sem permissão, o que custou uma multa de US$ 3.130.

'Só queríamos nos divertir, ninguém saiu ferido', disse, após pedir que as normas para voar na China se simplifiquem e se atualizem.


Fonte:EFE-Via:G1.com-por:José Álvarez Díaz./foto:epocanegocios.globo.com

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