Boeing fornecerá armamento para Super Tucano da Embraer
A norte-americana Boeing vai fornecer novos sistemas de armamento para o avião de combate leve Super Tucano, da Embraer, fortalecendo a posição da fabricante brasileira em uma licitação promovida pela Força Aérea dos Estados Unidos.
O novo sistema de armamentos oferecerá um maior alcance inteligente de bombas guiadas por laser e GPS, e atenderão a futuras demandas de clientes, disseram as companhias em comunicado conjunto nesta terça-feira.
O acordo reforça a oferta da Embraer em uma licitação de um contrato da Força Aérea norte-americana fortemente contestado no início deste ano.
A licitação para compra de 20 aviões de combate leve para missões de contrainsurgência no Afeganistão tinha sido vencida pela Embraer, mas foi cancelada e reiniciada.
"Essa integração amplia o conteúdo da proposta apresentada à Força Aérea dos EUA, oferecendo recursos que atendem não apenas aos requisitos do programa LAS (Light Air Support), ou Apoio Aéreo Leve, mas que os superam de forma significativa", disse a Embraer.
O contrato com a Força Aérea dos EUA representaria a entrada da Embraer no importante mercado de Defesa norte-americano, que tem o maior orçamento do mundo. Inicialmente, o negócio é estimado em 355 milhões de dólares.
A Embraer e sua parceria norte-americana Sierra Nevada venceram a disputa em uma rodada anterior de licitação, mas que foi cancelada após uma ação judicial da concorrente Hawker Beechcraft.
A frota de Super Tucano já acumulou mais de 157 mil horas de voo, incluindo 23 mil horas de combate.
A aeronave está certificada para mais de 130 configurações de armamento e já foi selecionada por 10 clientes em três continentes.
O anúncio desta terça-feira é um desdobramento da assinatura de um acordo feito entre Boeing e Embraer em abril para parceria em diversas áreas.
Em 26 de junho, Boeing e Embraer anunciaram cooperação no programa do cargueiro KC-390 da fabricante brasileira.
Nessa frente, as empresas irão compartilhar conhecimentos técnicos específicos e avaliar conjuntamente mercados onde poderão estabelecer estratégias de vendas no segmento de aeronaves de transporte militar de médio porte.
Fonte:REUTERS-(Por Carolina Marcondes e Brad Haynes)
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