American Airlines diminui prejuízo
A American Airlines está cobrando tarifas mais altas e contabilizando uma receita recorde, mas ainda assim registra prejuízos.
A AMR, mantenedora da companhia aérea, informou ontem que reduziu suas perdas no segundo trimestre para US$ 241 milhões, ante os US$ 286 milhões do mesmo período do ano passado.
Os resultados refletiram o peso do custo da reestruturação por que passa a AMR sob o regime de recuperação judicial.
A AMR informou que, excluídos esses custos, a empresa teria computado um resultado positivo de US$ 95 milhões, seu primeiro lucro operacional para um segundo trimestre desde 2007.
O relatório oferece um vislumbre de esperança de volta à lucratividade por parte da American - que tentou, mas não conseguiu, corrigir seus problemas por várias vezes nos últimos dez anos.
A AMR alcançou uma receita trimestral recorde de US$ 6,46 bilhões. Segundo o grupo, o desempenho foi ajudado pelo aumento das viagens corporativas e por acordos com a British Airways, a Iberia e a Japan Airlines.
As tarifas tiveram alta de 7% em relação a igual período do ano passado.
Mesmo com os preços mais elevados, a American e sua afiliada regional American Eagle venderam 85,1% dos assentos de seus aviões, outro recorde da empresa.
O principal executivo da American, Thomas Horton, qualificou o segundo trimestre de "uma época de melhoria excepcional".
A American e a AMR pediram recuperação judicial em novembro, após contabilizarem um prejuízo de mais de US$ 10 bilhões desde 2001.
A companhia aérea pretende reduzir os custos com pessoal e abandonar rotas deficitárias a fim de voltar à lucratividade, ao mesmo tempo em que rechaça investidas não solicitadas de fusão da parte de sua concorrente de menor porte US Airways Group.
Para ser dona de seu próprio destino, a AMR terá de provar a seus credores, sob o regime de recuperação judicial, que pode se sair melhor sozinha do que associada à US Airways.
Os executivos da AMR dizem que estão promovendo uma recuperação rápida. "A atual melhoria reflete apenas uma parcela do nosso avanço na reestruturação em curso", disse Horton. "Embora ainda reste muito a ser feito, prevemos que esse impulso aumente rapidamente na medida em que a nova American ressurgir como líder do setor."
A AMR fixou o objetivo de reduzir os custos anuais em US$ 2 bilhões.
A diretora financeira do grupo, Bella Goren, disse que a AMR está "em estágio avançado" para alcançar essa meta no futuro, mas que o efeito sobre os gastos do segundo trimestre foi "muito pequeno". Ela preferiu não fornecer números.
A empresa prevê que mais de 50% de sua economia de custos virá do fechamento de postos de trabalho e de outras formas de reduzir gastos com pessoal.
A exemplo de outras companhias aéreas, a American pôde respirar quando os preços do querosene de aviação começaram a cair, em abril.
Os gastos da AMR com combustível, apesar disso, aumentaram em relação ao segundo trimestre do ano passado, mas em apenas 0,3% -- ao contrário dos aumentos de dois dígitos observados nos últimos trimestres. Os custos com a folha de pagamento subiram 0,8%.
Fonte:Valor Econômico-Por David Koenig | AP
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