01/12/2010

Boletim Guerra ao Narcotráfico no Rio de janeiro

Presidente eleita Dilma Rouseff quer Exército no Rio até a Copa e planeja espalhar modelo pelo Brasil



Satisfeita com ação no Alemão, presidente eleita já cogita, entre outras medidas, o patrulhamento da Baía de Guanabara pela Marinha

  • Baía de Guanabara patrulhada pela Marinha.

  • Envio de tropas e equipamentos militares para cercar e livrar outras comunidades fluminenses do tráfico e garantir investimentos sociais nesses lugares.

  • Repetição da parceria entre polícias e Forças Armadas em outras capitais com problemas de segurança.

O sucesso da invasão no Complexo do Alemão, no domingo, deixou a presidente eleita, Dilma Rousseff, entusiasmada e vai servir de modelo a novas ações em seu mandato, que acaba cinco meses depois da Copa de 2014.

Quantidade de armas e drogas apreendidas no Rio impressiona até policiais experientes



O Rio de Janeiro foi considerado um excelente "laboratório", com resultados "mais do que satisfatórios", para testar o uso de Exército, Marinha e Aeronáutica no combate ao crime.

Por isso, deve ser repetido.

O tema foi debatido na noite de anteontem em Brasília durante reunião entre o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), o vice-governador, Luiz Fernando Pezão, a presidente eleita e o futuro ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.

O relato do encontro entre o grupo foi feito ao Estado por Pezão. Das três horas de reunião, duas foram ocupadas pela parceria.

"Nós não queremos cargos nem ministério. Queremos ajuda das Forças Armadas na segurança pública e para fazer obras dentro das favelas", disse Pezão.

Segundo o vice-governador, o modelo de parceria entre Exército e polícia deve nortear a política de segurança pública da presidente eleita, que vai suceder dois mandatos presidenciais duramente criticados pela omissão no setor.

"Dilma se mostrou entusiasmada em poder colocar tanto homens quanto equipamentos à disposição. Quando assumiu, o governador Sérgio Cabral disse que até o fim do mandato iria entregar todos os territórios livres de milícias e do tráfico. Esse objetivo se torna mais concreto com a parceria que nos foi oferecida", afirmou Pezão.


Fonte:Estadão/G1

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