09/11/2009

Governo refaz projeto de Congonhas

Governo refaz projeto de Congonhas





Nova proposta diminui desapropriações e altera o uso das pistas; mudanças permitiriam aumentar operações

Um ano depois de anunciar a ampliação das pistas do Aeroporto de Congonhas e a desapropriação de cerca de 2 mil imóveis para a criação de uma área de escape, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, apresentou um novo projeto para o terminal na zona sul de São Paulo.

O plano de remoção das residências, defendido pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) e criticado por associações de moradores, foi redimensionado para um número inferior ao previsto inicialmente.

A ideia agora é remodelar Congonhas a partir da transferência dos hangares localizados às margens da Avenida dos Bandeirantes para o terreno de 185 mil m² da Vasp, anexo ao aeroporto.

As mudanças, explicadas anteontem por Jobim em reunião com representantes da Associação Brasileira de Parentes e Amigos de Vítimas de Acidentes Aéreos (Abrapavaa), em Brasília, foram extraídas do estudo técnico encomendado em julho deste ano pelo Ministério da Defesa.

Até março, a consultoria americana McKinsey & Company entregará ao governo um completo diagnóstico do setor aéreo nacional, que deverá servir para balizar os investimentos para a Copa do Mundo de 2014.

As reformas em Congonhas têm dois objetivos primordiais: aumentar a segurança e, ao mesmo tempo, ampliar a capacidade de operação do terminal, reduzida em mais de 20% - de 44 para 34 movimentos por hora - após a tragédia do voo 3054 da TAM, em julho de 2007.

O novo plano do governo prevê a conversão da atual pista auxiliar em principal, e vice-versa. Com 1.435 metros de extensão, a pista auxiliar é utilizada apenas por aviões de pequeno porte.

O projeto, segundo Jobim relatou às famílias, é deixá-la com comprimento pelo menos igual ao da pista principal de Congonhas - 1.940 metros.

A solução criaria uma margem de segurança tanto em relação ao terminal de passageiros, vizinho da Avenida Washington Luís, quanto em relação à Avenida dos Bandeirantes.

Além disso, a utilização da atual pista principal como acesso para o pátio de aeronaves criaria as chamadas "saídas de alta velocidade", o que permitiria aumentar a capacidade de operação do aeroporto.

Tudo isso sem a necessidade de grandes desapropriações - o custo estimado para remover os cerca de 2 mil imóveis era de R$ 500 milhões.

A transferência dos hangares para o terreno da Vasp está bem encaminhada, avalia o governo.

A Justiça já concedeu a posse da área para a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) - estatal que administra os principais aeroportos do País.

Um administrador judicial foi incumbido de fazer o levantamento dos bens da Vasp que ainda estão no local - como peças e sucata de aviões - e, posteriormente, leiloá-los. Não há prazo para que a área seja liberada para a Infraero.


fonte:O Estado de São Paulo/por :Bruno Tavares

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