15/11/2009

Petróleo no fundo do mar dobra a frota de helicópetros no Brasil

Petróleo no fundo do mar dobra a frota de helicópetros no Brasil
















Nos últimos dias de maio, o anúncio de que a companhia americana Bristow adquiriu parte da mineira Líder Aviação por até US$ 227 milhões chamou atenção para um segmento no Brasil que se prepara para dobrar de tamanho nos próximos dez anos: o transporte aéreo para plataformas marítimas (offshore) de petróleo e gás.
















Feito exclusivamente com helicópteros, o serviço de táxi aéreo offshore vem crescendo de forma expressiva a reboque da expansão das operações da Petrobras, que responde por 90% da demanda.

De 2000 até agora, a frota de aeronaves dedicadas a esse mercado subiu de cerca de 40 para 82, sendo que 74 atendem exclusivamente a estatal brasileira.

Seis empresas aéreas estão em atividade no segmento: Líder, BHS, Omni, Senior, Aeróleo e Helivia.

Para o futuro, as grandes expectativas de quem opera o táxi aéreo offshore recaem sobre a exploração das gigantes reservas de óleo na camada pré-sal nas bacias de Santos, Campos e Espírito Santo.

Ainda há muito por conhecer em relação ao real tamanho dos campos descobertos, mas a Petrobras sozinha estima que dobrará sua produção nacional de petróleo até 2020, dos atuais 2 milhões de barris por dia para 3,9 milhões.

















Dentro desse incremento, 1,2 milhão de barris virão do pré-sal.

O boom da extração e a consequente proliferação de plataformas ao longo do litoral brasileiro por si já justificariam uma ampliação considerável da frota de helicópteros que atendem as petroleiras - Shell, Chevron e OGX são algumas das outras clientes do táxi aéreo, além da Petrobras.

Mas não é apenas o aumento do número de aeronaves que está em jogo.

O perfil da frota também. Porque os reservatórios do pré-sal estão a mais de 300 quilômetros da costa brasileira, o transporte de pessoas e cargas precisará ser feito com helicópteros maiores e mais eficientes.

Embora sejam mais caros, rendem proporcionalmente mais receita e lucro às empresas de táxi aéreo.

Agora, por exemplo, a Petrobras está promovendo duas licitações para contratar novos helicópteros médios e grandes, que devem começar a ser usados ainda neste ano, parte deles nos trabalhos do pré-sal.

Os médios, geralmente, comportam entre dez e 12 pessoas e custam entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões.

Os grandes podem levar 18 passageiros e custam cerca de US$ 25 milhões.

As empresas de táxi aéreo dizem não saber qual o total de aeronaves contempladas nesses dois processos licitatórios, mas estimam um número entre 20 e 30 - sendo que algumas unidades vão substituir uma porção da frota atual.

Contatada pelo Valor, a Petrobras não quis dar entrevista sobre sua demanda por esse tipo de serviço.

A Bristow, maior empresa de táxi aéreo offshore do mundo em número de helicópteros (480), projeta que o Brasil demandará de 30 a 40 novos helicópteros nos próximos cinco anos e mais 30 ou 40 nos cinco anos seguintes. "A frota vai praticamente dobrar na próxima década, o que torna o Brasil um dos maiores mercados de táxi aéreo no mundo", diz Marc Duncan, vice-presidente da companhia para o Ocidente.

O Golfo do México é a região de extração de petróleo offshore que mais concentra helicópteros atualmente.

São cerca de 500, mas, observa Duncan, a maioria de porte muito pequeno.

No mundo, há 1,8 mil aeronaves dedicadas ao segmento offshore.

O interesse no mercado brasileiro de táxi aéreo offshore justificou a compra de 42,5% da Líder, por US$ 227 milhões.

Desse total, US$ 94 milhões foram direto para o bolso dos acionistas que venderam ações e US$ 80 milhões ficarão no caixa da Líder.

Os US$ 53 milhões restantes estão atrelados ao cumprimento de metas financeiras.

A Líder teve receita líquida de R$ 550,6 milhões em 2008, controla 40% do mercado de táxi aéreo offshore no Brasil (ver quadro) e atua também em outras áreas, como venda de aeronaves.

O valor da transação surpreendeu as concorrentes.

A maioria delas, contudo, já conta com participação de grupos internacionais.

É o caso da BHS, Omni e Aeróleo. Pela legislação brasileira, o limite de capital estrangeiro nas empresas aéreas é de 20% do capital votante.

A BHS tem como sócio o grupo canadense CHC, que tem a maior frota mundial em valor de helicópteros.

Décio Galvão, diretor-executivo da empresa, afirma que os investimentos são feitos conforme os contratos são ganhos e, por isso, não há cifras definidas para o Brasil.

Ter um sócio do tamanho da CHC, diz o executivo, permite negociar melhores preços com fabricantes de aeronaves, ter acesso a mais linhas de crédito e ter mais facilidade para conseguir as aeronaves exigidas nas licitações.

Segundo a avaliação de alguns profissionais do setor, a BHS tem boas chances de ser a grande vencedora das atuais licitações promovidas pela Petrobras porque a CHC opera muitos equipamentos de médio e grande portes.

No caso da Omni, a empresa tem entre os sócios o grupo português de mesmo nome. "Os acionistas estão totalmente comprometidos com o Brasil e prontos para investir", diz Rogério Izzo, gerente geral de projetos e novos negócios.

O plano é investir US$ 24 milhões para ampliar a frota de 22 para 26 aeronaves nos próximos 12 meses. A Aeróleo já teve a Bristow como sócia até 2005 e hoje tem capital da americana Era.

Tanto ela quanto a Helivia não deram entrevista. Já a Senior faz parte do grupo Sinergy, do empresário German Efromovich, e pretende manter-se independente o maior tempo possível, afirma José Eduardo Brandão, diretor de vendas da divisão de táxi aéreo do grupo. "Existe hoje uma oportunidade de crescimento que não havíamos tido ainda", diz.

Ele estima que a frota dedicada ao segmento offshore pode triplicar até 2020, chegando a 250 helicópteros. "Há uma demanda reprimida e prova disso é que as aeronaves no Brasil chegam a voar mais de 120 horas por mês, contra 80 horas na média mundial", diz.

A empresa pretende dobrar a frota para 20 helicópteros em 2010.

Entre os desafios das empresas estão formar pilotos para atender à demanda e às crescentes exigências de segurança feitas pelas empresas petroleiras, que seguem diretrizes da associação internacional de produtores de óleo e gás, a OGP.

Segundo Carlos Eduardo Pellegrino, superintendente de segurança operacional da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o índice de acidentes no segmento offshore em 2008 foi de dois, com cinco vítimas fatais, em cem mil horas de voo, o que é "extremamente razoável".

Neste ano não há registro de acidentes fatais.


Transporte de Carga

Os helicópteros podem ser utilizados para extração de madeira ou outros materiais ,em qualquer lugar que apresente dificuldade de acesso ou operacional.

Reduz os impactos ambientais causados pela instalação e necessidade de manutenção de caminhos e estradas e, pelo uso de transporte convencional em terrenos mais sensíveis.

A ação dos helicópteros é apropriada onde há forte influencia de obstáculos topográficos e edáficos, sendo que estas vantagens são substituídas por desvantagens de ordem financeira que passam a fazer parte dos custos decorrentes de exigências .

embora seja uma ferramenta completa e de grande versatilidade ,as operações com carga são sempre acompanhadas de muita atenção e alto risco ,um transporte com carga feito por helicóptero demanda muito treinamento e perícia pois se tratando de carga externa (carga suspensa)cria-se um efeito de pendulo onde o equilíbrio e a pericia são fundamentais.

pois o menor erro pode ser fatal em uma operação deste porte .


veja os videos de uma operação com carga externa para instalação de equipamentos na plataforma P-16 da Petrobras,com uma aeronave SUPER PUMA DA OMNI TAXIAEREO comandada pelo Cmt Rubens Tavares.



logo abaixo podemos ver um exemplo desastroso de um Boeing Chinook com carga externa que se acidenta na Coréia ao tentar instalar um obelísco no alto de uma ponte ,reparem o risco poisa não há pontos de referência em um voo pairado sobre o obstáculo.


OS MAIORES DO MUNDO

Os aviões são normalmente classificados por peso e não por características físicas como o comprimento.

O mesmo é válido para helicópteros. Embora o diâmetro do rotor seja muitas vezes uma medida útil de tamanho de um helicóptero, estes veículos são na maioria das vezes classificados pelo peso máximo de decolagem.


1. Mil V-12: 231.485 libras (105.000 kg)




O maior helicóptero nunca foi construído, é uma enorme aeronave desenvolvida na União Soviética durante a década de 1960 o chamado Mil V-12. O V-12 foi um teste bastante incomum de veículo que apresentou dois rotores montados lado a lado, nas extremidades de um grande ala.

Cada rotor tinha um diâmetro de cerca de 115 pés (35 m).

O helicóptero era tão grande que a distância entre a ponta de um rotor para o outro foi de quase 220 pés (67 m), ainda maior do que em toda a wingspan de um Boeing 747!


Ainda mais notável foi a capacidade de elevação dessa poderosa embarcação.

O V-12 tinha um peso máximo de decolagem de 231.485 libras (105.000 kg), quase o dobro do segundo maior helicóptero, e estabelecer um recorde em 1969 para o transporte de uma carga de 88.635 libras (40.205 kg).

Esses impressionantes números fizeram o V-12 ganhar o recorde como a maior do mundo segundo o helicóptero FAI e do Livro Guinness dos Recordes Mundiais.

Apenas dois protótipos foram construídos, mas apesar da sua impressionante dimensão e elevação de potência, o projeto foi considerado um fracasso pelo seu fabricante e autoridades soviéticas.

O V-12 era simplesmente demasiado grande e difícil de manobrar para ser uma prática máquina.

Um modelo de produção teria sido chamado de Mi-12, mas esses planos foram cancelados após avaliação do teste dos dois veículos.

Um dos protótipos do V-12 foi reformado para a Força Aérea russa no Museu Monino enquanto o segundo é declaradamente alojadas na fábrica perto de Moscou.

2. Mil Mi-26: 123.455 libras (56.000 kg)




Porque o V-12 tinha sido julgado insatisfatória, Mil foi novamente encarregado de conceber um grande helicóptero para uso civil e militar.

O resultado dos Mi-26 foi muito mais compacto do que o V-12 devido a avanços na tecnologia propulsora, fazendo com que o Mi-26 seja muito menos pesado para operar.

Com um peso máximo de decolagem de 123.455 libras (56.000 kg), o Mi-26 é o segundo maior helicóptero do mundo global e a maior de sempre para entrar em produção, bem como o maior a voar hoje.

Embora substancialmente menor do que o V-12, o Mi-26 carrega uma considerável carga útil de até 44.000 libras (20.000 kg).

O Mi-26 tem-se revelado muito mais poderoso e eficiente do que seus antecessores, graças em parte à sua lâmina de oito rotores principais .

Este rotor é de apenas 106 pés (32 m) de diâmetro, em comparação com os 115 pés (35 m) de diâmetro dos rotores utilizados a bordo de outro gigante helicóptero russo, mas pode levantar cargas maiores devido às melhorias nos motores e desenho das lâminas.

Mais de 200 exemplos do Mi-26 foram construídos e o tipo continua em uso em toda a Rússia. Muitos também têm sido vendidos a empresas civis e nações estrangeiros.


3.Mil Mi-6: £ 97.000 (44.000 kg)



A primeira tentativa de criar um enorme heavy-lift helicóptero veio durante meados dos anos 1950 com a introdução do Mi – 6.

Projetado para muitas das mesmas funções, como melhorias do Mi-26 cerca de 25 anos mais tarde, o Mi-6 teve um peso máximo de decolagem de 97.000 libras (44.000 kg) e pode transportar até 24.250 libras (11.000 kg) de carga útil.

O rotor utilizado no Mi-6 foi o mesmo 115 pés (35 m) de diâmetro que seria também usado no V-12.

O Mi-6 foi o maior helicóptero do mundo quando ele foi construído e reteve o título por muitos anos, até o aparecimento do V-12.

O Mi-6 revelou bastante êxito para o seu tempo, como ilustrado pelo grande número construído.

Cerca de 860 foram fabricados entre 1960 e 1981 principalmente para a Força Aérea Soviética e a companhia aérea Aeroflot civil.

Outros modelos também foram exportados para vários aliados soviéticos.

Este helicóptero permaneceu em uso por mais de 40 anos, mas finalmente estão veio a ser progressivamente abandonado. Apesar da sua idade, o Mi-6 continua a ser um notável veículo e um dos maiores helicópteros jamais concebidos.






6. Boeing Vertol MH-47E / G: £ 54.000 (24.495 kg)



O segundo maior é o Boeing Vertol helicóptero CH-47 Chinook também desenvolvida nos Estados Unidos.

O H-47 iniciou o seu desenvolvimento durante o final dos anos 1950 como uma variante alargada do CH-46 Sea Knight e provou ser uma das mais bem sucedidas séries de helicópteros militares pesados de elevador.

O projeto dispõe de uma longa e espaçosa fuselagem alimentada por dois motores de condução de um par de rotores com 60 pés (18,3 m) de diâmetro.

O tipo é muito utilizado para o transporte de tropas, transportando equipamento militares pesados como artilharias lançadas por baixo da fuselagem, e ressuprimento de missões.

Embora os principais usuarios
são os E.U. Exército ea British Royal Air Force, o CH-47 foi vendido para mais de 20 nações, bem como operadores civis.

As únicas maiores versões do H-47 desenvolvidos até à data são os MH-47E e MH-47G modelos de operações especiais.

Enquanto a maioria dos CH-47 variantes têm um peso máximo de decolagem de cerca de £ 50.000 (22.680 kg), o MH-47E / G tenham sido atualizados para 54.000 libras (24.495 kg).

Mais de 1000 Chinooks têm sido construídos até à data mais recente e da produção de CH-47f, MH-47G, e HH-47 modelos continuam hoje.


7. Hughes XH-17: 50.000 libras (22.680 kg)


Chegando como o sétimo maior helicóptero é um único protótipo chamado a XH-17 Sky Crane.

A Sky Crane foi o primeiro helicóptero construído pela Hughes Aircraft, a mesma empresa que tinha construído o barco Behemoth Spruce Goose durante a década de 1940.

Pouco tempo depois, Howard Hughes ficou interessado na tecnologia de helicópteros comprado um design para um gigante de transportes a partir do helicóptero Kellet empresa.

Semelhante ao russo Mi-10, a Sky Crane era equipado com quatro pernas longas para grandes cargas transportadas por baixo da fuselagem.

Construção de um único XH-17 protótipo começou durante o final dos anos 1940 para utilização como um veículo de investigação.

A embarcação foi concluída por 1952 quando ele começou a três anos de um período de teste.

O peso máximo de decolagem jamais tentada a bordo do Sky Crane foi superior a 50.000 libras (22.680 kg), durante um vôo em 1953. However, the research program concluded the design was too large and cumbersome to be useful and no further models were built.

No entanto, o programa de investigação concluiu a sua concepção era demasiado grande e pesado para ser útil e já não há mais modelos foram construídos.

Hughes também desenhou uma alargada denominada variante do H-28 que teria dobrado o peso máximo de cerca de 104.000 libras (47.000 kg), maior desenvolvimento, mas foi cancelada após a experiência adquirida com a XH-17.

8. Sikorsky CH-54: £ 47.000 (21.320 kg)


Um outro projeto americano chamado de Sikorsky CH-54 Tarhe. Tal como o Mi-10 e XH-17, o CH-54 foi um helicóptero desenhado para puxar grandes cargas lançadas abaixo da fuselagem.

À frente desta coluna foi o cockpit com janelas virada para frente e ré permitindo tanto da tripulação para controlar a carga útil.

Esta estrutura mínima de fuselagem do CH-54 fez um desenho muito eficiente da carga compatível com diversos módulos que poderão ser içados em posição atrás da cabine de baixo atrito.


Com um peso máximo de decolagem de 47.000 libras (21.320 kg), o CH-54 foi concebido essencialmente para o transporte de cargas como militar artilharia, veículos terrestres, e outros suprimentos volumosos.

Sua elevação capacidades foram freqüentemente utilizadas durante a Guerra do Vietnã para passar avião abatido ou recuperar aviões e helicópteros.

Um civil modelo chamado de S-64 Skycrane também foi desenvolvido e se tornou popular com a indústria madeireira e para combate a incêndios.

105 desses helicópteros foram construídos, e embora aposentado do serviço militar, vários civis permanecem em uso.

Resumo


Outras ilustrações que demonstram quão grandes são os helicópteros descritos acima é o fato de que nenhum outro helicóptero excede um peso máximo de £ 35.000 (15.875 kg).

A maioria dos helicópteros são bastante pequenos ao lado destes gigantes. Mas mesmo entre esses gigantes, o tamanho diferenciado entre eles é difícil de compreender.

O diagrama seguinte compara o russo V-12 e Mi-26 com o americano CH-53E.

Apesar do seu enorme tamanho em relação a qualquer outro helicóptero Ocidental, o Super Stallion quase parece um brinquedo ao lado os dois maiores helicópteros jamais construídos.







fonte & fotos:Cmt Rubens Tavares/Videos: Cmt Rubens Tavares;Youtube.com

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