Mercado aéreo brasileiro vai dobrar até 2014, diz presidente da TAM
David Barioni Neto diz que preço das passagens no Brasil já está caindo.
O presidente da companhia aérea TAM, David Barioni Neto, disse nesta quarta-feira (9) que o mercado aéreo no Brasil vai dobrar até 2014, ano da Copa do Mundo de futebol no Brasil.
Barioni falou em chat especial a internautas do G1, com o tema "Empresas e soluções para a crise".
Segundo o executivo, serão 120 milhões de passageiros no país nesse ano. "Mas nos 45 dias da Copa o tráfego vai subir muito, vai ser equivalente ao tráfego esperado para 2020".
O executivo diz que o preço das passagens no Brasil já vem caindo, mas que, para que caia ainda mais, é necessário aumentar a oferta e demanda. "Só 8% da população brasileira voam. Na Argentina, esse número chega a 35%", diz ele.
Para Barioni, porém, o país precisa de infraestrutura, como mais pistas de pouso e decolagem e aeroportos. "Sem mais aeroportos, não conseguimos embarcar mais passageiros."
Ele diz que o mercado doméstico de aviação no Brasil cresce a uma taxa de entre 7% e 10% ao ano.
Barioni disse, porém, que neste ano não há previsão de admissão de novos pilotos na TAM. "Estamos com a frota completa", disse ele.
Voos internacionais
O executivo da TAM falou ainda sobre os descontos autorizados pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para os preços de voos internacionais.
Essas passagens tinham antes um piso, preço abaixo do qual não podiam ser vendidas no Brasil, que foi sendo reduzido aos poucos. A política servia como uma espécie de proteção às empresas nacionais contra a competição das aéreas estrangeiras.
"A desvantagem para nós é que temos essa carga tributária imposta pelo país e fica difícil concorrer com empresas estrangeiras que pagam menos impostos", diz Barioni. Ele citou que empresas dos EUA pagam até 7 pontos percentuais menos de impostos que empresas do Brasil, enquanto para empresas do Chile essa diferença chega a 17 pontos percentuais.
De acordo com o executivo, os descontos autorizados pela Anac já fizeram com que algumas rotas não fossem consideradas atraentes pela TAM. "Já cancelamos alguns vôos diurnos de Miami e outros para Europa e África", disse ele.
Respondendo a um leitor que questionou se a TAM lançaria voos ligando cidades como Brasília e Belo Horizonte, fora do eixo Rio-São Paulo, ao exterior, Barioni disse que não há hoje passageiros suficientes para sustentar essas rotas. "Essas rotas não são rentáveis pelos dados de hoje", diz ele.
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