09/09/2009

Mercado aéreo brasileiro vai dobrar até 2014

Mercado aéreo brasileiro vai dobrar até 2014, diz presidente da TAM


Vôo 3054 TAM - Foto do Jato que acidentou - PR-MBK A320-233



Durante Copa, tráfego vai ser equivalente ao de 2020, segundo executivo.

David Barioni Neto diz que preço das passagens no Brasil já está caindo.

Do G1, em São Paulo



O presidente da companhia aérea TAM, David Barioni Neto, disse nesta quarta-feira (9) que o mercado aéreo no Brasil vai dobrar até 2014, ano da Copa do Mundo de futebol no Brasil.

Barioni falou em chat especial a internautas do G1, com o tema "Empresas e soluções para a crise".

Segundo o executivo, serão 120 milhões de passageiros no país nesse ano. "Mas nos 45 dias da Copa o tráfego vai subir muito, vai ser equivalente ao tráfego esperado para 2020".

O executivo diz que o preço das passagens no Brasil já vem caindo, mas que, para que caia ainda mais, é necessário aumentar a oferta e demanda. "Só 8% da população brasileira voam. Na Argentina, esse número chega a 35%", diz ele.

Para Barioni, porém, o país precisa de infraestrutura, como mais pistas de pouso e decolagem e aeroportos. "Sem mais aeroportos, não conseguimos embarcar mais passageiros."

Ele diz que o mercado doméstico de aviação no Brasil cresce a uma taxa de entre 7% e 10% ao ano.

Barioni disse, porém, que neste ano não há previsão de admissão de novos pilotos na TAM. "Estamos com a frota completa", disse ele.

Voos internacionais

O executivo da TAM falou ainda sobre os descontos autorizados pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para os preços de voos internacionais.

David Barioni, presidente da TAM (Foto: G1)

Essas passagens tinham antes um piso, preço abaixo do qual não podiam ser vendidas no Brasil, que foi sendo reduzido aos poucos. A política servia como uma espécie de proteção às empresas nacionais contra a competição das aéreas estrangeiras.

"A desvantagem para nós é que temos essa carga tributária imposta pelo país e fica difícil concorrer com empresas estrangeiras que pagam menos impostos", diz Barioni. Ele citou que empresas dos EUA pagam até 7 pontos percentuais menos de impostos que empresas do Brasil, enquanto para empresas do Chile essa diferença chega a 17 pontos percentuais.

De acordo com o executivo, os descontos autorizados pela Anac já fizeram com que algumas rotas não fossem consideradas atraentes pela TAM. "Já cancelamos alguns vôos diurnos de Miami e outros para Europa e África", disse ele.

Respondendo a um leitor que questionou se a TAM lançaria voos ligando cidades como Brasília e Belo Horizonte, fora do eixo Rio-São Paulo, ao exterior, Barioni disse que não há hoje passageiros suficientes para sustentar essas rotas. "Essas rotas não são rentáveis pelos dados de hoje", diz ele.

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