25/06/2009

Ônibus Espacial Russo Buran

Ônibus Espacial Russo Buran, que fim levou?


Fonte: Space Research Web Site

ussrflag.gif (16177 bytes)A história do Buran, a primeira espaçonave reutilizavel desenvolvido pela União Soviética, é um fascinante projeto dos dias finais da corrida espacial e da guerra fria onde os bilhões de dólares foram investidos em um jogo do para decidir quem era o melhor com os Estados Unidos que resultaram na incrível realização humana no espaço.

Quase idêntico na aparência aos "shuttles" (ônibus espaciais) dos americanos, Buran (russo para 'Tempestade de neve" ), utilizava todos os recursos da indústria soviética para projetar esta nave espacial avançada e seu "foguete monstro" o veículo lançador, Energia.

14 Buran foram projetados mas somente dois voaram antes que o programa fosse cancelado devido ao perestroika e à falta total de financiamento. Buran 002 foi equipado com seus próprios motores e voou horizontalmente para testar sistemas do vôo da nave e os sistemas automatizados originais da aterrissagem.

Fez um total de 25 vôos sub-orbitais. Buran 101 foi lançado com o foguete Energia em 15 de novembro de 1988 quando orbitou a Terra duas vezes em um vôo histórico, totalmente automatizado, não pilotado, antes de fazer uma aterrissagem perfeita no aeródromo do jubilee no Cosmodromo de Baikonur no Kazaquistão.

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Buram e Energia

Buran (do russo Бура́н, que significa nevasca ) é o nome da primeira nave espacial reutilizável construída durante o programa espacial da União Soviética. A construção da espaçonave foi uma resposta ao projeto Space Shuttle da agência espacial dos EUA, que concebeu os veículos espaciais reutilizáveis.

Buran (do russo Бура́н, que significa nevasca ) é o nome da primeira nave espacial reutilizável construída durante o programa espacial da União Soviética. A construção da espaçonave foi uma resposta ao projeto Space Shuttle da agência espacial dos EUA, que concebeu os veículos espaciais reutilizáveis.

Para a URSS, o projeto americano tinha a finalidade de portar armas nucleares, e contava com a capacidade única de poder fazer manobras no espaço, mudando o rumo e permitindo ataques imprevisíveis ao inimigo. Essa capacidade precisaria ser igualada pela União Soviética.

Apesar do ceticismo em relação a concepção do veículo reutilizável pela indústria aeroespacial, o governo soviético autorizou a construção de um ônibus espacial em 1976.


Buran em 1987.

A construção do veículo só começou em 1980. Em julho de 1983 foi feito o primeiro teste, num voo suborbital. Nos anos seguintes foram feitos cinco voos com o modelo em escala do Buran. Em 1984 foram feitos os primeiros testes aerodinâmicos. O último teste aerodinâmico foi feito em abril de 1988, completando 24 voos de testes.

O Buran só foi ao espaço duas vezes, no voo suborbital de julho de 1983, e no dia 15 de novembro de 1988. Ele foi impulsionado pelo poderoso foguete Energia, partindo do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. O vôo foi totalmente automático e sem astronauta, guiado por controle remoto e pelo sistema de computadores. O sistema de sustentação do ônibus espacial não foi testado, o que obrigou os engenheiros a realizarem um voo sem tripulação.

A duração da missão foi de 1 hora e meia, completando duas órbitas em torno da Terra. O veículo ficou a uma distância de 256 km da superfície terrestre. O curto vôo foi o resultado da pouca capacidade de memória dos computadores do Buran. O software estava programado para controlar o lançamento, as atividades em órbita e o pouso. A limitação obrigou os engenheiros a programar o veículo espacial a realizar duas voltas em torno da Terra.

Apesar do primeiro vôo não ter sido tripulado, o desempenho da nave causou otimismo no programa espacial soviético. Das 38 mil placas protetores de calor que protegiam o Buran, somente 5 se desprenderam do veículo.

Porém, o financiamento para o projeto espacial foi cortado. Apesar do projeto só ter sido cortado oficialmente em 1993 pelo presidente russo Boris Yeltsin, o trabalho para a construção dos veículos tinha sido paralisado bem antes dessa data. Outros dois veículos estavam em construção. O Ptichka (pássaro pequeno, em russo) foi programado para ser concluído em 1990. O terceiro, estava programado para ser concluído em 1992. Em novembro de 1995, os dois veículos foram desmontados no mesmo local da sua produção.


Buran em exposição pública.

Buran acoplado num Antonov An-225 em Le Bourget, perto de Paris.

Representação artística do Buran acoplado ao foguete Energia.
Buran, o triste fim do único Ônibus Espacial Soviético a ir para o espaço.

O único Ônibus Espacial que foi para o espaço, o Buran, juntamente com o Energia, o seu foguete lançador, foram destruídos pelo desabamento do teto do hangar onde estavam armazenados. O desastre aconteceu em 2001, durante a restauração do hangar 112 e matou 7 trabalhadores.


Depois do colapso da USSR em 1991, os orçamentos minguaram. Assim, o projeto Buran-Energia foi uma das vítimas, apesar da intenção de levá-lo adiante. Finalmente, com o fim da guerra fria, os militares russos decidiram que não havia mais motivo para continuar torrando dinheiro num veículo espacial reutilizável.



Em 1993, o financiamento estancou tão completamente, que não havia dinheiro nem para encerrar o projeto. Além disto, nenhum dos burocratas teve coragem de encerrá-lo definitivamente, para não escancarar que os 18 anos despendidos em desenvolvimento e pesquisa haviam sido inúteis.



O Buran se tornou propriedade do Casaquistão. Os modelos de teste permaneceram alguns anos em hangares, de onde foram removidos para aproveitamento de espaço. O Hangar 112, onde o Buran versão 1.01 e o lançandor Energia estavam armazenados, foi aberto ao público, porém, devido à falta de manutenção, foi fechado em maio de 2002.





A restauração do telhado começou em setembro de 2006, mas durante a reforma, o telhado desabou matando 7 trabalhadores. A localidade de Baikour no Casaquistão, onde está o Buran, é uma terra árida, que recebe chuva apenas alguns dias durante o ano. Esta foi uma das razões pelas quais as autoridades russas escolheram este lugar para a localizar o cosmódromo soviético.



O clima continental de Baikour é muito quente no verão, superando os 40 ºC e muito frio no inverno. Por isto, apesar da construção ser termicamente isolada, não tem nenhuma proteção contra a chuva. O material usado como isolador é uma espécie de espuma que se expande na presença de água. Como o ano de 2006 foi extremamente chuvoso, o telhado “inchou” sobremaneira, foi quando os trabalhadores correram para consertá-lo, sem conseguir evitar que ele desabasse em virtude do peso excessivo.



Nenhuma parte deste projeto foi reutilizada até hoje, exceto os motores do primeiro estágio do Energia (foguete Zenith), que equipava o lançador marítimo. Depois de tudo, fica parecendo que todo o duro trabalho feito por engenheiros, técnicos e trabalhadores, foi uma lamentável perda de tempo.

O Buran e o Energia, que foram feitos para brilhar no espaço mostrando o poderio Soviético, finalmente morrem na terra por inanição financeira.

2 comentários:

  1. Nossa imprensa pouco ou nada comenta sobre o que a Russia ou a a ex URRS faziam ou ainda fazem, pra eles o mundo se reume a Inglaterra, EEUU, França etc... no entanto eles tem tanta ou até mais tecnologia que os Ocidentais, infelizmente nós somos colonizados culturalmente pelos EEUU e seus aliados, não nos deixaram ver o outro lado, é uma pena!!!

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  2. Concordo com o amigo, é muito pouco mostrada a tecnologia Russa.

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