Primeiros indícios apontam para falha técnica em acidente de avião na Rússia
Os primeiros indícios apontam para uma falha técnica como a causa mais provável do acidente no qual morreram 50 pessoas na queda de um avião Boeing 737-500 no aeroporto da cidade russa de Kazan, capital da república da Tartária, no domingo.
O piloto do aparelho, Rustem Salijov, decidiu abortar a primeira tentativa de aterrissagem e fazer uma segunda, após o que informou à torre de controle do aeroporto que o avião não estava pronto para chegar.
O Comitê de Instrução (CI) russo, que abriu uma investigação sobre o acidente, disse que as causas que levaram o piloto a desistir da primeira tentativa de aterrissagem e dar uma segunda volta são desconhecidas.
O chefe regional para Transporte do CI, Aleksandr Poltinin, disse que a investigação trabalha com "duas versões principais: uma falha de pilotagem e fatores técnicos".
As companhias aéreas Tartária, que exploravam o aparelho acidentado em regime de aluguel da búlgara Bulgarian Aviation Group, asseguraram que o avião estava em boas condições técnicas, e que tinha sido revisado várias vezes no dia do acidente, no qual já tinha realizado outros três voos.
O Boeing acidentado, o menor da série 737, entrou em serviço em 1990 e a Tartária, que o explorava em conceito de arrendamento desde 2008, era a sétima companhia que o utilizava.
Uma jornalista que tinha viajado horas antes do acidente no mesmo avião de Kazan a Moscou disse à televisão russa que os passageiros se assustaram muito devido às fortes vibrações do avião durante a manobra de aterrissagem na capital russa.
Avião que caiu na Rússia havia sofrido grave acidente no Brasil
[foto:Alexandre Barros - Aviação Brasil]
O avião que caiu no domingo no aeroporto de Kazan, na Rússia, havia pertencido durante 23 anos a sete companhias aéreas, entre elas a Rio Sul, com a qual sofreu um grave acidente no Brasil em 2001, segundo a imprensa.
O Boeing 737-500, procedente de Moscou, que caiu no domingo à noite no aeroporto de Kazan e pegou fogo vitimando todos os seus ocupantes ( 44 passageiros e seis membros da tripulação ), já havia sofrido um acidente no Brasil a muitos anos atrás.
A aeronave da companhia russa Tatarstan, que fez o primeiro voo em 1990, teve como primeiro proprietário a companhia aérea francesa Euralair Horizons, que fechou em 2005, e a Air France durante três anos, segundo o site AirFleets.fr.
Passou então ao controle da Uganda Airlines durante quase cinco anos e depois, durante três anos, pertenceu à brasileira Rio Sul.
Depois passou pela romena Blue Air e pela Bulgaria Air, antes de ser adquirida pela russa Tatarstan.
Em dezembro de 2001, quando pertencia à Rio Sul, sofreu um grave acidente durante o pouso no aeroporto de Belo Horizonte, que não provocou vítimas, segundo a agência Itar-Tass, que cita a imprensa brasileira.
Sob forte chuva, o avião, que transportava 108 pessoas, tocou no solo antes da pista, subiu e voltou a cair brutalmente na pista, quando parte do trem de pouso quebrou.
A aeronave deslizou sobre o motor situado na asa esquerda durante 1,7 km antes de parar.
O avião passou por profundos reparos antes de voltar a ser colocado em serviço.
O acidente anterior no Brasil
- Data: 17.12.2001
- Aeronave: Boeing 737-53A
- Operador: Rio Sul Serviços Aéreos Regionais
- Prefixo: PT-SSI C/n / msn: 24785/1882
- Primeiro voo: 18.06.1990
- Motores: 2 CFMI CFM56-3B1
- Ocupantes: 102 passageiros e seis triputantes
- Local do acidente: Aeroporto Internacional de Belo Horizonte - Tancredo Neves
- Fase: Pouso
- Aeroporto de partida: Rio de Janeiro-Santos Dumont, RJ
- Aeroporto de destino: Belo Horizonte-Cofins, MG
Fonte: EFE via UOL Notícias ;AFP via UOL Notícias - Vídeo: AFP -via:desastresaereosnews
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