Azul assume marca na fusão com Trip que deixa de existir
Por: Luciano Palumbo
A holding Azul Trip S.A. , criada a partir da fusão operacional entre a Azul Linhas Aéreas Brasileiras e da Trip Linhas Aéreas - as empresas ainda aguardam a definição do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), para unificar as operações - anunciou suas primeiras ações em São Paulo.
A decisão foi tomada a partir de uma pesquisa de mercado com foco na penetração e lembrança de marca em diversos aeroportos.
A companhia já apresenta uma estrutura robusta. No total são 840 voos, 115 aeronaves e nove mil colaboradores.
Desde o dia 10 de setembro, 100 aeroportos nacionais já recebem os voos da "nova" Azul. "A companhia já nasce como a terceira maior força da aviação nacional", disse o CEO da Azul, José Mario Caprioli.
Caprioli disse ainda que "todos os voos até aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) - serão operados por code share.
A operação unificada encurtará distâncias e reduzirá o tempo de voo, possibilitando que mais pessoas utilizem o transporte aéreo”.
Na busca da melhoria dos serviços, a Azul anunciou que vai investir na ampliação dos serviços prestados aos passageiros. "Vamos priorizar o mercado nacional. O Brasil tem muito para crescer em malha doméstica e nós podemos ganhar com a ampliação dos nossos serviços", disse. Atualmente o foco da companhia é o atendimento doméstico.
Internacional - Caprioli afirmou que a companhia tem interesse no mercado internacional e não descarta o pedido de rotas junto à Anac nos próximos meses. "Temos interesses em voar para países próximos, que façam fronteira com o Brasil", disse.
Segundo o executivo, a empresa aprecia países internacionais de 'tiro-curto'. "Pensamos em rotas para o Paraguai, Colômbia, Guianas, Uruguai e Buenos Aires. Esses são os tipos de voos que nos interessa", emendou.
Confira abaixo as declarações de Caprioli durante o lançamento da nova Marca Azul para o mercado de aviação nacional.
Mercado e Eventos - Como foi a escolha do nome Azul?
- Caprioli - O nome TRIP na comunicação visual aos passageiros e nas aeronaves será descontinuado, permanecendo apenas uma referência visual da companhia regional no novo logotipo. A nova identidade visual da empresa deverá ser vista apenas na folheteria e nos cartões de visita das companhias, enquanto as autorizações não saem.
- Mercado e Eventos - Como fica a mudança com a nova marca, qual a representatividade?
- Caprioli - O novo logotipo da Azul passará por modificações. A letra U, na palavra Azul, será grafada com um tom da cor azul contrastante das demais letras A, Z e L. O objetivo é remeter ao logotipo atual da TRIP, que tem a letra I grafada em tonalidade diferente das demais letras da marca. Segundo executivos presentes no anúncio da nova marca, o objetivo de grafar a letra U com um tom diferente é também mostrar a união das duas empresas. Com relação aos uniformes, os atendentes de check in, por exemplo, adotarão o uniforme da TRIP, já os funcionários de manutenção usarão os uniformes da Azul.
- Mercado e Eventos - Como ficam os code shares a partir de agora? Caprioli - Devemos iniciar o acordo de compartilhamento de voos entre 20 e 30 de outubro. Já temos a autorização para o code share da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) desde o dia 20 de agosto. Além disso, já existem 380 pedidos de alteração de horários de transporte que correspondem a toda a malha de voos da Azul e da TRIP, combinada. Atualmente, juntas as companhias operam em torno de 800 voos diários. O code share entre as duas companhias funciona como uma espécie de preparação para a futura fusão operacional. Nosso desejo é fazer com que o passageiro perceba a integração total das duas companhias até o fim deste ano, mas tudo vai depender das aprovações da Anac e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
- Mercado e Eventos - Com relação a TAM, como será a partir desta unificação?
- Caprioli - O code share firmado entre a TAM e a TRIP continua. Hoje não temos interesse em romper com o compartilhamento. A relação entre as duas companhias deve continuar ainda por um longo período. Todos os interesses das duas companhias, mesmo com o processo de fusão, não interferem na operação da Azul.
- Mercado e Eventos - Como será a operação das duas companhias em relação à frota?
- Caprioli - Azul e Trip permanecem operando de forma independente até a obtenção da autorização definitiva das autoridades. As duas companhias deverão encerrar o ano com 116 aviões, sendo que atualmente a frota combinada conta com 114 aeronaves. Até o fim do primeiro semestre de 2013, será efetivada a devolução dos aviões mais antigos das duas companhias. São nove modelos Embraer 175 e sete turboélices ATR 42-300. Os jatos Embraer 175 serão substituídos pelos modelos da família Embraer 190 e 195. Já os turboélices serão trocados por uma versão mais nova, o ATR 72-600.
- Mercado e Eventos - Qual será o investimento para frota?
- Caprioli - O investimento agora é da holding. Vamos investir US$ 342 milhões, o equivalente a R$ 684 milhões, para trazer 12 aeronaves de setembro deste ano até abril de 2013.
Fonte:Mercado e Eventos-reportagem de
: Luciano Palumbo/Foto:
embarquenordeste.com.br
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