14/09/2012

EADS e BAE Systems discutem fusão


EADS e BAE Systems discutem fusão para criar o maior grupo de defesa e segurança do mundo 


 A britânica BAE Systems anunciou nesta quarta-feira que está negociando com a EADS, controladora da Airbus, uma possível fusão para criar uma potência nos setores aeroespacial, de defesa e de segurança.

 Os acionistas da BAE teriam 40 por cento da companhia combinada, e os da EADS ficariam com 60 por cento, disse a companhia britânica em comunicado. “A possível combinação criaria um grupo aeroespacial, de defesa e de segurança de primeira linha, com substanciais centros de fabricação e excelência tecnológica na França, Alemanha, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos”, explicou a fabricante. 

 As duas companhias têm um longo histórico de colaboração e são parceiras em vários projetos, e o negócio poderia fazer a BAE voltar a ter interesse na Airbus e suas fábricas britânicas, após ter vendido 20 por cento de participação em 2006. Juntas, BAE e EADS terão vendas combinadas de cerca de 72 bilhões de euros –com base em números de 2011– e 220 mil funcionários no mundo. 

 As companhias disseram que estão deixando os governos ao redor do mundo a par do negócio por causa da natureza sensível do segmento de defesa em uma ampla gama de países, dos Estados Unidos à Arábia Saudita e Austrália.

 Elas afirmaram que algumas atividades de defesa seriam reestruturadas em acordo de governança adequados em razão das respectivas importâncias estratégicas, principalmente nos Estados Unidos, dada a importância deste mercado para o grupo combinado. 

 A fusão não deve aumentar as preocupações antitruste nos Estados Unidos diante da receita baixa em serviços militares que a EADS tem no país, de acordo com duas fontes familiarizadas com o assunto.  fontes disseram que a fusão vinha sendo alvo de negociação havia vários meses. O consultor em defesa Loren Thompson afirmou que a fusão entre as companhias europeias criaria um nome forte tanto em produtos comerciais quanto militares, o que a Boeing tentou por anos. 


 Fonte: Reuters0-Via: CAVOK/Foto:online.wsj.com

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