29/08/2012

ANAC vai pressionar aéreas por melhor qualidade


ANAC vai pressionar aéreas por melhor qualidade 

Fachada do prédio da Anac, no Lago Sul

 Segundo jornal, agência vai propor novas medidas para forçar as empresas de aviação a melhorarem a qualidade de seus serviços.

 O governo brasileiro quer que a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) siga os passos de sua irmã das telecomunicações - Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) – e pressione as operadoras de aeroportos a aumentar a qualidade de seus serviços. 

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a ANAC está estudando novos parâmetros de qualidade para identificar os casos sistemáticos de desrespeito aos direitos dos passageiros. 

E caso as companhias não cumpram as novas exigências, as punições serão multas pesadas. Danielle Crema, superintendente de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado da agência, disse ao jornal que serão levados em conta que problemas externos ocorrem, como atrasos e cancelamentos de voo causados pelo mau tempo. 

A necessidade de se tomar medidas para melhorara satisfação dos passageiros com as companhias aéreas já estava na pauta da Anac desde o ano passado, quando sua área técnica começou a trabalhar em novas normas que serão encaminhadas à diretoria nos próximos dias e depois entrarão em audiência pública. "Em vez de olhar a conduta em cada caso, vamos olhar o comportamento da empresa em situações semelhantes. Isso implica estabelecermos multas maiores às empresas para termos a repercussão que queremos", disse Danielle. Entre as novas propostas está a diminuição do tempo em que o passageiro é ressarcido em caso de perda de bagagem, passando-o de 30 para 7 dias. 

A ideia é que, com o maior rigor da agência e a possibilidade de altas multas, as empresas sejam mais eficientes. Reclamações - Nos Procons de São Paulo e do Rio de Janeiro o número de reclamações contra companhias aéreas tem subido e as empresas TAM e Gol, líderes de mercado, também são as campeãs de descontentamentos. 

O site [Reclame Aqui], especializado em receber queixas de consumidores, registrou em 12 meses mais de 12 mil reclamações contra as seis maiores aéreas brasileiras. 

 De acordo com o assessor-chefe do Procon de São Paulo, Renan Ferraciolli, ouvido pelo jornal, isso mostra que a qualidade dos serviços não acompanhou o crescimento estrondoso da utilização do transporte aéreo no Brasil. 

Ele lembra ainda que muitas companhias não têm respeitado nem mesmo os direitos básicos já estabelecidos, a exemplo da acomodação quando há atrasos excessivos. 

 O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) afirmou que as companhias não são contrárias a novas regras, mas ressalta que elas não podem ser punidas por ineficiências da infraestrutura aeroportuária, como esteiras de devolução de bagagem defeituosas.

Fonte:Revista Veja online

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