Ministro prevê queda das taxas de serviço em aeroportos privatizado
O ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, disse nesta segunda-feira(25/06/2012) que a concorrência nos aeroportos por meio da entrada da iniciativa privada deve fazer com que as taxas cobradas por serviços operacionais sejam reduzidas em cerca de 21%, o que deverá ser repassado ao consumidor.
Entre esses serviços estão operações relacionadas a pousos, decolagens e abastecimento, entre outras.
“A concorrência ajuda a reduzir as tarifas”, afirmou durante almoço com empresários em São Paulo, promovido pelo Grupo de Líderes Empresarias (Lide).
Bittencourt ressaltou que o setor der um salto nos últimos anos. Em 2003, 71 milhões de pessoas viajaram de avião no país, enquanto no ano passado o número aumentou para 180 milhões de passageiros.
Atualmente, a média de viagens aéreas no Brasil é de 0,3 por habitante, enquanto em países mais desenvolvidos essa taxa chega a 1,7.
Para acompanhar o crescimento da demanda o ministro acredita que os aeroportos precisarão triplicar a capacidade atual até 2030.
No Brasil, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), existem 727 aeródromos públicos (outros 2.689 são privados).
Desses, 129 recebem voos comerciais.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) administra 62 aeroportos e concedeu recentemente a operação de quatro deles – São Gonçalo do Amarante (RN), Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília – à iniciativa privada.
Passageiros beneficiados
Para Wagner Bittencourt, os contratos de concessão devem possibilitar a redução das tarifas aeroportuárias cobradas dos passageiros.
Ele lembra que as empresas devem desenvolver empreendimentos comerciais no entorno dos aeroportos, que atualmente não são explorados, como hotéis e centros de negócios.
“São estruturas que permitem ganhos com vários serviços não tarifários.
Esses parceiros são uma forma de reduzir tarifas”, afirma, ressaltando que a competição do setor privado deve melhorar a qualidade dos aeroportos para os passageiros.
Bittencourt ressaltou ainda que as parcerias público-privadas (PPPs) devem ser utilizadas como instrumentos para aumentar a qualidade de serviços prestados.
“Vejo interesse das empresas de carga aérea, por exemplo, em aumentar a atividade inclusive em aeroportos de médio porte”, disse, garantindo que o setor privado também possui interesse em cidades fora do eixo Rio-São Paulo-Brasília. “Nosso planejamento prevê investimento em cidades que terão sua capacidade esgotada nos próximos anos.”
Fonte:Valor Econômico
Foto:Jornal de Guarulhos
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