Embraer entrega nova proposta para licitação da Força Aérea dos EUA
SÃO PAULO - A Embraer entregou, no dia 18, proposta para a licitação da Força Aérea dos Estados Unidos, voltada ao fornecimento das aeronaves Super Tucano.
Segundo Luiz Carlos Aguiar, presidente-executivo da Embraer Defesa e Segurança, os requisitos americanos não mudaram, mas estão sendo realizadas análises sobre as experiências dos clientes com a aeronave. “Nesse item devemos ter uma pontuação melhor do que a concorrente”, afirmou.
No início deste ano, a Força Aérea americana informou o cancelamento do contrato de US$ 355 milhões com a Embraer para fornecimento dos 20 aviões Super Tucano, citando “problemas com a documentação”.
O negócio seria o primeiro contrato da fabricante brasileira com a Defesa americana.
O Super Tucano acumula um total de 182 encomendas na América Latina, África e Sudeste Asiático, das quais 158 foram entregues. Destas, 99 destinaram-se à Força Aérea Brasileira (FAB), detentora do projeto.
A Embraer projeta um mercado potencial de US$ 3,5 bilhões para a classe do Super Tucano, algo em torno de 300 aeronaves.
Boeing
O acordo de cooperação assinado hoje entre a Embraer e a Boeing tem como um dos principais pontos a análise de mercados que não haviam sido considerados nas projeções iniciais para o KC-390, projeto da Força Aérea Brasileira.
Entre os países não levados em conta estão os Estados Unidos, o Canadá, a Índia e a Rússia. “Mas isso não quer dizer que todos esses serão incluídos nessa nova parceria”, afirmou Aguiar.
Segundo ele, um dos principais pontos do acordo é rever a decisão que a companhia tinha tomado de não estar nesses mercados.
O executivo, porém, não especificou quais novos mercados estão sendo analisados como foco da companhia.
Em sua análise inicial, a Embraer retirou das projeções países que produzem aeronaves semelhantes ao KC-390 e os que compram produtos semelhantes dos concorrentes.
Na época, o levantamento da empresa mostrou um mercado potencial global para 2.000 aeronaves nos próximos 20 anos, sendo que, com países excluídos, a brasileira poderia disputar um mercado potencial de 700 aeronaves.
As projeções apontavam que a Embraer conseguiria atingir de 15% a 20% desse mercado.
Com a parceria com a Boeing, esse número deve crescer, mas a empresa não especifica o quanto. “Existe uma sinergia comercial muito clara entre as empresas no que diz respeito à comercialização”, afirmou Dennis Muilenburg, presidente da área de defesa, espaço e segurança da Boeing.
Segundo Aguiar, o acordo “não necessita de remuneração das partes”. O executivo enfatizou, no entanto, que alguns termos que envolvem essa questão ainda não foram detalhados.
Segundo a companhia brasileira, a cooperação para o programa é parte do acordo assinado entre as duas empresas no início deste ano, quando anunciaram atuação conjunta em algumas áreas, como biocombustíveis para aviação.
Fonte:Valor Econômico-por: (Vanessa Dezem | Valor)
Fotos:Cavok;defenseindustrydaily.com
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