01/01/2012

Obama promulga novas sanções contra o Irã



Obama promulga novas sanções contra o Irã




Medidas foram incluídas em proposta de lei de defesa de US$ 662 bilhões.

Segundo autoridades americanas, assinatura foi feita neste sábado (31).


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, promulgou neste sábado (31) novas e duras sanções contra o banco central e o setor financeiro do Irã, em um movimento que poderá aumentar a tensão entre Washington e Teerã.



As medidas, que visam a castigar a República Islâmica por seu programa nuclear, foram incluídas em uma proposta de lei de defesa de US$ 662 bilhões, que, segundo as autoridades americanas, foi assinada por Obama, apesar das reservas sobre seu impacto na política do Irã de determinar a prisão de suspeitos de terrorismo.

As companhias estrangeiras deverão escolher entre fazer negócios com o banco central e o setor financeiro e petroleiro do Irã ou com os Estados Unidos.
Os bancos centrais estrangeiros que negociam com o BC iraniano em transações de petróleo poderão enfrentar restrições similares sob a nova lei.
Obama manifestou em um comunicado publicado quando promulgou a lei sua preocupação de que esta interfira em sua autoridade constitucional para realizar negociações com governos estrangeiros, ao ver atada sua capacidade de manobra.
A proposta de lei, que foi aprovada por ampla maioria no Congresso, reserva um pequeno espaço de atuação para Obama, ao conceder a ele um prazo de 120 dias para denunciar o acordo.

As tensões começaram logo após o governo de Teerã ter anunciado que fecharia o Golfo de Ormuz caso fossem aprovadas novas sanções contra o Irã.

Na quinta-feira,( 29), após o aviso dos Estados Unidos contra o fechamento do Estreito de Ormuz,um comandante da Guarda Revolucionária iraniana afirmou que: "nossa resposta a ameaças são ameaças". "Não temos dúvidas sobre nossa capacidade de colocar em prática estratégias defensivas para proteger nossos interesses vitais. Vamos agir mais decisivamente do que nunca", disse o vice-comandante da Guarda, brigadeiro-general Hossein Salami, à agência de notícias Fars.

o Irã declarou que seria "realmente muito fácil" para o país fechar o Estreito de Ormuz, via crucial para o transporte de petróleo do Golfo Pérsico. Já a Quinta Frota dos Estados Unidos, sediada no Bahrein, deu um recado claro: não vai permitir o bloqueio do tráfego de navios por meio do Estreito de Ormuz.

Em entrevista na à iraniana Press TV, o almirante Habibollah Sayari, chefe da Marinha iraniana, disse que fechar o estreito seria mais fácil "que beber um copo d''água". "Mas hoje não precisamos (fechar) o estreito porque nós temos o Mar de Omã sob controle, e podemos controlar o tráfego." Sayari falou no momento em que o Irã está no meio de exercícios navais de dez dias em águas internacionais, ao leste do Estreito de Ormuz, no Golfo de Omã.

Fonte:Valor Econômico;Reportagem do Jornal das Dez /Globo News-com informações da Dow Jones.

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