SÃO PAULO - A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) anunciou ontem à noite a suspensão temporária da encomenda de 20 aviões de combate feita à Embraer no fim de dezembro.
O contrato inicial está estimado em US$ 355 milhões e prevê a compra imediata de 20 aviões militares Super Tucano.
A medida foi tomada diante da contestação judicial apresentada pela fabricante de aeronaves Hawker Beechcraft Corp., junto a um tribunal federal americano, relativa ao resultado da concorrência.
A Embraer, em parceria com a americana Sierra Nevada Corp., foi a vencedora da concorrência, com a oferta do avião Super Tucano que deve operar no Afeganistão.
Wesley Miller, um porta-voz da Força Aérea americana, disse que a USAF está “confiante nos méritos da decisão da concorrência e prevê que a contestação será resolvida rapidamente”.
Suspensão de venda de Super Tucanos não preocupa, diz Embraer
A Embraer informou estar tranquila quanto ao desfecho do processo que suspendeu temporariamente a compra de 20 aeronaves Super Tucano pela Força Aérea dos EUA.
A expectativa da empresa, é de que a situação seja resolvida dentro de algumas semanas.
“Essa reação da concorrente já era esperada”, informou a empresa, em referência ao fato de a empresa norte-americana Hawker Beechcraft ter contestado o resultado da concorrência do programa LAS (Light Air Support) em um tribunal federal dos EUA.
Em nota, a empresa Sierra Nevada, parceira da Embraer na concorrência da Força Aérea dos EUA, declarou que continua confiante de que a questão será resolvida rapidamente, ressaltando que as capacidades críticas do LAS precisam ser disponibilizadas em breve para apoiar os militares americanos e os parceiros dos EUA no Afeganistão.
O Super Tucano produzido nos EUA, segundo a Sierra Nevada, é a solução correta para a missão do LAS.
A parceira da Embraer também declarou que está pronta para continuar o trabalho de servir à Nação, fornecendo uma aeronave de capacidade comprovada para o atendimento aos requisitos do programa LAS da Força Aérea dos EUA.
Não é a primeira vez que a Hawker Beechcraft contesta a decisão da Força Aérea dos EUA em relação ao programa LAS.
No dia 27 de dezembro a empresa divulgou nota informando que entraria com uma petição no Tribunal de Ações Federais dos EUA em repúdio à decisão do governo americano de não revisar o protesto da empresa sobre a exclusão da aeronave AT-6 da competição da USAF.
O contrato inicial com a USAF prevê a compra imediata de 20 aeronaves, mas a expectativa é que o negócio inclua um total de 55 unidades, estimada em US$ 950 milhões. As 20 unidades iniciais estão avaliadas em US$ 355 milhões.
Esta é a primeira venda de um produto militar da Embraer para o governo dos EUA e a terceira tentativa da empresa de colocar o Super Tucano neste mercado, considerado o maior do mundo em compras de equipamentos de defesa.
O fornecimento do Super Tucano para os EUA será feito em parceria com a empresa americana Sierra Nevada Corporation.
O acordo entre as duas empresas atende a legislação americana, que também exige a instalação de uma linha de fabricação das aeronaves nos EUA.
Neste contrato, a Sierra Nevada será responsável por toda a parte de logística, suporte ao cliente e manutenção das aeronaves.
A montagem final dos aviões será feita em Jacksonville, na Flórida, onde está sendo construída a nova fábrica da Embraer nos EUA. Os primeiros aviões começam a ser entregues em 2013.
Fonte:Valor Econômico com informações da Dow Jones Newswires -por:(Virgínia Silveira | Valor)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por participar e enviar seu comentário
Voar News Agradece pela sua participação