20/06/2011

Acidente Aéreo na Bahia-Piloto que caiu na BA usou brevê sem autorização

Piloto que caiu na BA usou brevê sem autorização, diz comandante do RJ

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Felipe Gomes diz que pilotou helicóptero acidentado na semana passada.

'Eu acredito que ele tenha feito uso do meu código à revelia', afirma ele.


Para fazer o voo de helicóptero que caiu na Bahia na última sexta-feira (17), que deixou cinco mortos e outros dois desaparecidos, o piloto Marcelo Mattoso de Almeida teria usado os dados de Felipe Gomes, outro comandante do Rio de Janeiro, para poder voar. Almeida estava com sua habilitação vencida, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).



Felipe Gomes diz ter voado no mesmo helicóptero na semana passada e explica como o Almeida pode ter tido acesso à habilitação dele. Segundo ele, Almeida não tinha sua autorização para usar o seu brevê durante voos.

“Eu realizei um voo nesta mesma aeronave nesta semana e, como é de praxe após um voo, todo piloto tem como obrigação preencher o diário de bordo, o livro de bordo da aeronave. Ee este livro vai com a aeronave para aonde ela for, nao pode sair de dentro da aeronave”, conta Gomes.

“E como eu fiz este voo, preenchi normalmente o diário, como de praxe. Eu acredito que, por ele não estar habilitado, não estar com as prerrogativas dele válidas, ele tenha pego o livro, nas últimas páginas e tenha feito uso do meu código à minha revelia, sem a minha autorização”, afirmou o piloto.

Habilitações vencidas

Segundo o Fantástico, na página da Anac, a informação é que todas as habilitações de Almeida para pilotar helicópteros estavam vencidas. A última perdeu a validade em 2006.

O exame médico de capacitação física era válido até 30 de agosto de 2006.

De acordo com uma fonte da Aeronáutica ouvida pelo Fantástico, o empresário teria ligado por telefone para a torre de controle de Porto Seguro e usado a matrícula de Felipe Calvino Gomes, de 30 anos, que mora no Rio de Janeiro e está com a habilitação em dia.

A Anac informou que só vai se manifestar depois que, em Porto Seguro, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) -- que está no comando das investigações -- fizer um relatório parcial. O órgão tem 30 dias para concluir esse trabalho.


Fonte:G1

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