O dia dos nossos guardiões da paz
[foto;forcaaereablog.aer.mil.br/por:Ten Marcos Pereira]
Uma homenagem aos profissionais que são designados para atuar em locais de conflito em missões da Organização das Nações Unidas (ONU) em qualquer parte do mundo.
São os chamados “peacekeepers”, homens e mulheres, civis e militares, que já serviram ou ainda servem em operações de paz.
O “Peacekeeper Day” (Dia Internacional dos Mantenedores da Paz das Nações Unidas), celebrado em todo o mundo no dia 29 de maio, foi criado em 2003 pela Assembléia Geral da ONU.
Nas Forças Armadas, os mantenedores da paz são os militares “boinas azuis”.
[ O pequeno Alexandre chegou muito fraco ao HCAMP e sobreviveu graças ao trabalho da equipe médica /foto:forcaaereablog.aer.mil.br-via:Agência da Força Aérea -. ]
O Brasil participa das missões de paz da ONU desde 1956, quando enviou tropas para Suez, no Egito (O canal de Suez fica entre a África e o Oriente Médio…lembra do conflito Israel e Palestina?) São anos de dedicação ao ideal da conciliação e da paz mundial.
E a FAB?
Bem, a nossa Força leva nas aeronaves da Aviação de Transporte, militares e material para os países em pacificação.
Até que, em 2011, enviou o seu primeiro pelotão de Infantaria para Porto Príncipe, capital do devastado Haiti.
Vamos conhecer agora a história da FAB no país ?
O Brasil participa dos trabalhos no Haiti desde 2004, e a FAB mantém uma linha aérea regular de apoio aos militares brasileiros.
[ Uma das ruas de Cité Soleil, bairro pobre em Porto Príncipe, dominado por gangues e milicianos foto:Reuters .]
Depois do terremoto que devastou o país, em 2010, a FAB enviou um Hospital de Campanha para atender os feridos e desabrigados. Com poucos recursos, nossos heróis médicos e enfermeiros salvaram vidas que pareciam perdidas.
O desafio foi o mesmo para o nosso pelotão de Infantaria. No Haiti, cada militar tinha de carregar capacete, colete à prova de balas, equipamentos que pesavam mais de 20 kg, além de armamento e outros equipamentos, em patrulhas que duravam cerca de quatro horas, sob uma temperatura que chegava 40º C em Cité Soleil (área perigosa em Porto Príncipe).
Imagina só como era passar por ruas cheias de escombros e de pessoas pedindo ajuda?
O primeiro contingente da Infantaria da Aeronáutica seguiu para o Haiti em fevereiro de 2011. A expectativa era grande para os 27 militares do BINFAE de Recife (PE), das Bases Aéreas de Natal (RN), de Fortaleza (CE) e do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (RN). Soldados formados na especialidade Guarda e Segurança e Tenentes de Infantaria da Aeronáutica que, com muita coragem, enfrentaram oito meses de treinamento para marcar a história da FAB.
As instruções básicas dos militares da Aeronáutica tiveram início no dia 17 de maio de 2010. A fase de nivelamento contou com instruções básicas do Comando do Exército e muita atividade física. No caso dos comandantes dos pelotões, a instrução continuou no Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB).
Os militares também tiveram instruções específicas. Eles aprenderam como funciona a estrutura da ONU, os deveres dos peacekeeper, Direito Internacional e Direitos Humanos.
O pelotão teve, ainda, instruções de regras de engajamento no Haiti, instruções táticas de combate em ambiente urbano, controle de distúrbios civis, garantia da Lei e da Ordem, entre outras.
Isso tudo para passar sete meses em Porto Príncipe.
[A patrulha de dia no bairro de Delmas durante o segundo turno das eleições para presidente no Haiti. Como controlar sete mil pessoas em uma área aberta, próxima ao aeroporto? Os nossos bravos boinas azuis enfrentaram este desafio foto:forcaaereablog.aer.mil.br - por:Ten Marcos Pereira / .]
Na volta ao Brasil, ficaram as lembranças de dias difíceis e de desafios constantes. Durante o segundo turno das eleições para presidente no Haiti, muitas pessoas aguardavam a chegada do ex-presidente Aristide no aeroporto de Porto Príncipe.
Como evitar tumultos e controlar uma área com tantas pessoas?
Os nossos herois conseguiram. “Foi uma situação bastante tensa, ajudar a organizar as eleições em um país. Cerca de sete mil pessoas foram receber o ex-presidente Aristide no aeroporto e tínhamos de tomar todos os procedimentos de segurança”, contou o Tenente de Infantaria Marcos Vinícius de Oliveira Pereira, comandante do pelotão.
Com tantas atividades e desafios, os militares da FAB se tornaram exemplo para os pequenos haitianos.
O Sargento Carlos José Ferreira Amigo contou como foi: “Nós encontramos um povo bastante receptivo, o contingente brasileiro é muito conhecido. Quando estávamos em missão em Delmas, os haitianos viam o uniforme e gritavam “Força Aérea”, lembrou.
Fonte:forcaaereablog.aer.mil.br
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