Problemas com o Oxigênio dos caças Raptor podem estar relacionados com o revestimento stealth dos caças
A Força Aérea dos EUA disse que seu F-22 Raptor traz algo para a batalha que nenhum outro caça a jato dos EUA pode igualar: a sua capacidade de enganar os radares através da tecnologia stealth.
Mas agora os críticos estão surgindo com uma hipótese preocupante: será que os materiais que tornam o Raptor furtivo estão contribuindo para os problemas de tontura e desorientação que alguns pilotos têm sentido no cockpit?
Os investigadores da Força Aérea dos EUA (USAF) estão analisando a possibilidade de que substâncias tóxicas estão se infiltrando no fornecimento de ar do piloto. Essa é uma das suas principais teorias.
A outra é que simplesmente os pilotos não estão recebendo oxigênio suficiente. Pierre Sprey, que esteve fortemente envolvido no projeto do caça F-16 e tem sido crítico quanto ao F-22, nota que existem muitas fontes possíveis de vapores tóxicos num jato como o Raptor, tais como fluido hidráulico ou de plástico superaquecidos. Sua crença de que os revestimentos furtivos desempenham um papelnessa causa baseia-se nas histórias que parecem exclusivas para o F-22 – a chamada “tosse Raptor” e os sintomas de desorientação que persistem bem depois do término de uma missão.
Recentemente, ele delineou as suas opiniões num artigo co-escrito com Dina Rasor, um investigador e escritor que fundou o Bauman & Rasor Group, que ajuda nos processos de denúncia sob a lei federal. Sprey disse que, se esses sintomas são exclusivos para os pilotos do Raptor, talvez o que esteja ligado seja o que é único no Raptor: o material stealth, que contém camadas unidas com adesivos nocivos à saúde.
É um problema “muito, muito grave se os materiais ‘da pele da ave de rapina’ estiverem gerando vapores em níveis elevados o suficiente para causar tonteira num piloto”, disse ele. “No momento em que está alto o bastante para causar algo como hipóxia, você realmente tem uma superdosagem”, disse ele.
O senador Mark R. Warner ouviu de vários pilotos de Raptors e médicos de voo da Força Aérea dos EUA que levantaram dúvidas sobre o caça.
A idéia de que os revestimentos de invisibilidade poderiam ser fonte de toxinas é uma das teorias que vêm “de pessoas credíveis”, disse o porta-voz de Warner, Kevin Hall.
Nenhuma evidência A Força Aérea diz que não há evidência clínica de que o Raptor esteja deixando os pilotos doentes, e tem outras explicações para a persistente tosse e desorientação que, em alguns casos, dura além do fim da missão.
Enquanto isso, continua a investigação de 11 casos inexplicáveis ??de hipóxia que ocorreram desde setembro, quando a aeronave retornou para os céus depois de quatro meses de suspensão nos voos. Os incidentes anteriores de hipóxia haviam causado a suspensão dos voos de toda frota de caças Raptor, e a Força Aérea decidiu liberar os voos novamente sem determinar a causa raiz do problema, embora definidas medidas de segurança adicionais e a promessa de monitorar a condição dos pilotos.
Os investigadores acreditam agora que os 11 incidentes podem ter sido causados por diversos fatores que podem estar interligados de alguma forma, de acordo com o brigadeiro general Daniel Wyman, o cirurgião geral do Comando de Combate Aéreo (ACC). “Pode ser parte de seu ambiente operacional”, ele disse recentemente a jornalistas. “Pode ser parte dos sistemas que temos em vigor na aeronave para protegê-los. Pode ser parte de algum contaminante potencial. Pode ser tudo isso.
Continuamos observando isso. Mas as manifestações são todas fisiológicas.”
Tosse Raptor
O Capitão Jonathan Airhart se prepara para iniciar o taxi com o caça F-22, durante uma missão na Base Aérea de Kadena, no Japão. (Foto: Master Sgt. Andy Dunaway / U.S. Air Force)
Os pilotos de F-22 respiram altas concentrações de oxigênio, enquanto experimentam forças G elevadas durante o vôo, os impede de apagar durante a intensa pressão que literalmente multiplica seu peso corporal.
Inalar o oxigênio rico pode causar “micro colapsos” de pequena bolhas de ar nos pulmões, e a tosse é uma resposta natural para re-inflá-los, disse Wyman.
Wyman disse que a tosse ocorre mais frequentemente em pilotos de F-22 do que nos pilotos de caças anteriores F-15 ou F-16.
Muitos pilotos de F-22 tiveram que voar nessas aeronaves mais antigas, para que eles tivessem alguma base de comparação.
A tosse pode estar relacionada com as capacidades expandidas do Raptor. “O envelope de vôo do F-22 é significativamente diferente dos outros caças”, disse ele, “e isso pode contribuir para essa tosse, mas vamos continuar a avaliá-los com os nossos pilotos.”
Sintomas persistentes Os problemas do Raptor ganhou as manchetes nacionais no início deste mês, quando dois pilotos de F-22 da Guarda Aérea Nacional da Virginia terem ido no programa “60 Minutes” e dizerem que eles estavam desconfortáveis em ?voar na aeronave.
O Capitão Josh Wilson mencionou que ele não teve apenas um sintoma de hipóxia na cabine, mas depois teve que passar por uma terapia na câmara hiperbárica enquanto seus problemas persistiram. A terapia hiperbárica, disse Wyman, é uma entrega de 100 por cento de oxigênio sob pressão, utilizado para tratar a hipóxia, envenenamento por monóxido de carbono, doença de descompressão, e até mesmo ajudando “feridas” que demoram a cicatrizar.
Na maioria dos casos, os sintomas de hipóxia nos cockpits dos Raptor ocorreram quando o piloto ativou o sistema de oxigênio de emergência na cabine, disse Wyman.
Às vezes em terra, os pilotos imediatamente respiraram oxigênio puro para resolvê-los. “Em alguns poucos casos,” os sintomas duram até a manhã seguinte, disse Wyman.
Em dois casos, os tratamentos hiperbáricos foram utilizados e os sintomas sumiram, disse ele. Por outro lado: Os investigadores não têm uma explicação definitiva para estes sintomas, nem que encontraram evidências convincentes de ligação entre esses sintomas à presença prolongada de toxinas.
OBOGS
Até agora, uma boa dose de atenção centrou-se no sistema de geração de oxigênio a bordo do Raptor, ou OBOGS.
O sistema leva o ar do motor e circula ele através de um filtro de alta tecnologia, de modo que o piloto respire uma concentração mais elevada de oxigênio.
Winslow Wheeler dirige o Centro de Informações de Defesa, e agora faz parte do Projeto de Supervisão do Governo.
Ele observa que alguns pilotos que trabalham para manter o F-22 também sofreram incidentes de hipoxia. Eles não estavam respirando ar no cockpit, e que parece afastar o problema do sistema OBOGS. “É muito possível que haja algum tipo de problema toxina ou contaminação”, disse ele. “O fato da equipe de terra ter alguns eventos similares aos dos pilotos como vertigem ou tontura bem depois do vôo – é prova de que este não é apenas um problema de falta de oxigênio.”
Fonte: Stars and Stripes – Tradução: Cavok
A outra é que simplesmente os pilotos não estão recebendo oxigênio suficiente. Pierre Sprey, que esteve fortemente envolvido no projeto do caça F-16 e tem sido crítico quanto ao F-22, nota que existem muitas fontes possíveis de vapores tóxicos num jato como o Raptor, tais como fluido hidráulico ou de plástico superaquecidos. Sua crença de que os revestimentos furtivos desempenham um papelnessa causa baseia-se nas histórias que parecem exclusivas para o F-22 – a chamada “tosse Raptor” e os sintomas de desorientação que persistem bem depois do término de uma missão.
Recentemente, ele delineou as suas opiniões num artigo co-escrito com Dina Rasor, um investigador e escritor que fundou o Bauman & Rasor Group, que ajuda nos processos de denúncia sob a lei federal. Sprey disse que, se esses sintomas são exclusivos para os pilotos do Raptor, talvez o que esteja ligado seja o que é único no Raptor: o material stealth, que contém camadas unidas com adesivos nocivos à saúde.
É um problema “muito, muito grave se os materiais ‘da pele da ave de rapina’ estiverem gerando vapores em níveis elevados o suficiente para causar tonteira num piloto”, disse ele. “No momento em que está alto o bastante para causar algo como hipóxia, você realmente tem uma superdosagem”, disse ele.
O senador Mark R. Warner ouviu de vários pilotos de Raptors e médicos de voo da Força Aérea dos EUA que levantaram dúvidas sobre o caça.
A idéia de que os revestimentos de invisibilidade poderiam ser fonte de toxinas é uma das teorias que vêm “de pessoas credíveis”, disse o porta-voz de Warner, Kevin Hall.
Nenhuma evidência A Força Aérea diz que não há evidência clínica de que o Raptor esteja deixando os pilotos doentes, e tem outras explicações para a persistente tosse e desorientação que, em alguns casos, dura além do fim da missão.
Enquanto isso, continua a investigação de 11 casos inexplicáveis ??de hipóxia que ocorreram desde setembro, quando a aeronave retornou para os céus depois de quatro meses de suspensão nos voos. Os incidentes anteriores de hipóxia haviam causado a suspensão dos voos de toda frota de caças Raptor, e a Força Aérea decidiu liberar os voos novamente sem determinar a causa raiz do problema, embora definidas medidas de segurança adicionais e a promessa de monitorar a condição dos pilotos.
Os investigadores acreditam agora que os 11 incidentes podem ter sido causados por diversos fatores que podem estar interligados de alguma forma, de acordo com o brigadeiro general Daniel Wyman, o cirurgião geral do Comando de Combate Aéreo (ACC). “Pode ser parte de seu ambiente operacional”, ele disse recentemente a jornalistas. “Pode ser parte dos sistemas que temos em vigor na aeronave para protegê-los. Pode ser parte de algum contaminante potencial. Pode ser tudo isso.
Continuamos observando isso. Mas as manifestações são todas fisiológicas.”
Tosse Raptor
O Capitão Jonathan Airhart se prepara para iniciar o taxi com o caça F-22, durante uma missão na Base Aérea de Kadena, no Japão. (Foto: Master Sgt. Andy Dunaway / U.S. Air Force)
Os pilotos de F-22 respiram altas concentrações de oxigênio, enquanto experimentam forças G elevadas durante o vôo, os impede de apagar durante a intensa pressão que literalmente multiplica seu peso corporal.
Inalar o oxigênio rico pode causar “micro colapsos” de pequena bolhas de ar nos pulmões, e a tosse é uma resposta natural para re-inflá-los, disse Wyman.
Wyman disse que a tosse ocorre mais frequentemente em pilotos de F-22 do que nos pilotos de caças anteriores F-15 ou F-16.
Muitos pilotos de F-22 tiveram que voar nessas aeronaves mais antigas, para que eles tivessem alguma base de comparação.
A tosse pode estar relacionada com as capacidades expandidas do Raptor. “O envelope de vôo do F-22 é significativamente diferente dos outros caças”, disse ele, “e isso pode contribuir para essa tosse, mas vamos continuar a avaliá-los com os nossos pilotos.”
Sintomas persistentes Os problemas do Raptor ganhou as manchetes nacionais no início deste mês, quando dois pilotos de F-22 da Guarda Aérea Nacional da Virginia terem ido no programa “60 Minutes” e dizerem que eles estavam desconfortáveis em ?voar na aeronave.
O Capitão Josh Wilson mencionou que ele não teve apenas um sintoma de hipóxia na cabine, mas depois teve que passar por uma terapia na câmara hiperbárica enquanto seus problemas persistiram. A terapia hiperbárica, disse Wyman, é uma entrega de 100 por cento de oxigênio sob pressão, utilizado para tratar a hipóxia, envenenamento por monóxido de carbono, doença de descompressão, e até mesmo ajudando “feridas” que demoram a cicatrizar.
Na maioria dos casos, os sintomas de hipóxia nos cockpits dos Raptor ocorreram quando o piloto ativou o sistema de oxigênio de emergência na cabine, disse Wyman.
Às vezes em terra, os pilotos imediatamente respiraram oxigênio puro para resolvê-los. “Em alguns poucos casos,” os sintomas duram até a manhã seguinte, disse Wyman.
Em dois casos, os tratamentos hiperbáricos foram utilizados e os sintomas sumiram, disse ele. Por outro lado: Os investigadores não têm uma explicação definitiva para estes sintomas, nem que encontraram evidências convincentes de ligação entre esses sintomas à presença prolongada de toxinas.
OBOGS
Até agora, uma boa dose de atenção centrou-se no sistema de geração de oxigênio a bordo do Raptor, ou OBOGS.
Ele observa que alguns pilotos que trabalham para manter o F-22 também sofreram incidentes de hipoxia. Eles não estavam respirando ar no cockpit, e que parece afastar o problema do sistema OBOGS. “É muito possível que haja algum tipo de problema toxina ou contaminação”, disse ele. “O fato da equipe de terra ter alguns eventos similares aos dos pilotos como vertigem ou tontura bem depois do vôo – é prova de que este não é apenas um problema de falta de oxigênio.”
Fonte: Stars and Stripes – Tradução: Cavok
Fotos:CAVOK;aereo.jor.br
Vídeos:AIRSHOWVISION;NMA News Direct-via :Youtube.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por participar e enviar seu comentário
Voar News Agradece pela sua participação