17/11/2010

Hélices precisam de cuidados

Hélices precisam de cuidados


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PEQUENAS VIBRAÇÕES PODEM SE TORNAR PERIGOSAS, PORQUE OS PILOTOS, MUITAS VEZES, NÃO FICAM ATENTOS AOS DANOS



Hélices são verdadeiras obras de arte.

Não somente no desenho, mas na precisão da fabricação e eficiência aerodinâmica.

A erosão causada pela água da chuva consumiu rapidamente o verniz que protegia a superfície e, com isso, as pontas ficaram expostas e começaram a rachar.

Cada modelo obedece a um princípio de construção e exige cuidados exclusivos.

As mais simples, de passo fixo, são construídas em madeira ou resina. Materiais que não têm densidade uniforme e, por isso, exigem um grande rigor no balanceamento do peso das pás.

Já as pás metálicas são fabricadas em formas ou esculpidas em peças pré-moldadas, mas jamais torcidas.

Isso porque, ao longo da vida, irão sofrer toda sorte de esforços em todos os sentidos e não podem reter tensões residuais.

Estarão submetidas eternamente à tração imposta pela força centrífuga do giro das pás.

A flexão também estará presente.

Enquanto geram empuxo, tenderão a flexionar para frente. Mas, quando o piloto tira potência para reduzir a velocidade, a flexão é no sentido oposto.

Por isso, não pode haver fissuras, rachaduras ou mossas que tenham condições de progredir.

Imagine o des-balanceamento que a perda de um pequeno pedaço de uma pá poderá produzir! Alguns pilotos já experimentaram essa situação e sabem o quão destrutiva é a vibração decorrente.

Vibrações de pequena intensidade também podem ser perigosas, já que, com o tempo, os pilotos passam a considerá-la normal.

No longo prazo, geram fadiga que fragiliza do material e produz rachaduras.

Para reduzi-las, existe um método de balanceamento dinâmico, no qual são instalados contrapesos dentro do "spinner". Algo que faz lembrar o balanceamento de rodas de carros.

Mas é nas pontas das pás que o maior cuidado deve residir.

Além de serem mais vulneráveis aos impactos e fraturas, a alta rpm pode aproximá-las da velocidade do som, criando ondas de choque que fazem aumentar muito as tensões em toda a estrutura da hélice.

Por isso, é importante o bom funcionamento do governador e a operação correia.

Quanto maior for o peso de um conjunto de hélice e a rpm, maior será a rigidez giroscópica.

Ela tenderá a dificultar as demais forças aerodinâmicas na hora que o piloto tentar fazer a aeronave mudar de direção.

Um dos primeiros acidentes com aviões T-27 Tucano, da Esquadrilha da Fumaça, nos anos 80, se deu com a perda da hélice durante uma apresentação em que o piloto realizava manobras de giro abrupto no eixo transversal da aeronave.

Conhecida como "lancevack", é uma das piores experiências pelas quais uma hélice pode passar.

Para poupá-la, o piloto pode reduzir a potência no momento da manobra, diminuindo assim a rigidez giroscópica.

A flexibilidade das pás é uma característica desejável, útil para absorver os impactos aerodinâmicos e outros, como a colisão de aves.

Recentemente, surgiu uma nova geração de hélices produzidas com material composto.
São mais leves e flexíveis, mas não suportam erosão.

Por isso, existem proteções metálicas instaladas nos bordos de ataque. Assim, poeira, água em excesso ou vegetação devem ser mantidas longe.

Se sofrerem alguma deformação ou dano no bordo de ataque, mecânicos não poderão limar, como as hélices de alumínio.

Com a aeronave em uso, é importante analisar cada marca de impacto e sua progressão.

Proteja as pás durante os pernoites.

Evite usar algemas, já que, em alguns casos, o esquecimento das mesmas causou graves danos ao conjunto do motor. Mas, se for utilizá-las, verifique se não irão provocar danos quando colocadas e retiradas.


Evite taxiar com alta rpm onde o solo não for calçado, pois isso eleva poeira e causa erosão.

Se houver impacto da hélice no solo ou outro local, inspecione imediatamente. Cuide bem de sua hélice e garanta sua segurança.





Fonte:Aereomagazine –Por :Jorge Barros/Youtube.com

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