05/07/2013

AVIAÇÃO GERAL - Clube de Aviação consegue mais 90 dias para deixar terreno no Rio


Clube de Aviação consegue mais 90 dias para deixar terreno no Rio 



 Novo prazo foi concedido em decisão judicial na quarta-feira. 
Área será usada para construção do Parque Olímpico. 


[foto:www.fotoimagem.fot.br]

O Centro Esportivo de Ultraleve (CEU) conseguiu na Justiça mais 90 dias de prazo para deixar um terreno na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que será usado em obras para os Jogos Olímpicos de 2016. 

O desembargador Eduardo de Azevedo Paiva, em decisão desta quarta-feira (3), no Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio, deferiu parcialmente pedido do clube de aviação, em caráter liminar, e aumentou de 15 para 90 dias o prazo para desocupar o imóvel localizado em Jacarepaguá. 

Na decisão, o magistrado afirmou que não se pode esquecer que a retirada de 140 aviões depende de instalações e local apropriado e que, de acordo com informações do processo, o aeroporto de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, indicado pelo município para alocar as aeronaves, encontra-se interditado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). "Creio que a ampliação do prazo estipulado na decisão guerreada pode solucionar o impasse, merecendo, assim, pequeno reparo, a fim de viabilizar a regular desocupação do imóvel, com organização da logística necessária", afirmou o desembargador. 

Na terça-feira (2), uma decisão da 3ª Vara da Fazenda Pública havia determinado a desocupação do imóvel em 15 dias e autorizado o ingresso dos representantes do município e da Concessionária Rio Mais no local para preparo das obras, sem danificar os hangares e a pista. 

Na decisão, a juíza Alessandra Tufvesson ressaltou que, desde o início do processo, foi reconhecida a precariedade do termo de autorização que garantia a permanência do clube no local, ou seja que o clube não tinha o direito de permanecer na área, podendo ser retirado a qualquer momento. 

Negociação 

Na madrugada de quarta-feira (3), a Prefeitura do Rio tentou demolir a sede do clube. 
A briga na justiça é pelo terreno, onde será construída parte do Parque Olímpico. 

Os sócios do clube impediram a demolição e alegaram que a prefeitura não cumpriu um acordo judicial. Quando as máquinas entraram no terreno, mais de cem sócios estavam reunidos para decidir o destino do clube. Um deles gravou imagens pelo telefone. 

Para impedir o avanço das escavadeiras, alguns sócios usaram os carros para fazer um bloqueio. Depois de muita conversa, as equipes e as máquinas do consórcio Parque Olímpico foram embora. 

O centro da questão é o terreno de 130 mil metros quadrados, que há mais de 30 anos abriga a sede do clube. Um cronograma elaborado pela prefeitura e pelo consórcio chegou a ser anunciado, prevendo a retirada do clube até novembro do ano passado. As negociações começaram há cerca de dois anos. 

No fim de maio, o CEU recebeu da prefeitura um comunicado de que teria até o dia 30 de junho para retirar as 148 aeronaves e liberar o terreno.

 Os sócios entraram na justiça e conseguiram uma liminar que estendia o prazo para nove meses. Pela negociação, a prefeitura deveria providenciar um novo terreno e pagar uma indenização de R$ 12 milhões. O que, segundo a diretoria, nunca aconteceu, como informa o diretor do clube, Sérgio Constabile. "Estamos negociando com a prefeitura, temos ação na justiça, temos ação popular contra a derrubada. 

Afinal de contas, estamos aqui há 30 anos. E não é de uma hora para outra. Se a gente tem de sair do clube, tudo bem, a gente acata a decisão. Mas temos de sair daqui e ter um lugar para pousar e guardar os aviões", disse o diretor.


[vídeo:clubeceurj/via:Youtube.com]

NOTA do BLOG: Deixamos aqui o nosso repúdio a política covarde e oportunista , que com o pretexto dos eventos olímpicos , destroem um dos mais carismáticos  e emblemáticos recantos da história de nossa aviação , lar de tradicionais encontros entre aviadores e simpatizantes . Uma política de hipocrisia fundamentada em especulação imobiliária , onde dará lugar não a vilas Olímpicas e sim a condomínios de luxo  , aumentando o enriquecimento ilícito de alguns políticos .

Fonte:G1.com

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