30/06/2013

ECONOMIA & MERCADO - Retração no setor aéreo não alivia superlotação nos aeroportos


Retração no setor aéreo não alivia superlotação nos aeroportos 

[foto:O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, perdeu 5,61% do movimento nos primeiros cinco meses do ano]

 A retração no mercado de aviação não deve aliviar a superlotação nos aeroportos brasileiros.

 Os principais aeroportos recebem hoje um volume de passageiros que ultrapassa em mais de 10% a capacidade dos terminais, chegando em alguns casos a quase 40%.

 O aeroporto de Congonhas, por exemplo, perdeu 5,61% do movimento nos primeiros cinco meses do ano, na comparação com igual período de 2012. Porém, o terminal de passageiros do aeroporto recebeu, no ano passado, 40% mais do que a sua capacidade. Foram 16,7 milhões de passageiros, enquanto a capacidade é de 12 milhões. 

[foto:Folha - Aeroporto de congonhas]
O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, perdeu 5,61% do movimento nos primeiros cinco meses do ano Considerando o volume de passageiros transportados por todas as companhias aéreas no mercado doméstico, a retração de janeiro a maio foi de 0,43%. Gol e TAM encolheram suas operações, enquanto a Azul e a Avianca estão expandindo.  Graças ao aumento da oferta de assentos das companhias Azul e Avianca, o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, registrou crescimento de 1% no movimento de passageiros de janeiro a maio. 

 Mas outros aeroportos não tiveram a mesma sorte. Confins, em Belo Horizonte, por exemplo, perdeu 11,9% do movimento no mesmo período de comparação. Salvador, 7,25%. TAM e Gol, que tiveram prejuízos de R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão respectivamente no ano passado, estão cortando a oferta de assentos para minimizar o impacto do aumento de custos.

 No primeiro trimestre, o combustível subiu 14%, as tarifas aeroportuárias mais de 10% e o dólar ficou 12% mais caro. Puxado pela redução da oferta de TAM e Gol, a oferta do setor encolheu 6,36% nos primeiros cinco meses do ano, na comparação com igual período de 2012. As duas empresas estão cortando voos menos rentáveis, em horários de menor demanda. Com isso, esperam aumentar a taxa de ocupação de seus voos. 

 No acumulado de janeiro a maio, a taxa de ocupação média dos aviões ficou em 73,9%, ante 69,5% em igual período do ano passado. MENOS PASSAGENS Com a redução na oferta de assentos por parte de TAM e Gol, donas de 75% do mercado, as passagens estão ficando mais caras e os passageiros têm enfrentado dificuldades para encontrar assentos disponíveis nos voos.

 A Gol elevou o yield --indicador usado como referência para o preço da tarifa média-- em 13,54% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com igual período de 2012. 

A TAM não revela números sobre o indicador.

 As empresas gostariam de repassar ainda mais os custos para as passagens. Porém, como a demanda está fraca, um aumento muito forte no preço das passagens depreciaria ainda mais o mercado. Segundo analistas, o aumento de 13,54% no yield da Gol explica porque a companhia foi a única do mercado que não conseguiu elevar a taxa de ocupação dos aviões. 

A ocupação nos voos da Gol ficou praticamente estável de um ano para cá: subiu de 67,4% para 67,8%. Já a TAM aumentou a sua ocupação de 67,8% para 76,96%. Azul e Avianca exibem ocupações ainda maiores: 80,23% e 81,26% respectivamente.


Fonte:Folha de São Paulo

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